RESUMO
Objetivo: Averiguar qual o papel desempenhado pelas dimensões ósseas da pelve em relação à gênese do prolapso de órgãos pélvicos por meio de publicações dos últimos quinze anos. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de estudos ob- servacionais para avaliação de risco e prognóstico por meio de um levantamento bibliográfico virtual de artigos científicos publicados em revistas digitais entre os anos 2007 e 2022, nas bases de dados PubMed, BVS e ScienceDirect. Resultados: Uma área pélvica anterior mais ampla e um maior diâmetro interespinhoso foram caracterizados como possíveis causas para prolapso de órgãos pélvicos. A maior parte dos estudos contou com mensurações ósseas diversificadas, nas quais as demais dimensões não apresentaram significância estatística. Conclusão: Os estu- dos avaliados nesta revisão sugerem uma nova medida do assoalho pélvico rela- cionada a mulheres com prolapso, com apresentação de uma maior área anterior, em grande parte influenciada pelo diâmetro interespinhoso, o qual leva a um au- mento da carga sobre o assoalho pélvico. Porém, ainda assim, urge a necessidade de mais estudos para corroborar nossos achados.
Objective: To investigate the role played by the bone dimensions of the pelvis in relation to the genesis of pelvic organ prolapses through publications from the last fifteen years. Methods: This is a systematic review of obser- vational studies for risk assessment and prognosis through a virtual bibliographic survey of scientific articles published in digital journals between 2007 and 2022, in PubMed, BVS and ScienceDirect databases. Results: A wider anterior pelvic area and a larger interspinous diameter were characterized as possible causes for pelvic organ prolapses. Most of the studies have diversified bone measurements, in which the other dimensions weren't statistically significant. Conclusion: The studies evaluated in this review suggest a new measure- ment of the pelvic floor related to women with prolapse, with a larger anterior area, largely influenced by the interspinous diameter, which leads to an increased load on the pelvic floor. However, even so, there is an urgent need for further studies to corroborate our findings.