Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 36
Filtrar
1.
Rev. bras. estud. popul ; 40: e0243, 2023. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1449682

RESUMO

Resumo Objetivou-se classificar o estado nutricional e investigar os fatores associados à prevalência de obesidade entre escolares do ensino fundamental público e privado de Maceió. Trata-se de um estudo transversal com amostra probabilística de 1.510 alunos (9,8±0,5 anos) de escolas públicas (n=931) e privadas (n=579). Obtiveram-se dados socioeconômicos, demográficos, antropométricos e dietéticos. O estado nutricional foi estabelecido por antropometria segundo os critérios da OMS. A obesidade foi definida por IMC-para-idade >2 z. A medida de associação foi a razão de prevalência (RP) e respectivo IC95%, calculados por regressão de Poisson. Apenas 1,2% dos investigados apresentaram déficit estatural. A prevalência de obesidade foi maior entre os alunos da rede privada (22,1% vs. 10,3%; RP=2,14; IC95%=1,66-2,76). Na análise bruta associaram-se à obesidade: menor número de moradores no domicílio; comprar lanche na cantina da escola; não ser usuário de programas assistenciais do governo; maior consumo de alimentos não saudáveis; e pertencer à escola privada. Na análise ajustada, apenas esta última variável manteve-se associada (p<0,05), possivelmente, pelo fato de a maioria dos demais preditores ocorrer com maior frequência no âmbito dos estabelecimentos particulares. A obesidade é o principal agravo nutricional encontrado entre os alunos do ensino fundamental de Maceió, condição que se associa, de forma independente, ao fato de pertencer à escola privada.


Abstract The objective was to classify the nutritional status and investigate the factors associated with the prevalence of obesity among students from public and private elementary schools in Maceio. This is a cross-sectional study with a probability sample of 1510 students (9.8 ± 0.5 years) from public (n=931) and private (n=579) schools. Socioeconomic, demographic, anthropometric and dietary data were obtained. Nutritional status was defined by anthropometry according to WHO criteria. Obesity was defined as BMI-for-age >2 z. The measure of association was the prevalence ratio (PR) and respective 95% CI, calculated by Poisson regression. Only 1.2% of those investigated had stunting. The prevalence of obesity was higher among students from the private network (22.1% vs. 10.3%; PR=2.14; 95%CI=1.66; 2.76). In the crude analysis, obesity was associated with lower number of residents at home, buying snacks at school canteens, not being a user of government assistance programs, greater consumption of unhealthy foods and attending a private school. In the adjusted analysis, only this last variable remained associated (p<0.05), possibly due to the fact that most of the other predictors occurred more frequently in the context of private establishments. Obesity is the main nutritional disorder found among elementary school students in Maceio, a condition that is independently associated with attending a private school.


Resumen Este estudio tuvo como objetivo clasificar el estado nutricional e investigar los factores asociados a la prevalencia de obesidad entre estudiantes de escuelas públicas y privadas de Maceió. Se trata de un estudio transversal con una muestra aleatoria de 1510 estudiantes (9,8 ± 0,5 años) que asisten a escuelas públicas (n = 931) y privadas (n = 579), del que se obtuvieron datos socioeconómicos, demográficos, antropométricos y dietéticos. El estado nutricional se definió por antropometría según los criterios de la Organización Mundial de la Salud (OMS). La obesidad se definió como IMC para la edad > 2 z. La medida de asociación fue la razón de prevalencia (PR) y su IC 95 %, calculada por regresión de Poisson. Solo el 1,2 % de los investigados presentaba baja estatura para la edad y la prevalencia de obesidad fue mayor entre estudiantes de la red privada (22,1 % vs. 10,3 %; RP = 2,14, IC 95% : 1,66; 2,76). En el análisis crudo estaban asociados con la obesidad el menor número de integrantes de la familia, comprar almuerzo en la cantina de la escuela, no ser usuarios de programas de asistencia del Gobierno, mayor consumo de alimentos no saludables y la asistencia a escuela privada. En el análisis ajustado, solo esta última variable se mantuvo asociada (p < 0,05). La obesidad es el principal problema nutricional entre los alumnos de enseñanza básica de Maceió, condición que se asocia de forma independiente al hecho de asistir a una escuela privada.


Assuntos
Humanos , Instituições Acadêmicas , Dieta , Ciências da Nutrição , Obesidade , Criança , Saúde Pública , Interpretação Estatística de Dados
2.
Int. j. cardiovasc. sci. (Impr.) ; 34(4): 358-368, July-Aug. 2021. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1286844

RESUMO

Abstract Background: Cardiovascular risk (CVR) monitoring is important for defining preventive actions against cardiovascular disease; this condition prevails more intensely in scenarios with less infrastructure such as African descent communities. The Framingham Risk Score (FRS) and the Global Risk Score (GRS) have been used in Brazil for CVR monitoring based on scales of points for certain risk factors. Among these, hypercholesterolemia and low high-density lipoprotein cholesterol require tests not always available in primary care. An alternative would be the simplified GRS (sGRS), in which these tests are replaced by the body mass index (kg/m2). Objective: To determine the accuracy of the sGRS in estimating CVR in African descent women (quilombolas) from Alagoas. Method: This is a cross-sectional study with a representative sample (n=1015) of women from African descent communities in Alagoas. GRS, sGRS, and FRS consisted in the sum of points obtained according to their respective scales. Receiver operating characteristic curves were used to compare the accuracy of these instruments as CVR predictors, assuming the GRS as reference. Statistical significance was assumed when p<0.05. Results: The prevalence of high CVR assessed with the GRS or sGRS was similar (20.1% vs. 20.7%; p>0.05) and higher than that found with the FRS (4.5%; p<0.001). Considering the area under the curve (AUC), the sGRS had a higher discriminatory power (AUC=0.98; 95%CI: 0.98-0.99) than the FRS (AUC=0.91; 95%CI: 0.90-0.93). Conclusion: Among black women living in regions with less infrastructure, the sGRS produced similar results to the GRS, with greater operational simplicity.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Doenças Cardiovasculares/prevenção & controle , Fatores de Risco de Doenças Cardíacas , Quilombolas , Condições Sociais , Brasil , Doenças Cardiovasculares/epidemiologia , Estudos Transversais
3.
Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. (Online) ; 21(2): 485-496, Apr.-June 2021. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1340661

RESUMO

Abstract Objectives: to investigate the prevalence of exclusive maternal breastfeeding (EMBF) and evaluate whether common mental disorder (CMD) and other predictors promote its early interruption (EI-EMBF4). Methods: a cross-sectional study involving all children <24 months (n=252) residing in 50% (n=34) of the Quilombola communities in Alagoas. The EI-EMBF4 was established when EMBF was ≤4 months. The Self-Reporting Questionnaire was used to identify the occurrence of CMD. Other predictors were obtained through interviews. The measure of association was the prevalence ratio calculated by the Poisson regression, following a hierarchical theoretical model. The prevalence of EMBF for 4 and 6 months, and its median duration (survival analysis) were calculated. Results: the prevalence of EI-EMBF4 and CMD was 57.6% and 42.9%, respectively. The risk factors independently associated with EI-EMBF4 were: living in a mud house, maternal age ≤18 years, low birth weight and the use of a pacifier or baby bottle. There was no association with CMD. The prevalence of EMBF for four and six months was 42.4% and 25.4%, respectively, and the median duration was 106 days. Conclusion: EMBF indicators are below the established recommendations, justifying the implementation of measures that prioritize women subjected to risk factors identified here. CMD is not configured among these.


Resumo Objetivos: investigar a prevalência do aleitamento materno exclusivo (AME) e se o transtorno mental comum (TMC) e outros preditores promovem sua interrupção precoce (IP- AME4). Métodos: estudo transversal envolvendo todas as crianças <24 meses (n=252) residentes em 50% (n=34) das comunidades quilombolas de Alagoas. A IP-AME4 foi definida quando o AME foi ≤ 4 meses. Utilizou-se o Self-Reporting Questionnaire para identificar o TMC. Outros preditores foram obtidos por meio de entrevista. A medida de associação foi a razão de prevalência calculada por regressão de Poisson, seguindo modelo teórico hierárquico. Foram calculadas as prevalências de AME por 4 e 6 meses e sua duração mediana (análise de sobrevivência). Resultados: as prevalências de IP-AME4 e do TMC foram 57,6% e 42,9%, respectivamente. Os fatores de risco independentemente associados à IP-AME4 foram: residir em casa de taipa, idade materna ≤18 anos, baixo peso ao nascer e uso de chupeta ou de mamadeira. Não houve associação com TMC. As prevalências do AME por quatro e por seis meses foram 42,4% e 25,4%, nessa ordem, e a duração mediana foi de 106 dias. Conclusão: os indicadores de AME estão aquém das metas estabelecidas, justificando a implementação de medidas que atuem sobre os fatores de risco aqui identificados, sendo que o TMC não se configura entre esses.


