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1.
Rev. baiana saúde pública ; 46(3): 150-166, 20220930.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1417672

RESUMO

Durante a pandemia da covid-19, houve incipiência de publicações que escutassem gestantes e puérperas sobre os impactos sentidos. Por isso, objetivou-se estimar prevalências acerca das condições sociodemográficas e econômicas desse público e dos impactos psicofísicos, psíquicos e sociais decorrentes desse contexto. Em estudo transversal, levantou-se o perfil epidemiológico de 156 gestantes e 65 puérperas brasileiras, por survey, com questionário online. Os dados foram analisados pelo software SPSS 24.0. Houve predomínio de nordestinas (78,3%), 41,6% delas eram pardas, com faixa etária de 30 a 39 anos (59,7%) e 71% tinham ensino superior completo ou mais. Do total, 5% foram contaminadas pela covid-19. Quanto às sensações físicas, destacaram-se alteração do sono em gestantes (45,5%) e puérperas (47,7%), assim como mania de limpeza para ambos os grupos, respectivamente 31,4% e 43,1%. Entre as emoções mais sentidas, 62,2% das gestantes relataram ansiedade e 61,5% das puérperas medo excessivo. Rotina mais cansativa e sobrecarga com trabalhos domésticos foram mencionadas como impactos sociais (85,3% das gestantes e 86,2% das puérperas). Os dados apresentam uma realidade de mulheres privilegiadas em relação a renda, escolaridade e vínculo de trabalho, mas, mesmo diante dessas condições, elas experimentaram aumento de sensações consideradas negativas durante a gravidez e o puerpério.


During the COVID-19 pandemic, some publications focused on the impact felt by pregnant and postpartum women. Hence, this article sought to estimate the prevalence of sociodemographic and economic conditions among these users, as well as the psychophysical, psychological, and social impacts resulting from this context. A cross-sectional study surveyed the epidemiological profile of 156 pregnant women and 65 postpartum women by means of an online questionnaire. Data were analyzed using SPSS 24.0. Results showed a predominance of Northeasterners (78.3%), 41.6% of them brown, aged 30 to 39 years (59.7%), and 71% with complete tertiary education or more. Of the total, 5% were infected by COVID-19. As for physical sensations, sleep disorders in pregnant women (45.5%) and puerperal women (47.7%) stood out, as well as cleaning mania for both groups, respectively 31.4% and 43.1%. Regarding the most felt emotions, 62.2% of pregnant women reported anxiety and 61.5% of puerperal women reported excessive fear. Both groups cited a more tiring routine and housework overload as social impacts (pregnant women, 85.3%; puerperal women, 86.2%). These findings show a reality of privileged women regarding income, education, and employment; but even under these conditions, they experienced an increase in negative sensations during pregnancy and the puerperium.


Durante la pandemia del covid-19 hubo un advenimiento de publicaciones sobre los impactos de la pandemia en las mujeres embarazadas y puérperas. Así, el objetivo de este artículo fue estimar la prevalencia sobre las condiciones sociodemográficas y económicas de este público, y los impactos psicofísicos, psíquicos y sociales resultantes de este contexto. En este estudio transversal se investigó el perfil epidemiológico de 156 embarazadas y 65 puérperas brasileñas mediante una encuesta, con cuestionario en línea. Los datos se analizaron con el software SPSS 24.0. Hubo predominio de las mujeres del Nordeste brasileño (78,3%), el 41,6% de ellas eran pardas, con edad entre 30 y 39 años (59,7%), y el 71% tenían estudios superiores o más completos. En total, el 5% estaban infectadas por covid-19. En cuanto a las sensaciones físicas, se destacó la alteración del sueño entre las embarazadas (45,5%) y puérperas (47,7%), así como la manía por limpieza, respectivamente el 31,4% y el 43,1%. Entre las emociones más sentidas, el 62,2% de las embarazadas reportaron ansiedad; y el 61,5% de las puérperas, miedo excesivo. La rutina más agotadora y la sobrecarga de tareas domésticas fueron mencionadas por ambos grupos como los impactos sociales (embarazadas, 85,3%; y puérperas, 86,2%). Los datos mostraron una realidad de mujeres privilegiadas en términos de ingresos, nivel educativo y empleo; incluso frente a estas condiciones, experimentaron un aumento de sensaciones consideradas negativas durante el embarazo y el puerperio.


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