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1.
Rev. Bras. Med. Fam. Comunidade (Online) ; 19(46): e-3922, 20241804.
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1572108

RESUMO

Introdução: A Medicina de Família e Comunidade, como forma de cuidado mais próxima ao paciente, pode ofertar cuidados paliativos (CP) de modo integral e individualizado. Assim, torna-se relevante caracterizar a população atendida de modo a favorecer o desenvolvimento e implementação de estratégias para a ampliação da assistência de CP na Rede de Atenção à Saúde. Objetivo: Apresentar um panorama do perfil epidemiológico dos pacientes em CP domiciliares, no período de janeiro de 2018 a outubro de 2021, assistidos pelo Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), vinculado ao Hospital Municipal de São José (HMSJ), na cidade de Joinville (SC). Métodos: Série de casos retrospectiva, incluindo os participantes do SAD que evoluíram a óbito no período da pesquisa. Os critérios de exclusão foram os participantes vivos no período da pesquisa; aqueles registrados, mas não atendidos pela equipe médica; os que receberam alta do programa; pacientes com prontuário incompleto; prontuários duplicados e menores de 18 anos. Os dados coletados incluíram número identificador do prontuário, idade, sexo, estado civil, diagnóstico, data de entrada no SAD, data de óbito, tempo de permanência no SAD, desfecho de óbito e via pela qual foi atestado o óbito, se recebeu analgesia com opioides e se fez uso de mais de um opioide, e se recebeu analgesia em bomba de infusão contínua (BIC) e/ou sedação paliativa. Os dados foram coletados pelos pesquisadores de prontuários médicos, codificados e conferidos duplamente. Foram realizadas então média e mediana das variáveis, bem como correlação dos dados e análise dos resultados. Resultados: Duzentos e oito pacientes foram incluídos; a média de idade foi 66,8 anos; as doenças neoplásicas foram as mais prevalentes (94,2%), destacando-se as neoplasias de trato gastrointestinal (21,1%), pulmonares (12,5%) e de mama (9,5%). A maior parte dos pacientes (37,9%) permaneceu sob os cuidados do SAD por mais de 30 dias e 75,9% da população analisada veio a óbito em ambiente domiciliar, e 45,67% desses indivíduos foram atestados via Serviço de Verificação de Óbitos e 30,2% via SAD. Quanto ao manejo da dor, 87,1% fizeram uso de opioides, mais frequentemente a morfina. Quanto à sedação paliativa, esta esteve presente em apenas 25,48%, prevalecendo o uso de midazolam. Conclusões: Neste estudo, encontrou-se maior prevalência de pacientes acometidos por doenças neoplásicas em fase final de vida, com necessidade de controle de dor adequado ­ contexto no qual o SAD possibilita o atendimento especializado ao paciente e seus familiares em um ambiente de maior conforto.


Introduction: Family Practice, being closer to the patient, can offer comprehensive and individualized Palliative Care (PC). Therefore, characterizing the population served becomes essential to support the development and implementation of strategies to expand PC services in the Health Care Network. Objective: Present an overview of the epidemiological profile of patients receiving home-based palliative care from January 2018 to October 2021, supported by Home Care Services (HCS) affiliated with Hospital Municipal São José (HMSJ) in the city of Joinville (SC). Methods: Retrospective case series with Participants in HCS who passed away during the study period were included. Exclusion criteria comprised living participants, those registered but not attended by the medical team, program discharges, incomplete medical records, duplicates, and individuals under 18 years of age. Collected data included record identifier, age, gender, marital status, diagnosis, entry and death dates, duration of HCS stay, death outcome and certification method, opioid analgesia use, use of multiple opioids, and use of continuous infusion pump (CIP) analgesia and/or palliative sedation. Researchers collected and double-checked the coded data, performed average and median calculations, correlated data, and analyzed results. Results: Two hundred and eight patients were included; average age was 66.8 years; neoplastic diseases were most prevalent (94.2%), particularly gastrointestinal (21.1%), pulmonary (12.5%), and breast cancers (9.5%). The majority of patients (37.9%) remained under HCS care for over 30 days, and 75.9% of the analyzed population passed away at home, with 45.67% certified by the Death Verification Service and 30.2% by HCS. Regarding pain management, 87.1% used opioids, most commonly morphine. Palliative sedation was present in only 25.48%, predominantly using midazolam. Conclusions: This study found a higher prevalence of patients with end-stage neoplastic diseases requiring adequate pain control, an area where HCS provides specialized care in a more comfortable environment.


Introducción: La Medicina Familiar y Comunitaria, como forma de atención más cercana al paciente, puede ofrecer Cuidados Paliativos (CP) de forma integral e individualizada. Por lo tanto, resulta relevante caracterizar la población atendida con el fin de favorecer el desarrollo e implementación de estrategias para ampliar la asistencia en CP en la red de Atención a la Salud. Objetivo: Presentar una visión general del perfil epidemiológico de los pacientes que recibieron cuidados paliativos domiciliarios, de enero de 2018 a octubre de 2021, atendidos por el Servicio de Atención de Salud a Domicilio (SAD), vinculado al Hospital Municipal São José (HMSJ), de la ciudad de Joinville (SC). Método: Serie de casos retrospectiva, incluyendo participantes del SAD que fallecieron durante el período de investigación. Los criterios de exclusión fueron participantes vivos durante el período de investigación; pacientes registrados pero no atendidos por el equipo médico; los que tuvieron alta del programa; con historial médico incompleto, historial médico duplicado y menores de 18 años. Los datos recogidos incluyeron número de identificación del historial médico, edad, sexo, estado civil, diagnóstico, fecha de ingreso al SAD, fecha de fallecimiento, tiempo de estancia en el SAD, desenlace de la muerte y vía por la que se certificó la muerte; si recibió analgesia con opioides y si usaron más de un opioide, y si recibieron analgesia con bomba de infusión continua (BIC) y/o sedación paliativa. Los datos fueron recopilados por investigadores de registros médicos, codificados y verificados dos veces. Luego se realizó la media y mediana de las variables, así como la correlación de datos y el análisis de los resultados. Resultados: Se incluyeron doscientos ocho pacientes; la edad promedio fue de 66,8 años; las enfermedades neoplásicas fueron las más prevalentes (94,2%), destacándose las neoplasias del tracto gastrointestinal (21,1%), pulmón (12,5%) y mama (9,5%). La mayoría de los pacientes (37,9%) permanecieron bajo atención del SAD más de 30 días y el 75,9% de la población analizada falleció en su domicilio, de los cuales el 45,67% fue certificado a través del Servicio de Urgencias de Verificación de Defunciones y el 30,2% a través del SAD. En cuanto al manejo del dolor, el 87,1% utilizaba opioides, con mayor frecuencia morfina. En cuanto a la sedación paliativa, estuvo presente solo en el 25,48%, prevaleciendo el uso de midazolam. Conclusiones: En este estudio se encontró una mayor prevalencia de pacientes afectados por enfermedades neoplásicas en la etapa final de la vida, que necesitan un control adecuado del dolor, un contexto en el que el SAD permite una atención especializada a los pacientes y sus familias en un ambiente más confortable.


Assuntos
Humanos , Cuidados Paliativos , Direito a Morrer , Serviços Hospitalares de Assistência Domiciliar , Serviços de Assistência Domiciliar
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