Assuntos
Humanos , Feminino , Recém-Nascido , Lactente , Pré-Escolar , Desmame , Aleitamento Materno/psicologia , Aleitamento Materno/estatística & dados numéricos , Etnicidade , Fatores de Risco , Transtornos Mentais/epidemiologia , Mães/psicologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , População Negra
4.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(9): e00122520, 2021. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1339552

RESUMO

Objetivou-se avaliar a evolução da prevalência de anemia em crianças quilombolas de Alagoas, Brasil. Trata-se de uma análise descritiva comparando resultados de dois inquéritos domiciliares (2008; n = 950 e 2018; n = 426), envolvendo amostra das crianças de 6 a 59 meses. A anemia foi diagnosticada com hemoglobina < 110g/L (HemoCue). As prevalências entre os dois inquéritos foram descritas percentualmente e pela razão de prevalência (RP) e intervalo de 95% de confiança (IC95%), calculados por regressão de Poisson. As prevalências de anemia em 2008 e 2018 foram, respectivamente, 53% (IC95%: 49,8-56,1) e 38% (IC95%: 33,4-42,6), configurando um declínio de 28,3% (RP = 0,72; IC95%: 0,63-0,82). Crianças de 6 a 24 meses foram mais acometidas do que aquelas de 25 a 59 meses, tanto em 2008 (72% vs. 44%) como em 2018 (54,8% vs. 28,3%). Houve redução de prevalência em ambas as faixas etárias (23,9% e 35,7%, respectivamente). Essa redução mais pronunciada nas crianças mais velhas fez que as mais jovens passassem a ter quase o dobro da prevalência vista nas de maior idade (RP = 1,94; IC95%: 1,53-2,46). Conclui-se que houve declínio expressivo da prevalência de anemia durante o período avaliado, persistindo, porém, como relevante problema de saúde pública, sobretudo entre as crianças de 6 a 24 meses. As crianças avaliadas sobrevivem em grande vulnerabilidade social, evidenciando-se que, para promover a saúde dessa população, não são suficientes ações no âmbito da saúde pública. Gestores e profissionais de saúde devem estar atentos aos dados aqui apresentados, visando à implementação de medidas para enfrentamento das iniquidades sociais e de saúde que contribuem para maior vulnerabilidade desse grupo étnico-racial.


The study aimed to assess trends in the prevalence of anemia in children from quilombos (maroon communities) in Alagoas State, Brazil. This was a descriptive study comparing the results of two household surveys (2008; n = 950 and 2018; n = 426), involving a sample of children from 6 to 59 months of age. Anemia was diagnosed as hemoglobin < 110g/L (HemoCue). Prevalence rates between the two surveys were described by percentage and by prevalence ratio (PR) and 95% confidence interval (95%CI), calculated by Poisson regression. Prevalence rates for anemia in 2008 and 2018 were 53% (95%CI: 49.8-56.1) and 38% (95%CI: 33.4-42.6), respectively, or a decrease of 28.3% (RP = 0.72; 95%CI: 0.63-0.82). Children 6 to 24 months of age had higher anemia rates than those 25 to 59 months of age, both in 2008 (72% vs. 44%) and in 2018 (54.8% vs. 28.3%). There was a reduction in prevalence in both age brackets (23.9% and 35.7%, respectively). This sharper decline in older children meant that younger children had nearly double the prevalence rate compared to older children (PR = 1.94; 95%CI: 1.53-2.46). In conclusion, there was a major decline in prevalence of anemia during the period studied, but anemia persisted as a relevant public health problem, especially in children 6 to 24 months of age. The children in the sample are exposed to harsh social vulnerabilities, evidencing that health promotion for this population requires more than actions in the public health sphere itself. Healthcare workers and administrators should be alert to the data presented here, aimed at implementation of measures to confront the social and health iniquities that contribute to greater vulnerability in this ethnic-racial group.


El objetivo fue evaluar la evolución de la prevalencia de anemia en niños quilombolas de Alagoas, Brasil. Se trata de un análisis descriptivo, comparando resultados de dos encuestas domiciliarias (2008; n = 950 y 2018; n = 426), implicando en la muestra a niños de 6 a 59 meses. La anemia se diagnosticó con hemoglobina < 110g/L (HemoCue). Las prevalencias entre los dos cuestionarios fueron descritas porcentualmente y por la razón de prevalencia (RP) e intervalo de 95% de confianza (IC95%), calculados por regresión de Poisson. Las prevalencias de anemia en 2008 y 2018 fueron, respectivamente, 53% (IC95%: 49,8-56,1) y 38% (IC95%: 33,4-42,6), configurando un declive de un 28,3% (RP = 0,72; IC95%: 0,63-0,82). Los niños de 6 a 24 meses estuvieron más afectados que aquellos de 25 a 59 meses, tanto en 2008 (72% vs. 44%), como en 2018 (54,8% vs. 28,3%). Hubo una reducción de prevalencia en ambas franjas etarias (23,9% y 35,7%, respectivamente). Esta reducción más pronunciada en niños mayores provocó que los más jóvenes pasasen a tener casi el doble de la prevalencia, vista en aquellos de mayor edad (RP = 1,94; IC95%: 1,53-2,46). Se concluye que hubo un declive expresivo de la prevalencia de anemia durante el período evaluado, persistiendo, no obstante, como un relevante problema de salud pública, sobre todo entre los niños de 6 a 24 meses. Los niños evaluados sobreviven bajo una gran vulnerabilidad social, evidenciándose que para la promoción de la salud de esa población no son suficientes acciones en el ámbito de la salud pública. Gestores y profesionales de salud deben estar atentos a los datos aquí presentados, con el fin de implementar medidas para enfrentar las inequidades sociales y de salud que contribuyen a una mayor vulnerabilidad de ese grupo étnico-racial.


Assuntos
Humanos , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Anemia/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Hemoglobinas , Prevalência , Estudos Transversais
5.
Rev. Nutr. (Online) ; 31(2): 159-173, Mar.Apr. 2018. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1041256

RESUMO

ABSTRACT Objective This study aims to evaluate the prevalence, temporal trends and associated factors with excess weight in mothers of children under five years of age. Methods This is a time-series study using data from two household surveys conducted in 2005 and 2015. A total of 1,436 mothers were evaluated in 2005, and 690 were evaluated in 2015. The dependent variables were excess body weight (Body Mass Index [BMI] ≥25.0kg/m2), high percentage of Body Fat (%BF ≥33%) and abdominal obesity (waist circumference >80cm). The independent variables were the socioeconomic and demographic factors. The changes that occurred between the two surveys were expressed in percentages, and the measure of association was the Prevalence Ratio, calculated by Poisson regression, in both the crude and multivariate analyses. Results There were increases of 33.2%, 59.2% and 31.0%, respectively, for the prevalence of excess weight (PR=1.33, 95% Confidence Interval [CI]:1.21-1.46), abdominal obesity (PR=1.59, 95% CI:1.43-1.77) and high %BF (PR=1.31, 95% CI:1.07-1.60). The factors independently associated with excess weight and abdominal obesity were the highest age group (>30 years), menarche ≤12 years and higher parity (>2 children). The same was observed for high %BF, except for the loss of significance in the adjusted analysis for the variable menarche ≤12 years. Conclusion The prevalence of high body adiposity is a problem of relevant importance in the studied population and has presented an upward trend in the last 10 years. Women over 30 years and with more than two children should be given priority in prevention and control.


RESUMO Objetivo Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência, a tendência temporal e os fatores associados ao excesso de peso em mães de crianças menores de cinco anos. Métodos Trata-se de um estudo de série temporal que se utilizou de dados de dois inquéritos domiciliares realizados em 2005 e 2015, respectivamente. Em 2005 foram avaliadas 1.436 mães, e em 2015 avaliaram-se 690. As variáveis dependentes foram o excesso de peso (IMC ≥25,0kg/m2), o percentual de gordura corporal elevado (%GC ≥33%) e a obesidade abdominal (perímetro da cintura >80cm). As variáveis independentes foram os fatores socioeconômicos e demográficos. As modificações ocorridas entre os dois inquéritos foram expressas percentualmente, e a medida de associação foi a razão de prevalência, calculada por regressão de Poisson, tanto na análise bruta quanto na multivariável. Resultados Verificaram-se incrementos de 33,2%, 59,2% e 31,0%, respectivamente, para as prevalências de excesso de peso (RP=1,33; IC95%: 1,21-1,46), obesidade abdominal (RP=1,59; IC95%: 1,43-1,77) e percentual de gordura corporal elevado (RP=1,31; IC95%: 1,07-1,60). Os fatores independentemente associados ao excesso de peso e à obesidade abdominal foram a maior faixa etária (>30 anos), menarca (<12 anos) e maior paridade (>2 filhos). O mesmo se observou para o percentual de gordura corporal elevado, exceto pela perda da significância na análise ajustada para a variável menarca <12 anos. Conclusão A prevalência de excesso de adiposidade corporal se apresenta em alta magnitude na população estudada e vem apresentando tendência ascendente nos últimos dez anos. Mulheres com mais de trinta anos e com mais de dois filhos devem receber prioridade nas ações de prevenção e controle.


