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1.
Estud. interdiscip. envelhec ; 19(2): 423-437, ago. 2014.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-868878

RESUMO

A maior sobrevida do ser humano, muitas vezes, associada a enfermidades crônicas, próprias do processo de envelhecer, torna a institucionalização do idoso cada vez mais comum. O objetivo do estudo foi conhecer o processo de viver a velhice em um ambiente institucionalizado. A pesquisa foi qualitativa, com participação de oito idosos institucionalizados. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista com questões norteadoras, observação participante e diário de campo. A análise dos dados se deu mediante a técnica de análise de conteúdo. A média de idade do grupo era de 77,62 anos e oito anos de internação, com nível primário de escolaridade. Dentre os motivos da institucionalização foram citados os conflitos familiares e o abandono. Os idosos destacaram que viver a velhice nesse ambiente é conviver com a perda e a quebra dos laços familiares, sem liberdade, autonomia e independência, mas é também ter acesso a serviços de saúde e cuidados diários, que não possuíam fora da ILPI. Viver a velhice em uma Instituição de Longa Permanência limita as possibilidades de o idoso manter-se independente, fator fundamental para sua saúde, o que nos remete a considerar que o estado e a sociedade precisam assumir um papel mais pró-ativo no cuidado desses idosos criando mecanismos para que a assistência integral à saúde desse segmento seja garantida.


The longer survival of the human being, often associated with the number of chronic diseases, natural of the aging process, makes the institutionalization of the elderly increasingly common. The objective of this study was to know the process of living in an institutionalized environment. The research was qualitative, with the participation of eight elderly people. Data collection was conducted through interviews with leading questions, participant observation and field diary. The data and analysis was performed using the technique of content analysis. The age average of the group was 77.62 years and eight years of living in institution, with the primary level of schooling. Among the reasons cited for institutionalization were the family conflict and abandonment. The elderly people highlighted that living the old age in this environment means to live with the loss and the breaking of family ties, without freedom, autonomy and independence. However, they also consider that it means to have access to health services and daily care that they did not have outside of Long-Term Care Institution for Elders. Living in a long-term institution restricts the ability of the elderly to remain independent, that is a fundamental factor to their health, this leads us to believe that the state and society need to take a more proactive role in the care of the elderly and to create mechanisms so that full time health assistance to this age group is guaranteed.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Envelhecimento , Instituição de Longa Permanência para Idosos , Abuso de Idosos/psicologia , Autoimagem
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