RESUMO
O clareamento dental tem se tornado uma prática muito empregada, porém apresenta riscos para os pacientes, sendo a reabsorção radicular externa um dos mais preocupantes. Na tentativa de minimizar o risco de reabsorção, é indicada a confecção de um tampão cervical. O objetivo deste estudo é avaliar a capacidade de vedamento dos diferentes materiais para a confecção de tampão, por meio da análise qualitativa e quantitativa da microinfiltração. Quarenta e dois pré-molares superiores foram tratados endodonticamente e aleatoriamente divididos em seis grupos; um grupo controle (guta-percha) e outros cinco grupos com materiais diferentes: iônometro de vidro resinoso; fosfato de zinco; óxido de zinco sem eugenol; cimento resinoso; iônometro de vidro convencional. Após a execução do tampão, os corpos-de-prova foram termociclados, impermeabilizados, corados com solução de azul de metileno a 2% por um período de 24 horas, lavados em água corrente, incluídos em resina acrílica e seccionados longitudinalmente. Os corpos-de-prova foram levados a uma lupa estereoscóspica acoplada a uma câmara para a visualização da infitração, sendo esta determinada pela penetração do corante a partir da margem até a base do tampão. Os resultados foram submetidos a análise estatística empregando o teste de Kruskall-Wallis, não sendo constatada diferença significante entre os grupos (<0,05). A comparação pareada dos grupos permitiu verificar que, quando o grupo restaurado com Coltosol foi comparado aos demais grupos, a diferença foi significante (>0,05). Considerando as condições testadas, concluiu-se que nenhum material é 100% eficaz no vedamento, sendo os melhores resultados apresentados pelo Coltosol