Assuntos
Humanos , Feminino , Obesidade , Fatores Socioeconômicos , Estudos de Séries Temporais , Prevalência , Inquéritos Epidemiológicos , Sobrepeso , Mães
6.
Sci. med. (Porto Alegre, Online) ; 27(3): ID27527, jul-set 2017.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-848452

RESUMO

OBJETIVOS: Investigar a associação entre parâmetros antropométricos e hipertensão arterial sistêmica e identificar os melhores preditores antropométricos dessa condição em mulheres afrodescendentes, de comunidades remanescentes de quilombos. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com mulheres quilombolas do Estado de Alagoas. Foram investigados pressão arterial, parâmetros antropométricos (índice de massa corporal, circunferência da cintura, razão cintura-quadril, razão cintura-estatura, índice de conicidade, gordura corporal), variáveis sociodemográficas, tabagismo e paridade. As associações entre parâmetros antropométricos e hipertensão arterial sistêmica foram averiguadas por meio da regressão de Poisson com ajuste robusto da variância. A capacidade desses parâmetros em predizer a presença de hipertensão arterial sistêmica foi analisada por meio de curvas ROC (Receiver Operating Characteristic). RESULTADOS: Foram avaliadas 1.553 mulheres, com idades entre 20 e 59 anos. A prevalência de hipertensão arterial sistêmica foi 35,8% e a de excesso de peso foi 48,5%. A presença de hipertensão arterial sistêmica associou-se a índice de massa corporal, circunferência da cintura, razão cintura-quadril, razão cintura-estatura e gordura corporal, mesmo após o ajuste para idade, classe socioeconômica e tabagismo. A partir das curvas ROC, foram encontrados os seguintes pontos de corte: índice de massa corporal ≥26,2 kg/m², circunferência da cintura ≥81,6 cm, razão cintura-quadril ≥0,84, razão cintura-estatura ≥0,54, índice de conicidade ≥1,20 e gordura corporal ≥35,4%. Gordura corporal, razão cintura-quadril e razão cintura-estatura apresentaram igual capacidade em predizer a hipertensão arterial sistêmica. CONCLUSÕES: Todos os indicadores de obesidade global e os de obesidade central, excetuando-se o índice de conicidade, associaram-se à hipertensão arterial sistêmica nessa amostra de mulheres afrodescendentes quilombolas. Os melhores preditores antropométricos de hipertensão arterial sistêmica foram porcentagem de gordura corporal, razão cintura-quadril e razão cintura-estatura. Essas medidas tiveram igual, embora baixo, poder discriminatório para a presença de hipertensão arterial sistêmica nessa população.


AIMS: To determine the association between anthropometric parameters and systemic arterial hypertension and to identify the best anthropometrics predictors of this disease in afro-descendant women from remaining quilombo communities. METHODS: A cross-sectional study was conducted with quilombola women from Alagoas State. Blood pressure, anthropometric parameters (body mass index, waist circumference, waist-to-hip ratio, waist-to-height ratio, conicity index, body fat), sociodemographic variables, smoking and parity were investigated. The associations between anthropometric parameters and systemic arterial hypertension were investigated using Poisson regression with robust variance adjustment. The ability of these parameters to predict the presence of systemic arterial hypertension was analyzed using Receiver Operating Characteristic (ROC) curves. RESULTS: A total of 1,553 women, aged between 20 and 59 years, were evaluated. The prevalence of systemic arterial hypertension was 35.8% and that of overweight was 48.5%. The presence of systemic arterial hypertension was associated with body mass index, waist circumference, waist-to-hip ratio, waist-to-height ratio, and body fat, even after adjusting for age, socioeconomic class, and smoking status. From the ROC curves, the following cutoff points were found: body mass index ≥26.2 kg/m², waist circumference ≥81.6 cm, waist-to-hip ratio ≥0.84, waistto-height ratio ≥0.54, conicity index ≥1.20 and body fat ≥35.4%. Body fat, waist-to-hip ratio and waist-to-waist ratio were equally able to predict systemic arterial hypertension. CONCLUSIONS: All indicators of global obesity and those of central obesity, except for the conicity index, were associated with systemic arterial hypertension in this sample of Afro-descendant quilombola women. Percentage of body fat, waist-to-hip ratio and waist-to-height ratio were the best anthropometric predictors of systemic arterial hypertension. These measures had equal, albeit low, discriminatory power for the presence of systemic arterial hypertension in this population.


Assuntos
Feminino , Pressão Arterial , Saúde das Minorias Étnicas , Obesidade
7.
Rev. bras. saúde matern. infant ; 15(2): 219-229, Apr-Jun/2015. tab
Artigo em Português | LILACS, BVSAM | ID: lil-753158

RESUMO

Caracterizar a situação de saúde de mulheres e crianças em uma comunidade quilombola no Nordeste do Brasil, antes e após sua certificação. Métodos: os dados procedem de dois inquéritos com metodologias similares, realizados em 2008 e 2009, no universo de mulheres e crianças residentes. As características socioeconômicas e de saúde das populações nos dois períodos foram comparadas pelo cálculo da Razão de Prevalência (RP), utilizando regressão de Poisson. Resultados: foram estudadas 143 mulheres e 194 crianças e 172 mulheres e 67 crianças nos anos de 2008 e 2012, respectivamente. As prevalências de excesso de peso (59,1 por cento vs. 62,8 por cento) e circunferência da cintura ≥80cm (59,5 por cento vs. 57,4 por cento) foram semelhantes entre os períodos (p>0,05). As características que apresentaram mudanças significantes (p<0,05) foram: renda familiar per capita >2 dólares/dia (23,2 por cento vs. 67,4 por cento; RP=2,90; IC95 por cento: 2,11-4,01), prevalência de diarreia nas crianças (10,3 por cento vs. 26,9 por cento; RP=2,61; IC95 por cento: 1,46-4,62), calendário vacinal atualizado (80,4 por cento vs. 95,3 por cento; RP=1,18; IC95 por cento: 1,08-1,30), frequência de suplementação de vitamina A (70,3 por cento vs. 100,0 por cento; RP=1,42; IC95 por cento: 1,29-1,56), período de amamentação exclusiva ≥6 meses (8,7 por cento vs. 44,6 por cento; RP=5,13; IC95 por cento: 2,95-8,92) e prevalência de anemia em crianças (41,6 por cento vs. 20,0 por cento; RP=0,48; IC95 por cento: 0,27-0,87). Conclusões: ocorreram melhorias na situação de saúde, todavia ainda são necessários investimentos visando o incremento do padrão de saúde na comunidade...


To characterize the health status of women and children in a quilombola community in the Northeast region of Brazil before and after certification. Methods: the data are taken from two investigations using similar methodologies carried out in 2008 and 2009, among women and children residing in the community. The socio-economic and health characteristics of these populations in the two periods were compared by calculating the Prevalence Ratio (PR), using Poisson regression. Results: the studies covered 143 women and 194 children in 2008 and 172 women and 67 children in 2012. The prevalence of overweight (59.1 percent vs. 62.8 percent) and waist circumference ≥80cm (59.5 percent vs. 57.4 percent ) were similar in the two periods (p>0.05). The characteristics that exhibited significant changes (p<0.05) were: per capita family income > 2 US dollars/day (23.2 percent vs. 67.4 percent ; PR=2.90; CI95 percent: 2.11-4.01), prevalence of diarrhea in children (10.3 percent vs. 26.9 percent; PR=2.61; CI95 percent: 1.46-4.62), up-to-date vaccination record (80.4 percent vs. 95.3 percent ; PR=1.18; CI95 percent : 1.08-1.30), frequency of receipt of vitamin A supplements (70.3 percent vs. 100.0 percent ; PR=1.42; CI95 percent : 1.29-1.56), duration of exclusive breastfeeding ≥6 months (8.7 percent vs. 44.6 percent; PR=5.13; CI95 percent : 2.95-8.92) and prevalence of anemia among children (41.6 percent vs. 20.0 percent ; PR=0.48; CI95 percent : 0.27-0.87). Conclusions: there have been improvements in the health status of the population, but investment still needs to be made to ensure that health standards in the community continue to rise...


