RESUMO
A análise sistemática de informes epidemiológicos de pacientes vítimas de agravos causados por animais oferecem subsídios para diminuir o risco de exposição ao vírus rábico. Neste trabalho foram analisados os registros de notificação de agravos do Programa de Profilaxia da Raiva no município de Pirassununga/SP, num total de 697 habitantes, atendidos no período de 1997 a 1999. Os meses de agosto, outubro, junho e julho foram os de maior procura. Constatou-se a existência de maior risco de exposição para os indivíduos de sexo masculino e para os menores de 15 anos de idade. As agressões ocorreram com maior frequência no domicílio e os cães foram os principais responsáveis (81,6%). Dos animais envolvidos, somente 46,6% encontravam-se imunizados contra a raiva. Nos pacientes com até 14 anos de idade as localizações de lesão mais frequentes foram em cabeça e pescoço (31,6%). Acima de 14 anos, as áreas mais acometidas foram as extremidades (39,4%) e membros inferiores (26,9%). Dos pacientes analisados; 76,2% procurou a orientação médica em até 3 dias após a agressão. Concluiu-se que, é muito importante o uso rotineiro dos registros de investigação e educação em saúde para uma melhor profilaxia da raiva.