RESUMO
A criança com paralisia cerebral (PC) estará envolvida com uma gama de profissionais, e normalmente os pais são os mediadores entre a criança e a equipe, alem de auxiliá-la e orientá-la no ambiente familiar. Dessa forma, a aproximação entre os pais e a reabilitação é imprescindível, e devem caminhar juntas; para tanto, os profissionais de saúde precisam conhecer como é a criança em casa e o tipo de influência que os pais exercem sobre ela, e os pais precisam saber o real potencial neuro-sensório-motor de seu filho. Este trabalho teve o intuito de comparar as reais concepções motoras da criança, a partir da aplicação de uma escala de mensuração motora, a Gross Motor Function Measure (GMFM), e da expressão dos pais captada per entrevistas semi-estruturadas, para que a criança seja trabalhada de maneira equivalente em locais diferentes, potencializando a sua melhora global. Esse segmento consistiu de 10 crianças com PC, de todos os tipos, com idades entre 3 e 12 anos. Todas as avaliações foram filmadas e as entrevistas, gravadas. Observamos que 70% dos pais subestimaram o potencial motor da criança. Muitos pais tem grande interesse em relação ao tema proposto, embora justifiquem o resultado obtido pela falta de tempo e excesso de trabalho.
The child with cerebral palsy will be involved in a range of professionals, and normally the parents are the mediators between the child and the team as well as provide assistance and orientation related to family atmosphere. The approach between parents and rehabilitation team is significant and must go on together, so that the health professionals know how the child is at home and the type of influence the parents cause on the child, and the parents know the real neuro-sensorio-motor potential of their child. This study compared the real motor concept of the child by the Gross Motor Function Measure (GMFM) and the parent's expression from semi- structured interviews, so the child can be worked in the same way in different places, giving potential in his global improvement. We evaluated 10 children with all types of cerebral palsy, with age between 3 and 12 years old. All the evaluations and interviews were registered. We observed that 70% of the parents subestimated the motor potential of their child. Many parents have a great interest in this proposed study, but a lot of them justified this result by the lack of time and excessive work.