Assuntos
Humanos , Feminino , Criança , Brasil , População Negra , Saúde das Minorias Étnicas , Saúde da Criança , Saúde da Mulher , Serviços de Saúde Materno-Infantil , Vulnerabilidade em Saúde
8.
Vigil. sanit. debate ; 3(1): 75-81, fev. 2015.
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-948796

RESUMO

The risk of foodborne illnesses is related to incorrect food handling practices and food service infrastructure and equipment. This study aimed to assess the sanitary status of the food services of public schools in Maceió. The services of 40 of 121 schools were chosen by simple random sampling. The assessment used a good-practices checklist containing all of the rules in Resolution 216/04 of the National Sanitary Surveillance Agency. The possible answers were "in compliance" and "not in compliance," which were then considered to determine the compliance of the service with the above-mentioned Resolution. The services were classified as: critical (≤ 30%), unsatisfactory (31 to 49%), regular (50 to 69%), satisfactory (70 to 89%), and excellent (≥ 90%). Not one service achieved regular, satisfactory, or excellent compliance; 23 (57.5%) and 17 (42.5%) presented with unsatisfactory and critical compliance, respectively. The main problems were bad infrastructure and poor food-handling practices. The services do not comply with the norms for safe food production. This situation demands urgent action from the professionals and managers.


Objetivou-se avaliar os aspectos higiênico-sanitários dos serviços de alimentação dos estabelecimentos públicos de ensino fundamental de Maceió, Estado de Alagoas, Brasil. De um total de 121 escolas, 40 foram selecionadas por sorteio simples e tiveram seus serviços avaliados. Para isso, utilizou-se um checklist de boas práticas baseado na Resolução 216/04 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, constando 83 questões referentes aos aspectos higiênico-sanitários, cujas respostas, "conforme" ou "não conforme", determinam o percentual de adequação do serviço. De acordo com este percentual, os serviços foram classificados nas seguintes categorias: crítico (≤ 30%), insatisfatório (31 a 49%), regular (50 a 69%), satisfatório (70 a 89%) e excelente (≥ 90%). Nenhum serviço atingiu a condição de regular, satisfatório ou excelente, sendo que 23 (57,5%) serviços apresentaram nível insatisfatório e 17 (42,5%) nível crítico. As principais inconformidades relacionaram-se às condições de infraestrutura e à baixa qualificação dos funcionários no que se refere às boas práticas de manipulação de alimentos. Os serviços estudados não atendem às normas de produção de alimento seguro, situação que constitui uma violação ao direito humano à alimentação adequada e demanda providências urgentes por parte dos profissionais e gestores envolvidos com a alimentação, nutrição e com a saúde dos escolares da capital alagoana.


Assuntos
Humanos , Criança , Alimentação Escolar , Inspeção de Alimentos , Vigilância Sanitária , Manipulação de Alimentos , Abastecimento de Alimentos
9.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 19(5): 1533-1542, maio 2014. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-710530

RESUMO

Objetivou-se identificar a prevalência e os fatores associados à insegurança alimentar (INSAN) em famílias do norte de Alagoas. Para isso, realizou-se estudo transversal com amostra probabilística de 1.444 famílias. A INSAN (leve, moderada ou grave) foi definida segundo a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. Utilizou-se a razão de prevalência (RP), calculada por regressão de Poisson, para avaliar a associação da INSAN moderada + grave com as variáveis independentes, tanto na análise bruta como na ajustada. Nesta, foram incluídas as variáveis que na análise bruta atingiram p < 0,2. A INSAN foi detectada em 919 famílias, sendo 23,3% e 14,2% nas formas moderada e grave, respectivamente. Houve maior proporção de INSAN nas famílias com indivíduos < 18 anos. As variáveis que permaneceram independentemente associadas à INSAN moderada+grave foram: cômodos no domicílio < 4, escolaridade do(a) chefe da família < 4 anos, água de beber diferente de mineral, beneficiário do Programa Bolsa Família, número de residentes no domicílio > 4, chefe da família ser do sexo feminino e escolaridade materna < 4 anos. Conclui-se que as famílias estudadas apresentam alta prevalência de INSAN, sobretudo aquelas com indivíduos < 18 anos.


The scope of this study was to identify the prevalence and factors associated with food insecurity (INSEC) in families of northern Alagoas. A cross-sectional study was conducted with a random sample of 1444 households classified in accordance with the Brazilian INSEC scale into the following categories: mild, moderate or severe. The prevalence ratio calculated by Poisson regression was used to investigate the association of moderate + severe INSEC with the independent variables in both crude and adjusted analysis. The variables that in the crude analysis reached p < 0.2 were included. INSEC was detected in 919 families, of which, 23.3% and 14.2% were in the moderate or severe form, respectively. There was a higher proportion of food insecurity in the families with subjects < 18 years. The variables that remained independently associated to moderate + severe food insecurity were: rooms in the household < 4, schooling of the household head < 4 years, drinking water other than mineral, beneficiary of the Bolsa Família Program, number of residents in the household > 4, head of household is female and schooling of the housewife < 4 years. The conclusion was that the families studied showed a high prevalence of INSEC, especially those with individuals < 18 years.


Assuntos
Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Abastecimento de Alimentos/estatística & dados numéricos , Brasil , Cidades , Estudos Transversais , Fatores Socioeconômicos
10.
Rev. paul. pediatr ; 31(4): 444-451, dez. 2013. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-698038

RESUMO

OBJECTIVE: To assess the dietary intake and the nutritional status of children from Alagoas maroon communities. METHODS: Cross-sectional study involving 724 children (12-60 months) from 39 Alagoas maroon communities. The nutritional status was investigated by anthropometric, biochemical (hemoglobin) and food consumption indicators. RESULTS: The prevalence of anemia, stunting and obesity were, respectively, 48.0, 9.7 and 6.0%. The children had a monotonous eating pattern and a considerable prevalence of inadequate intake of zinc (17.0%), folate (18.1%), iron (20.2%) and vitamins A (29.7%) and C (34.3%). Compared to the other socioeconomic classes, the E class children had lower average consumption (p<0.05) for energy, carbohydrate, vitamins A and C, folate, iron, zinc and phosphorus. CONCLUSIONS: Anemia is a serious Public Health problem. The prevalence of chronic malnutrition and obesity were similar to those observed for the children in the State as a whole, where a nutritional transition process is occuring. There was a high prevalence of inadequate food intake risk for zinc, folate, iron and vitamins A and C, suggesting the need for nutritional education actions. .


OBJETIVO: Evaluar el consumo alimentar y el estado nutricional de los niños de las comunidades quilombolas de Alagoas. MÉTODOS: Estudio transversal implicando a 724 niños (12 a 60 meses) de las 39 comunidades quilombolas de Alagoas. La condición nutricional fue investigada mediante indicadores antropométricos, bioquímico (hemoglobina) y de consumo alimentar. RESULTADOS: Las prevalencias de anemia, de déficit estatural y de obesidad fueron, respectivamente, 48,0, 9,7 y 6,0%. Los niños tenían un estándar alimentar monótono y una considerable prevalencia de inadecuación en la ingestión de zinc (17%), folato (18,1%), hierro (20,2%) y vitaminas A (29,7%) y C (34,3%). Respecto a las otras clases, los niños de clase E presentaron menores promedios de consumo (p<0,05) para energía, carbohidrato, vitaminas A y C, folato, hierro, zinc y fósforo. CONCLUSIONES: La anemia es un grave problema de Salud Pública, situación compatible con el cuadro de inadecuaciones alimentarias observado. Las prevalencias de desnutrición crónica y obesidad se asemejan a las observadas para los niños de la provincia como un todo, en el que se viene observando proceso de transición nutricional. Hubo alta prevalencia de riesgo de inadecuación alimentar para zinc, folato, hierro y vitaminas A y C, siendo necesarias acciones de educación nutricional. .


