RESUMO
A resistência que as células neoplásicas apresentam aos agentes quimioterápicos sempre é um grande problema para o oncologista clínico. A descoberta da glicoproteína (170 Pgp) responsável pela resistência a múltiplas drogras (MDR) abriu novas perspectivas de se superar este difícil tipo de resistência. Neste trabalho, apresentamos uma retrospectiva do trabalho de pesquisa realizado até a definiçäo do modelo que hoje rege os trabalhos clínicos no emprego de agentes reversores de MDR.
Assuntos
Humanos , Antineoplásicos/farmacologia , Linhagem Celular/efeitos dos fármacos , Neoplasias/tratamento farmacológico , Resistência a Múltiplos Medicamentos/fisiologia , Estudos RetrospectivosRESUMO
A dissecçäo da axila no tratamento do câncer da mama tem sido questionada quanto aos seus objetivos. No passado próximo a intençäo era curativa; presentemente tem sido indicada principalmente para oferecer informaçäo de extensäo da doença (comprometimento de linfonodos por tumor) e tratamentos complementares, principalmente a quimioterapia adjuvante. Apenas alguns subgrupos de mulheres têm-se beneficiado realmente da quimioterapia adjuvante: as pré-menopausadas com linfonodos axilares comprometidos com tumor. Uma vez decidida a dissecçäo axilar, ainda resta a questäo de saber se deve ser radical, ou limitada a níveis I e II (até músculo peitoral menor). Muitos centros importantes de câncer indicam a dissecçäo limitada da axila, que em média retira cerca de 10 linfonodos, alegando que desta forma näo há risco de edema importante do braço e conseguem boa informaçäo prognóstica e bom controle tumoral da axila. Aqueles que indicam a dissecçäo radical alegam que esta é a única forma de se obter informaçäo real da situaçäo axilar. Algumas pacientes podem ter linfonodos livres de tumor na parte baixa da axila, mas com tumor no ápice axilar ("skip metastasis"). e única forma de descobri-lo seria através da dissecçäo radical. Como a dissecçäo radical da axila pode causar edema do braço, é importante questionar a real indicaçäo da mesma. Pacientes em pós-menopausa e com axila clinicamente negativa talvez pudessem ter a alternativa de näo dissecar a axila de forma radical (e com isso näo correr o risco de edema do braço), sem aumentar a chance de falha de tratamento. O presente artigo discute o problema da dissecçäo da axila no tratamento do câncer da mama e mostra dados de 148 pacientes que fizeram tratamento conservador no Centro de Oncologia Campinas, metade das quais sem dissecçäo da axila
Assuntos
Humanos , Feminino , Axila , Linfonodos/cirurgia , Neoplasias da Mama/cirurgiaRESUMO
Os astrocitomas malignos säo os tumores mais freqüentes do Sistema Nervoso Central no adulto. Para o tratamento têm sido utilizadas a cirurgia, radioterapia e eventualmente quimioterapia. Os resultados näo säo bons. Revimos 46 casos de astrocitomas malignos tratados com cirurgia, radioterapia e quimioterapia, no Centro de Oncologia Campinas. O presente trabalho mostra estes dados e os compara com outros da literatura
Assuntos
Criança , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Masculino , Feminino , Astrocitoma/terapia , Neoplasias Encefálicas/terapia , Glioma/terapia , Brasil , SeguimentosRESUMO
Os autores relatam os resultados de um estudo piloto de quimioterapia primária com associaçäo de Cisplatina e Bleomicina ambulatorial no câncer avançado de cabeça e pescoço. Após 2 ciclos de quimioterapia, os pacientes foram encaminhados para radioterapia. Dos 46 pacientes que receberam inicialmente a quimioterapia, 34,7 porcento tiveram resposta objetiva, com sobrevida estatisticamente maior em relaçÝo aos que näo responderam, mediana de 28 e 13 meses respectivamente (p = 0,0031). Após a radioterapia a taxa de resposta objetiva subiu para 63,6 porcento com sobrevida mediana de 28 meses para os que responderam e de 8 meses para os que näo responderam (p = 0,027). A conclusäo foi de que os carcinomas epidermóides da cabeça e pescoço säo tumores sensíveis à quimioterapia como tratamento primário, justificando-se estudos prospectivos e randomizados.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Bleomicina/uso terapêutico , Cisplatino/uso terapêutico , Neoplasias de Cabeça e Pescoço/induzido quimicamente , Neoplasias de Cabeça e Pescoço/tratamento farmacológico , Quimioterapia CombinadaRESUMO
Os autores apresentam os resultados de um estudo piloto com quimioterapia neoadjuvante em câncer avançado da cabeça e pescoço, pré-radioterapia. As drogas usadas foram bleomicina e cisplatina em regime ambulatorial. Foram tratados 22 pacientes, sendo que os 22 foram considerados avaliáveis para toxicidade e 19 para resposta. A taxa de resposta objetiva foi de 74% (remissäo completa mais parcial). A conclusäo é que o esquema é eficaz e que será prosseguido como estudo prospectivo e randomizado