RESUMO
A via aérea faríngea, delimitada por tecidos moles e duros, apresenta um alto grau de resolutibilidade visual nos exames radiográficos de perfil. O paciente portador de maloclusão esquelética de Classe II pode ter indicação de tratamento cirúrgico bucomaxilofacial, com avanço mandibular associado ou não a intervenções na maxila. O objetivo deste estudo prévio é determinar (em cm²) alterações dimensionais do espaço aéreo faríngeo total (EAF TOTAL), particularizando o espaço aéreo da nasofarige (NF), orofaringe (OF) e hipofaringe (HF). Foram utilizadas telerradiografias de perfil pré e pós-operatórias de pacientes que realizaram cirurgias combinadas. Com base em propostas de estudos cefalométricos para esta área, realizou-se uma análise estatística para avaliação da presença ou não de diferenças significativas entre o pré e pós-operatório. Com valores superiores ao período pré-operatório, tanto a orofaringe quanto a hipofaringe e o espaço aéreo faríngeo total indicam aumento da área. Este resultado pode contribuir no tratamento das apnéias e hipopnéias obstrutivas do sono.