OBJETIVO: Avaliar o consumo alimentar e o estado nutricional das crianças das comunidades quilombolas de Alagoas. MÉTODOS: Estudo transversal envolvendo 724 crianças (12 a 60 meses) das 39 comunidades quilombolas de Alagoas. A condição nutricional foi investigada por meio de indicadores antropométricos, bioquímico (hemoglobina) e de consumo alimentar. RESULTADOS: As prevalências de anemia, de déficit estatural e de obesidade foram, respectivamente, 48,0, 9,7 e 6,0%. As crianças tinham um padrão alimentar monótono e uma considerável prevalência de inadequação na ingestão de zinco (17,0%), folato (18,1%), ferro (20,2%) e vitaminas A (29,7%) e C (34,3%). Quanto às demais classes, as crianças da classe E apresentaram menores médias de consumo (p<0,05) para energia, carboidrato, vitaminas A e C, folato, ferro, zinco e fósforo. CONCLUSÕES: A anemia é um grave problema de Saúde Pública. As prevalências de desnutrição crônica e de obesidade se assemelharam às observadas para as crianças do estado como um todo, no qual ocorre o processo de transição nutricional. Houve alta prevalência de risco de inadequação alimentar para zinco, folato, ferro e vitaminas A e C, sendo necessárias ações de educação nutricional. .


Assuntos
Pré-Escolar , Feminino , Humanos , Masculino , População Negra , Ingestão de Alimentos , Estado Nutricional , Brasil , Estudos Transversais
11.
Rev. nutr ; 26(5): 539-549, set.-out. 2013. graf, tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-696117

RESUMO

OBJECTIVE: This study investigated the body composition and prevalence of hypertension in maroon women from the State of Alagoas and compared these variables with those of non-maroon women from the same state. METHODS: The data were collected from two cross-sectional surveys done in 2005 and 2008. The first study included a representative sample of mothers of children aged 0 to 5 years from the State of Alagoas, and the second study included all women aged 18 to 60 years living in maroon communities (n=39) in the same state. Data were collected during home interviews. The prevalence ratio and respective 95% confidence interval given by the Poisson regression with robust adjustment of variance was used as the measure of association. RESULTS: The study assessed 1,631 maroon women and 1,098 non-maroon mothers. Maroon women had lower education level, more children, higher prevalence of hypertension and stunting, and higher age at menarche, body mass index, waist circumference, waist-to-height ratio, and waist-to-hip ratio. After adjustment for age, the following prevalences remained higher in maroon women: hypertension (PR=1.81; 95%CI: 1.49; 2.21), WC >80cm (PR=1.23 95%CI: 1.11; 1.37), WHtR >0.5 (PR=1.11; 95%CI: 1.02; 1.21), and WHR >0.85 (PR=1.64; 95%CI: 1.43; 1.88). CONCLUSION: Maroon women belong to lower socioeconomic classes than non-maroon women and are at greater risk of abdominal obesity and hypertension, characteristics that make them especially vulnerable to the morbidity and mortality caused by cardiovascular diseases, justifying the preferential implementation of measures of care...


OBJETIVO: Investigar, no âmbito do Estado de Alagoas, a composição corporal e a prevalência de hipertensão arterial em mulheres quilombolas, tendo como referencial mulheres não quilombolas. MÉTODOS: Os dados procedem de dois inquéritos transversais realizados em 2005 e 2008. O primeiro estudou amostra representativa de mães e crianças menores de cinco anos de Alagoas. Para o segundo, eram elegíveis todas as mulheres de 18 a 60 anos residentes nas comunidades (n=39) quilombolas do estado. As informações de interesse foram obtidas por meio de visitas domiciliares. Utilizaram-se como medida de associação a razão de prevalência e o respectivo intervalo de confiança de 95%, calculados por análise de regressão de Poisson com ajuste robusto da variância. RESULTADOS: Foram avaliadas 1 631 mulheres quilombolas e 1 098 não quilombolas. As mulheres quilombolas apresentaram menor escolaridade, maior número de filhos, maior prevalência de hipertensão arterial, menor estatura, maior idade da menarca, maior índice de massa corporal, bem como percentual de gordura corporal, circunferência da cintura, razão entre cintura e estatura e razão entre cintura e quadril. Após ajuste para idade, as prevalências das seguintes condições permaneceram mais elevadas entre quilombolas: hipertensão arterial (RP=1,81; IC95%: 1,49; 2,21), circunferência da cintura >80cm (razão de prevalência =1,23 IC95%: 1,11; 1,37), RCE >0,5 (RP=1,11; IC95%: 1,02; 1,21) e RCQ >0,85 (RP=1,64; IC95%: 1,43; 1,88). CONCLUSÃO: O nível socioeconômico das mulheres quilombolas é inferior ao das não quilombolas; além disso, as quilombolas estão submetidas a um maior risco de obesidade abdominal e de hipertensão arterial, características que as classificam como um grupo especialmente vulnerável à morbimortalidade por doenças cardiovasculares, justificando prioridade na implementação de medidas de atenção...


Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto Jovem , Pessoa de Meia-Idade , Composição Corporal , Hipertensão , Saúde de Grupos Específicos
12.
Rev. bras. saúde matern. infant ; 13(3): 223-235, jul.-set. 2013. tab
Artigo em Português | LILACS, BVSAM | ID: lil-688725

RESUMO

Identificar os fatores associados à hipovitaminose A em crianças da região semiárida de Alagoas. MÉTODOS: estudo transversal com amostra probabilística de 551 crianças menores de cinco anos. Os níveis séricos de retinol foram aferidos usando-se cromatografia líquida de alta eficiência. Na identificação da associação entre as variáveis independentes e hipovitaminose A (retinol <20 µg/dL) utilizou-se a razão de prevalência (RP) e respectivo IC95 por cento calculados por regressão de Poisson com ajuste robusto da variância, tanto na análise bruta quanto na ajustada. Nesta, foram incluídas todas as variáveis que naanálise bruta atingiram p<0,1. Associações foram consideradas estatisticamente significantes quando p<0,05. RESULTADOS: a prevalência de hipovitaminose A foi de 45,4 por cento e as variáveis que se mantiveram associadas após análise multivariável foram a baixa escolaridade materna (RP=1,66; IC95 por cento: 1,12-2,44), obaixo peso ao nascer (RP=1,41; IC95 por cento: 1,01-1,98) eter de 12,1 a 24 meses (RP=1,45; IC95 por cento: 1,04-2,02). CONCLUSÕES: evidencia-se a relevância epidemiológica da hipovitaminose A em crianças do semiárido alagoano. Crianças nascidas com baixo peso, com mães de baixa escolaridade e no segundo ano de vida devem receber atenção prioritária...


To identify the factors associated with hypovitaminosis A in children in the semi-arid region of the Brazilian State of Alagoas. METHODS: a cross-sectional study was carried outwith a probabilistic sample of 551 children aged under five years. Serum levels of retinol were measured using high-efficiency liquid chromatography. In order to identify any associations between the independent variables and hypovitaminosis A (retinol <20 µg/dL) the prevalence ration (PR) was used with a confidence interval of 95 percent calculated using the Poisson regression, with a robust adjustment for variance, both in the raw analysis and in theadjusted one. The latter included all the variables from the raw analysis for which p<0.1. Associations were considered statistically significant when p<0.05. RESULTS: the prevalence of hypovitaminosis A was 45.4 percent and the variables that remained associated in the multivariable analysis were low maternal schooling (PR=1.66; CI95 percent: 1.12-2.44), low birthweight (RP=1,41; IC95 percent: 1,01-1,98) and being agedbetween 12.1 and 24 months (PR=1.45; CI95 percent: 1.04-2.02). CONCLUSIONS: this reveals that hypovitaminosis A is epidemiologically significant in children in the semi-arid region of Alagoas. Low birth weight newborns in the second year of life, born to mothers with a low level of education, should therefore receive priority health care...


Assuntos
Humanos , Pré-Escolar , Criança , Deficiência de Vitamina A/epidemiologia , Deficiência de Vitamina A/etnologia , Política Pública , Vulnerabilidade Social , Deficiências Nutricionais/etnologia , Fatores Epidemiológicos
13.
Cad. saúde pública ; 29(4): 793-800, Abr. 2013. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-670528

RESUMO

The aim of this study was to describe time trends in stunting and obesity in children under five years of age in Alagoas State, Brazil. Two surveys were conducted with representative samples, the first in 1992 (n = 1,228) and the second in 2005 (n = 1,384). Stunting was defined as height-for-age < -2 standard deviations and obesity as weight-for-height > 2 standard deviations. Prevalence of stunting decreased from 22.5% to 11.4% (PR = 0.50; 95%CI: 0.42; 0.60), while obesity increased from 6.7% to 9.3% (PR = 1.36; 95%CI: 1.04; 1.77). During the same period there was a decrease (p ≤ 0.05) in the proportions of the following variables: rural residence, households without running water, households with more than four members, mothers with more than two children, low birth weight, and mother's lack of access to prenatal care. Adjustment for these variables significantly reduced the magnitude of associations, and the 95% confidence included 1.0, suggesting that changes in the prevalence of stunting and obesity were mediated by these characteristics. During the period, there was a striking reduction in the prevalence of stunting and an increase in the frequency of obesity.


