RESUMO
Introdução: A saúde do trabalhador ganha destaque em âmbito científico, sendo tema de pesquisas e debates internacionais, apresentando o estresse laboral como potencial agente estressor. Objetivo: Caracterizar a incidência de sintomatologia referente à ansiedade e à depressão correlacionada aos níveis socioeconômicos em servidores técnico-administrativos de uma universidade estadual do estado de São Paulo. Métodos: A amostra foi composta de 89 participantes. Os dados foram obtidos por meio do inventário de sintomas de estresse para adultos de Lipp, para detectar o nível de estresse; da escala hospitalar de ansiedade e depressão, para análise de ansiedade e depressão; e de um questionário informativo para detectar o nível educacional e sociodemográfico. Resultados: Verificou-se que 47% dos participantes apresentaram sintomas de ansiedade e 39% de depressão, não havendo relação direta com o nível socioeconômico. Além disso, observou-se que, entre os indivíduos que apresentavam ansiedade, 50% eram docentes, e, do total de indivíduos com depressão, 38,4% eram do setor administrativo. O estresse encontra-se em maior escala nas categorias ensino superior (29,6%) e pós-graduados (33,3%). Conclusões: Os achados demonstraram elevada prevalência de ansiedade e depressão em todas as classes socioeconômicas investigadas. Ademais, indivíduos de nível educacional elevado são mais estressados que os de nível educacional inferior.
Background: Occupational health is increasing in visibility within the scientific community and has become a field of international research and discussions in which occupational stress is described as a possible stressor. Objective: To analyze the relationship between anxiety and depression symptoms and socioeconomic level among technical-administrative employees of a public university in the state of São Paulo, Brazil. Methods: The sample comprised 89 participants. Data were obtained through Lipp's Inventory of Stress Symptoms for adults to identify levels of stress and the Hospital Anxiety and Depression scale. An additional questionnaire was administered to gather information on educational and socioeconomic levels. Results: About 45% of the participants exhibited symptoms of anxiety and 39% of depression, however, without direct relationship with their socioeconomic level. Among the participants with depression 50% were professors, and among those with depression 38.4% were administrative employees. Stress was more frequent among the participants who had attended higher education (29.6%) and graduate studies (33.3%). Conclusion: The study results indicate a high prevalence of anxiety and depression regardless of the socioeconomic level of the participants. Stress was more frequent among the participants with higher educational level.