RESUMO
O presente texto constitui o resultado de uma pesquisa teórico-reflexiva sobre as tendências da Educação Especial na década de 1960. O locus da pesquisa foi o acervo de periódicos da Biblioteca Central da Universidade Federal de Juiz de Fora, tendo sido investigadas 4039 revistas e elaboradas 969 sínteses das matérias referentes ao objeto de estudo proposto. A década em estudo caracterizou-se pelas tentativas de ruptura em relação às práticas excludentes da modernidade. Diagnosticar, classificar e segregar os desviantes constituíram tendências marcantes neste período, onde ficou evidente o predomínio do discurso médico na Educação Especial. Por outro lado emergiam movimentos como a antipsiquiatria, o da integração de alunos com deficiência na rede de ensino regular e a consideração dos aspectos sociais como elementos importantes para a análise da condição de excepcionalidade. Tais movimentos representam, sem dúvida, o início do deslocamento do chamado paradigma da exclusão para o da inclusão, cada vez mais difundido e assumido na atualidade.