Objetivou-se descrever a tendência temporal do déficit estatural e da obesidade em menores de 5 anos de Alagoas, Brasil. Dois inquéritos com amostras representativas foram realizados em 1992 (n = 1.228) e 2005 (n = 1.384), respectivamente. Déficit estatural foi definido pela altura/idade < -2 desvios-padrão e obesidade por peso/altura > 2 desvios-padrão. A prevalência de déficit estatural mudou de 22,5% para 11,4% (RP = 0,50; IC95%: 0,42; 0,60), enquanto a de obesidade passou de 6,7% para 9,3% (RP = 1,36; IC95%: 1,04; 1,77). No mesmo período houve redução (p ≤ 0,05) nas proporções das seguintes variáveis: moradores na zona rural, famílias sem acesso à água encanada, domicílios com mais de quatro pessoas, mães com mais de dois filhos, baixo peso ao nascer e mães sem acesso ao pré-natal. O ajuste para essas variáveis reduziu significantemente a magnitude das associações e os IC95% englobaram a unidade, sugerindo que as mudanças nas prevalências de desnutrição e obesidade foram mediadas por essas características. No período avaliado houve drástica redução na prevalência de déficit estatural e incremento na frequência de obesidade.


Se tuvo por objetivo describir la tendencia temporal del déficit de estatura y de la obesidad en menores de 5 años de Alagoas, Brasil. Dos encuestas con muestras representativas fueron realizados en 1992 (n = 1.228) y 2005 (n = 1.384). El déficit de estatura fue definido por la altura/edad < -2 desvíos-padrón y obesidad por peso/altura > 2 desvíos-padrón. La prevalencia de déficit de estatura cambió de un 22,5% a un 11,4% RP = 0,50; IC95%: 0,42; 0,60), mientras que la de obesidad pasó de un 6,7% a un 9,3% (RP = 1,36; IC95%: 1,04; 1,77). En el mismo período hubo una reducción (p ≤ 0,05) en las proporciones de las siguientes variables: habitantes en la zona rural, familias sin acceso al agua corriente, domicilios con más de cuatro personas, madres con más de dos hijos, bajo peso al nacer y madres sin acceso al servicio prenatal. El ajuste para esas variables redujo significantemente la magnitud de las asociaciones y los IC95% englobaron la unidad, sugiriendo que los cambios en las prevalencias de desnutrición y obesidad fueron mediados por esas características. En el período evaluado hubo una drástica reducción en la prevalencia de déficit de estatura e incremento en la frecuencia de obesidad.


Assuntos
Pré-Escolar , Feminino , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Masculino , Estatura , Desnutrição/epidemiologia , Obesidade/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Inquéritos Nutricionais , Prevalência , Fatores Socioeconômicos , Fatores de Tempo
14.
São Paulo med. j ; 130(2): 84-91, 2012. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-625334

RESUMO

CONTEXT AND OBJECTIVE: Compromised maternal mental health (MMH) is considered to be a risk factor for child malnutrition in low income areas. Psychosocial variables associated with MMH are potentially different between urban and rural environments. The aim here was to investigate whether associations existed between MMH and selected sociodemographic risk factors and whether specific to urban or rural settings. DESIGN AND SETTING: Cross-sectional study on a representative population sample of mothers from the semiarid region of Alagoas. METHODS: Multistage sampling was used. The subjects were mothers of children aged up to 60 months. MMH was evaluated through the Self-Reporting Questionnaire-20. Mothers' nutritional status was assessed using the body mass index and waist circumference. Univariate analysis used odds ratios (OR) and chi-square. Logistic regression was performed separately for urban and rural subsamples using MMH as the dependent variable. RESULTS: The sample comprised 288 mothers. The prevalences of common mental disorders (CMD) in rural and urban areas were 56.2% and 43.8%, respectively (OR = 1.03; 95% CI: 0.64-1.63). In univariate analysis and logistic regression, the variable of education remained associated with MMH (OR = 2.2; 95% CI: 1.03-4.6) in urban areas. In rural areas, the variable of lack of partner remained associated (OR = 2.6; 95% CI: 1.01-6.7). CONCLUSIONS: The prevalence of CMD is high among mothers of children aged up to two years in the semiarid region of Alagoas. This seems to be associated with lower educational level in urban settings and lack of partner in rural settings.


CONTEXTO E OBJETIVO: Comprometimento da saúde mental materna (SMM) é considerado fator de risco para desnutrição infantil em áreas de baixa renda. Variáveis psicossociais associadas ao SMM são potencialmente diferentes em ambientes urbanos ou rurais. O objetivo foi investigar se existiria associação entre SMM e fatores de risco sócio-demográficos selecionados e se ela seria específica conforme o ambiente urbano/rural. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal, realizado com amostra representativa da população de mães do semi-árido alagoano. MÉTODOS: Amostragem em estágios múltiplos. Sujeitos foram mães de crianças até 60 meses de idade. SMM foi avaliada por meio do SRQ-20 (Self-Reporting Questionnaire). Estado nutricional materno avaliado por meio de índice de massa corporal e circunferência da cintura. Análise univariada utilizou OR (odds ratio) e qui quadrado. Regressão logística realizada separadamente com subamostras urbana e rural utilizando MMH como variável dependente. RESULTADOS: A amostra foi de 288 mães. Prevalência de transtornos mentais comuns foi 56,2% na zona rural e 43,8% na urbana (OR = 1,03; intervalo de confiança, IC 95%: 0,64-1,63). Tanto na análise univariada como na regressão logística, na área urbana, escolaridade foi a variável que permaneceu associada ao SMM (OR = 2,2; IC 95%: 1,03-4,6). Na zona rural a variável que manteve associação foi falta de parceiro (OR = 2,6; IC 95%: 1,01-6,7). CONCLUSÕES: A prevalência de transtornos mentais comuns é elevada entre as mães de crianças até dois anos de idade, na região semi-árida de Alagoas, o que parece estar associado com menor nível educacional no ambiente urbano e com a falta de um parceiro no ambiente rural.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Pré-Escolar , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Transtornos Mentais/epidemiologia , Mães/psicologia , Estado Nutricional/fisiologia , Pobreza/estatística & dados numéricos , Índice de Massa Corporal , Brasil/epidemiologia , Clima Desértico , Escolaridade , Métodos Epidemiológicos , Características da Família , Fenômenos Fisiológicos da Nutrição Materna , Transtornos Mentais/etiologia , Mães/estatística & dados numéricos , Fatores de Risco , População Rural/estatística & dados numéricos , População Urbana/estatística & dados numéricos
15.
Rev. panam. salud pública ; 30(1): 51-58, jul. 2011. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-608288

RESUMO

OBJETIVO: Descrever as condições de nutrição e saúde das crianças de 6 a 59 meses de 39 comunidades remanescentes dos quilombos no Estado de Alagoas. MÉTODOS: Para este estudo transversal, coletaram-se dados antropométricos, demográficos, socioeconômicos e de saúde. O escore Z < -2 foi utilizado para definir o déficit para os índices peso para idade (PI), peso para estatura (PE) e estatura para idade (EI). O sobrepeso foi definido por um escore Z > 2 para o índice PE. Utilizou-se o padrão antropométrico de 2006 da Organização Mundial da Saúde. A anemia foi diagnosticada por um nível de hemoglobina (HemoCue) menor que 11 g/dL. RESULTADOS: Foram avaliadas 973 crianças (50,4 por cento meninos). A maioria das famílias (60,8 por cento) pertencia à classe E (a mais pobre) e era assistida pelo Programa Bolsa Família (76,0 por cento). Os chefes de família apresentavam escolaridade < 4 anos de estudo (75,9 por cento) e 57,1 por cento dos domicílios tinham mais do que 5 moradores. As prevalências de déficits de PI, PE, EI (déficit estatural) e sobrepeso foram, respectivamente, 3,4, 2,0, 11,5 e 7,1 por cento. A anemia foi identificada em 52,7 por cento das crianças, não diferindo entre aquelas portadoras de déficit estatural ou sobrepeso (P = 0,43). CONCLUSÕES: O déficit estatural, indicativo de desnutrição crônica, foi o desvio antropométrico mais prevalente, seguido pelo sobrepeso, apesar do perfil de pobreza predominante. A anemia foi um grave problema, acometendo de forma intensa tanto crianças com déficit estatural como aquelas com sobrepeso. O conjunto desses achados indica que o direito humano à alimentação adequada não vem sendo garantido às crianças quilombolas alagoanas, devendo o poder público adotar as medidas necessárias para reverter tal situação.


