RESUMO
Relata que as organizaçoes de saúde vêm experimentando pressöes para aumentar a eficiência e a efetividade. Mostra que as primeiras pressöes por mudanças nos hospitais foram nos métodos de financiamento e remuneraçäo das açöes de saúde e na introduçäo de novos agentes de regulaçäo. Por sua vez, acentua-se o processo de reforma setorial do Estado em meio a uma crise fiscal e a uma mudança de paradigma na nova ordem mundial. Discute como esse ambiente de reforma, com restriçöes orçamentárias e novas regras, induziu adaptaçöes e mudanças institucionais do "mix" público-privado num hospital público universitário. Apresenta um estudo de caso do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, analisando indicadores de produçäo entre 1996 e 2000 e a percepçäo dos trabalhadores e da gerência quanto à abertura do hospital para planos e seguros privados de saúde como alternativa de financiamento. Constata a importância dos planos e seguros de saúde na economia do Hospital das Clínicas e a contradiçäo e resistência no discurso de trabalhadores e da gerência sobre a busca de sobrevivência via financiamento privado.