RESUMO
Resumo O estudo demonstra como as traduções para a língua portuguesa influenciaram o mercado editorial, além de tentar compreender o estabelecimento da norma culta da língua portuguesa em fins do século XVIII. Fazendo um recorte temático sobre os textos de medicina, no universo de obras traduzidas, publicadas ou não, para o português no período 1770-1810, recorre aos paratextos dos tradutores - e, eventualmente, editores - dos livros médicos ou farmacêuticos, cruzando-os com as censuras dessas obras, feitas por médicos especialmente designados pelos órgãos de censura, ou por médicos/censores, a fim de buscar respostas, ainda que parciais, às perguntas sobre a circulação da palavra impressa, à difusão do conhecimento científico e aos debates relativos à definição da língua portuguesa.
Abstract This study demonstrates how translations into Portuguese influenced the publishing market in the late eighteenth century and sheds light on the establishment of standard Portuguese. Focusing specifically on medical texts translated into Portuguese from published works or manuscripts between 1770 and 1810, the translators' - and occasionally the editors' - paratexts in the translated books on medicine and pharmacy are investigated and cross-referenced against reports written by the censors on the same works, themselves physicians appointed by the censorship bodies or physicians/censors, in a bid to seek out answers, however incomplete they may be, to questions about the circulation of the printed word, the spread of scientific knowledge, and the debates concerning the definition of the Portuguese language.
Assuntos
História do Século XVIII , Traduções , Livros/história , História da Medicina , PortugalRESUMO
A técnica indireta da anestesia do nervo alveolar inferior é utilizada para anestesiar todos os dentes da mandíbula. É efetuada pela penetração de um centimetro de agulha anestésica em um ponto situado acima da oclusal dos dentes inferiores, do mesmo lado a ser anestesiado. Em um segundo tempo, a seringa é levada para o lado oposto da boca e então se procede o restante da penetração da agulha, objetivando atingir as proximidades do sulco mandibular. Este estudo investigou qual região dentária do lado oposto ao lado a ser anestesiado deve ser usada como referência no segundo tempo da técnica, de forma a permitir o êxito da anestesia. Um cursor metálico foi adaptado em cada uma das cem mandíbulas secas estudadas, de modo a simular o trajeto da agulha anetésica no primeiro tempo da técnica, determinar o ponto de inserção da agulha e a localização de sua ponta no momento em que o cilindro da seringa era deslocado para o lado oposto ao lado anestesiado. Posteriormente as mandíbulas foram fotografadas , as imagens obtidas digitalizadas e realizados traçados simulando a posição do corpo da seringa anestésica no momento da penetração da agulha nas proximidades do sulco mandibular. Embora a região de pré-molares inferiores seja citada, pela maioria dos autores, como referência no segundo tempo da anestesia, este estudo evidenciou maior prevelência da região de primeiro molar