OBJECTIVE: To describe the nutrition and health status of children aged 6 to 59 months from 39 former slave communities in the state of Alagoas. METHODS Data on anthropometric, demographic, socioeconomic, and health variables were collected for this cross-sectional study. Deficits in weight-for-age (WFA), weight-for-height (WFH), and height-for-age (HFA) were defined as a Z score < -2. Overweight was defined as a Z score > 2 for WFH. The 2006 World Health Organization growth standards were used as reference. Anemia was diagnosed based on hemoglobin levels (HemoCue) < 11 g/dL. RESULTS We assessed 973 children (50.4 percent boys). Most families (60.8 percent) belonged to social class E (lowest), and most (76.0 percent) were assisted by the federal welfare program Bolsa Família. Heads of family had < 4 years of schooling (75.9 percent), and more than 5 people lived in the house in 57.1 percent of the households. The prevalence of WFA, WFH, and HFA (stunting) deficits and overweight was, respectively, 3.4, 2.0, 11.5, and 7.1 percent. Anemia was diagnosed in 52.7 percent of the children, without differences between the stunting and overweight groups (P = 0.43). CONCLUSIONS Stunting, an indicator of chronic malnutrition, was the most prevalent anthropometric deviation, followed by overweight, despite the disadvantaged socioeconomic profile. Anemia was a severe problem, affecting children with both stunting and overweight. Taken together, these findings suggest that the human right to adequate food is not guaranteed for the children from former slave communities from Alagoas. Therefore, the government should take the necessary measures to revert this situation.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Proteção da Criança , Nível de Saúde , Estado Nutricional , Áreas de Pobreza , Anemia/epidemiologia , Antropometria , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Características da Família , Transtornos do Crescimento/epidemiologia , Desnutrição/epidemiologia , Sobrepeso/epidemiologia , Problemas Sociais , Fatores Socioeconômicos
16.
Rev. nutr ; 23(3): 433-444, maio-jun. 2010. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: lil-561437

RESUMO

Este trabalho teve por objetivo estimar a prevalência de anemia em crianças brasileiras segundo diferentes cenários epidemiológicos. Para isso, realizou-se uma revisão sistemática com metanálise dos resultados de estudos observacionais publicados nos últimos dez anos. A pesquisa de artigos foi efetuada nas bases do SciELO e PubMed, usando-se a palavra-chave "anemia" combinada com criança e Brasil. Após aplicação dos critérios de exclusão (artigos de revisão; anemia de etiologia não nutricional; diagnóstico não baseado no nível de hemoglobina (Hb<11g/dL); amostra envolvendo crianças >7 anos; ausência de dados de prevalência; e não identificação do local de estudo, da amostra, da faixa etária e/ou do método diagnóstico), foram selecionados 35 artigos, posteriormente categorizados segundo a origem de suas amostras: creches/escolas n=8, serviços de saúde n=12, populações em iniquidades n=6 e estudos de base populacional n=9. Por meio de metanálise, calcularam-se a prevalência média de anemia ponderada pelos respectivos tamanhos amostrais e a razão de chances para um intervalo de confiança de 95 por cento, assumindo-se a prevalência de estudos de base populacional como referência n=1 (CRC=1), e obtiveram-se os seguintes resultados, respectivamente: creches/escolas: 52,0 por cento, 1,61 (1,5-1,8); serviços de saúde: 60,2 por cento, 2,26 (2,1-2,4); populações em iniquidades: 66,5 por cento, 2,96 (2,6-3,4) e estudos de base populacional: 40,1 por cento, com p<0,0001 para todas as comparações (χ2). A anemia continua representando um grave problema de saúde pública nos distintos cenários analisados, justificando receber atenção prioritária por parte dos gestores das políticas públicas das diferentes esferas de governo no País.


This study aimed to estimate the prevalence of anemia in Brazilian children, according to different epidemiological scenarios. For this purpose, we carried out a systematic review with meta-analysis of the results of observational studies published in the last ten years. Articles were searched in the SciELO and PubMed databases using the keyword "anemia" combined with children and Brazil. After establishing the exclusion criteria (review article, anemia not of a nutritional etiology, diagnosis not based upon the level of hemoglobin (Hb<11g/dL), sample including children older than seven years, no prevalence data and no identification of study location, sample, age group and diagnostic method), 35 articles were selected, which were categorized according to the origin of their samples: daycare centers/schools n=8, health services n=12, populations subject to socioeconomic inequality n=6 and population-based studies n=9. A meta-analysis was used to estimate the prevalence of anemia weighted by the respective sample size, and odds ratio for a confidence interval of 95 percent, assuming the prevalence of population-based studies as reference (odds ratio = 1). The following results were obtained, respectively: centers/schools: 52.0 percent, 1.61 (1.5 to 1.8); health services: 60.2 percent, 2.26 (2.1 to 2.4); populations subject to injustice: 66.5 percent, 2.96 (2.6 to 3.4) and population-based studies: 40.1 percent, with p<0.0001 for all comparisons (χ2). Anemia is still a serious public health problem in the different scenarios analyzed, justifying the fact that it is still considered a priority by managers of public health policies of different government levels in the country.

17.
Rev. saúde pública ; 44(2): 377-380, abr. 2010.
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: lil-540988

RESUMO

O objetivo do artigo foi estimar a prevalência de extremos antropométricos indicativos do estado nutricional de crianças. Realizou-se estudo transversal com amostra probabilística de 1.386 crianças menores de cinco anos do estado de Alagoas. As prevalências de déficits (z < -2; padrão da Organização Mundial de Saúde-2006) para os índices peso-para-idade (baixo peso), peso-para-altura (magreza) e altura-para-idade (déficit estatural) foram, respectivamente, 2,9 por cento (n=40), 1,2 por cento (n=17) e 10,3 por cento (n=144). O excesso de peso-para-altura (sobrepeso) acometeu 135 crianças (9,7 por cento). Conclui-se que as prevalências de baixo peso e magreza são epidemiologicamente irrelevantes e que o déficit estatural e o sobrepeso prevalecem com idêntica magnitude.


Assuntos
Masculino , Feminino , Criança , Humanos , Crescimento , Desenvolvimento Infantil , Estado Nutricional , Pesos e Medidas Corporais , Criança , Estudos Transversais
18.
Rev. bras. saúde matern. infant ; 10(1): 107-116, Jan.-Mar. 2010. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-550750

RESUMO

OBJETIVO: estimar a prevalência e os fatores de risco associados à anemia na população de pré-escolares do Estado de Alagoas, Brasil. MÉTODOS: estudo transversal com amostra probabilística de 666 crianças de 6 a 60 meses de idade. Por meio de inquérito domiciliar, realizado de novembro de 2005 a fevereiro de 2006, coletaram-se dados antropométricos, ambientais, demográficos, socioeconômicos, de saúde, de utilização de serviços públicos e a presença de morbidades. A concentração de hemoglobina (Hb) foi mensurada em fotômetro HemoCue®, considerando-se como anemia o nível <11 g/dL. Para identificar correlações usou-se o teste de Pearson. O teste X2 foi usado para analisar associações entre variáveis categóricas. A associação da anemia com as variáveis preditoras foi verificada por meio de análise de regressão logística múltipla. Adotou-se p<0,05 como nível crítico para definir significância estatística. RESULTADOS: a prevalência de anemia foi de 45,0 por cento. O nível de Hb se correlacionou de forma positiva e significativa à idade (r=0,44; p<0,01). A prevalência máxima ocorreu na faixa etária de 6 a 12 meses (75,2 por cento). A análise multivariada identificou as seguintes variáveis associadas à anemia: idade da criança <36 meses (p<0,001) e domicílio com cinco ou mais pessoas (p=0,031). CONCLUSÕES: a prevalência de anemia apresentou magnitude que a caracteriza como grave problema de saúde pública em Alagoas. As famílias mais numerosas e com crianças menores de três anos são aquelas que devem receber maior nível de atenção.


