RESUMO
A reabilitação cardiovascular (RCV) raramente tem sido considerada obrigatória; o encaminhamento de cardiopatas para tal programa é baixo e estima-se que apenas 25% dos pacientes aptos tenham acesso a tal terapêutica. Este trabalho teve como objetivo verificar se os cardiologistas de um hospital público do Distrito Federal reconhecem a RCV como tratamento não farmacológico e indicam pacientes para a RCV, bem como identificar se estes pacientes recebem orientação, indicação ou encaminhamento e/ou participam ou participaram do programa. Estudo descritivo prospectivo realizado no segundo semestre de 2008, por meio da aplicação de questionários estruturados elaborados pelos pesquisadores, sendo um questionário para os médicos cardiologistas e outro para os pacientes internados no Pronto Socorro da cardiologia. Foram entrevistados 15 cardiologistas com média de idade de 47,8 ± 7,69 anos e tempo de profissão médio de 21,33 ± 6,20 anos. Todos afirmam orientar atividade física a seus pacientes, 60% conhecem serviços de RCV em Brasília e 33,33% dizem ter encaminhado/indicado pacientes do estabelecimento para tal programa. Os 58 pacientes tinham média de idade de 58,10 ± 12,76 anos, 41,38% referem ter recebido orientação para a prática de atividade física, 1,72% afirma ter recebido orientação/indicação médica para RCV e nenhum participa ou participou de tal programa. Poucos médicos indicam e/ou orientam RCV aos cardiopatas, uma minoria dos pacientes aptos à associação do tratamento clínico e medicamentoso com a reabilitação recebeu indicação para a terapêutica e nenhum deles chegou a ser encaminhado e a participar de tal programa.