OBJECTIVE: to estimate the prevalence and establish risk factors associated with anemia in children in the Brazilian State of Alagoas. METHODS: a cross-sectional study with a probabilistic sample of 666 children aged between 6 and 60 months. Anthropometric, environmental, demographic, socio-economic data were collected during home visits, along with information on health, the use of public services and the existence of diseases. The concentration of hemoglobin (Hb) was measured using a HemoCue® photometer, and a level of <11 g/dL was taken to indicate anemia. Pearson's test was used identify correlations and the X2 test to analyze associations between the category variables. The association of anemia with the predictor variables was confirmed by multiple logistic regression, with statistical significance set at p<0.05. RESULTS: the prevalence of anemia was 45.0 percent. Hb levels were positively and significantly associated with age (r=0.44; p<0.01). The highest prevalence was found in the 6-12 month age-group (75.2 percent). Multivariate analysis identified the following variables associated with anemia: age <36 months (p<0.001) and a household with five or more occupants (p=0.031). CONCLUSIONS: the degree of prevalence of anemia found indicates that this is a serious public health problem in the State of Alagoas. Larger families and those with children aged under three years should receive greater attention.


Assuntos
Humanos , Criança , Anemia/epidemiologia , Estudos Transversais , Fatores de Risco
19.
Rev. bras. epidemiol ; 13(1): 69-82, Mar. 2010. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-543629

RESUMO

Introdução: O monitoramento do crescimento infantil constitui-se em importante ferramenta para a construção de indicadores úteis ao planejamento de políticas e ações de atenção à saúde da criança. Para isso é necessário que os dados antropométricos obtidos apresentem satisfatória confiabilidade. Objetivo: Investigar a confiabilidade dos dados antropométricos produzidos nos Estabelecimentos de Assistência à Saúde (EAS) do SUS em Alagoas. Métodos: Para composição da amostra, sortearam-se 20 dentre os 102 municípios do Estado. Em seguida, dois EAS por município e, nestes, cerca de dez crianças menores de cinco anos. A amostra foi constituída de 40 EAS e 347 crianças. As medidas antropométricas (peso e estatura) foram aferidas (1) na rotina do serviço (S); (2) pelo pesquisador utilizando equipamento padrão (P) e; (3) pesquisador usando equipamentos do serviço (PS). Resultados: A aplicação do teste Kappa indicou concordância "substancial" (K = 0,69) nas classificações de peso-para-idade (PI) entre S e P e "quase perfeita" (K = 0,83) entre PS e P. Quanto à altura-para-idade (AI), a concordância entre S e P foi "discreta" (K = 0,27), passando a "moderada" (K = 0,56) entre PS e P. O Erro Técnico da Medição segundo faixas etárias ( 24 meses) indicou problemas na técnica e nos equipamentos. As medidas de peso corporal obtidas em S foram sistematicamente superestimadas (p < 0,05; teste dos sinais), o que determinou baixa sensibilidade e uma elevada taxa de falsos negativos (38,5 por cento para PI e 57,1 por cento para AI). Conclusão: A baixa confiabilidade observada para a variável altura, desaconselha sua utilização na construção de indicadores de saúde até que os EAS sejam dotados de estadiômetros adequados e pessoal qualificado a utilizá-los. Quanto à variável peso, embora possa ser utilizada, é necessário melhorar sua qualidade por meio da capacitação dos antropometristas e da aquisição e/ou manutenção dos equipamentos.


Introduction: Monitoring child growth is a very important tool not only to build useful indicators for the evaluation and planning of public policies, but also for appropriate care to child health. In order to accomplish that anthropometric data from services need to present satisfactory reliability. Objective: To investigate the reliability of weight and height variables obtained from children at public healthcare services (PHS) of Alagoas. Methods: To build the sample, 20 municipalities were drawn among the 102 of the state. Then, two PHS were drawn per municipality, and in these, about ten children under five years. The final sample consisted of 40 PHS and 347 children. Anthropometric measures (weight and height) were taken (1) during routine service (S); (2) by the researcher using standard equipment (R), and (3) by the researcher using service equipment (RS). Results: The Kappa test indicated a "substantial" level of agreement (K=0.69) in the classifications of weight-for-age (WA) between S and R and "almost perfect" (K = 0.83) in those between RS and R. Regarding height-for-age (HA), the level of agreement between S and R was "fair" (K = 0.27), to "moderate" (K = 0.56) between RS and R. A Technical Measurement Error according to age groups ( 24 months) indicated problems in the technique and equipment. Measurements of body weight obtained in PHS routine were systematically overestimated (p<0.05; sign test), leading to low sensitivity, high specificity and a high rate of false negatives (38.5 percent for WA and 57.1 percent for HA). Conclusion: The low reliability observed for the height variable cautions against its utilization to build health indicators, until the scenario can be improved. The weight variable may be used, but its quality must be improved by training anthropometrists, and through the acquisition and maintenance of equipment.


Assuntos
Pré-Escolar , Humanos , Lactente , Estatura , Peso Corporal , Brasil , Instalações de Saúde , Atenção Primária à Saúde , Reprodutibilidade dos Testes
20.
Rev. Assoc. Med. Bras. (1992, Impr.) ; 56(1): 74-80, 2010. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-541166

RESUMO

OBJETIVO: Investigar os efeitos do aleitamento materno sobre a ocorrência de desvios antropométricos em pré-escolares da região semiárida de Alagoas e os possíveis fatores associados. MÉTODOS: Em amostra probabilística de 716 crianças de um a cinco anos, coletaram-se dados antropométricos, socioeconômicos, demográficos e de saúde. As variáveis dependentes foram o déficit estatural (estatura para idade <-2 dp) e o sobrepeso (peso para altura > 2 dp) em relação ao padrão da OMS-2006. As crianças foram categorizadas em "mamaram" (amamentação >30 dias) e "não mamaram" (amamentação < 30 dias). Os dados foram submetidos à análise bivariada (c2) e multivariada (análise de regressão logística). RESULTADOS: As prevalências de déficit estatural e sobrepeso foram, respectivamente, 11,5 por cento e 6,3 por cento. Embora 87,3 por cento pertencessem às classes de menor nível econômico (D e E), 44,3 por cento das mães tinham IMC >25 kg/m². Dentre as 716 crianças estudadas, 489 (68,3 por cento) mamaram, 65 (9 por cento) não mamaram e 162 (22,7 por cento) ainda estavam mamando. Entre as que mamaram, 213 (43,5 por cento) foram amamentadas por mais de um ano. Na análise bivariada, a prevalência de sobrepeso foi maior entre crianças que não mamaram (12,7 por cento vs 6 por cento; IC95 por cento = 1 a 5,5). Os fatores independentemente associados ao déficit estatural foram o menor peso ao nascer, residir em área rural e mãe não residir com companheiro. O sobrepeso associou-se à não amamentação, tabagismo materno durante a gestação e peso ao nascer > 4 kg. CONCLUSÃO: O aleitamento materno por um período mínimo de 30 dias exerce um efeito protetor contra o sobrepeso em crianças de um a cinco anos da região semiárida de Alagoas.


OBJECTIVE: To assess the impact of breastfeeding on the occurrence of anthropometric deviations among preschool children of the semiarid region of Alagoas (Brazil) and possible associated factors. METHODS: In probability sample of 716 children 1-3 years of age, anthropometric, socioeconomic, demographic and health data were collected. The dependent variables were stunting (height-for-age < -2 SD) and overweight (weight-for-height > 2 SD) relative to WHO-2006 standard. Children were categorized into "breastfed" (breastfeeding > 30 days) and "not breastfed" (breastfeeding <30 days). Data were submitted to bivariate (x²) and multivariate (logistic regression) analyses. RESULTS: Prevalence of overweight and stunting were 11.5 percent and 6.3 percent respectively. Although 87.3 percent belonged to the lower economic classes (D and E), 44.3 percent of mothers had a BMI > 25 kg/m². Among the 716 children, 489 (68.3 percent) were breastfed, 65 (9.0 percent) were not breastfed and 162 (22.7 percent) were still breastfeeding. Among those of the breastfed group, 213 (43.5 percent) received breast milk for more than 12 months. In bivariate analysis the prevalence of overweight was higher among the not breastfed group (12.7 percent vs. 6.0 percent; 95 percent CI = 1.0 to 5.5). Factors independently associated with stunting were lower birth weight, living in rural areas and mother not living with a companion. Overweight was associated with no breastfeeding, maternal smoking during pregnancy and birth weight > 4.0 kg. CONCLUSION: Breastfeeding for a minimum period of thirty days had a protective effect against overweight in preschool children of the semiarid region of Alagoas.


Assuntos
Pré-Escolar , Feminino , Humanos , Lactente , Masculino , Aleitamento Materno/estatística & dados numéricos , Transtornos do Crescimento/epidemiologia , Sobrepeso/epidemiologia , Índice de Massa Corporal , Brasil/epidemiologia , Transtornos do Crescimento/diagnóstico , Sobrepeso/prevenção & controle , Prevalência , Fatores Socioeconômicos , Fatores de Tempo
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA