RESUMO
Mortes causadas por asma são incomuns, mas, mesmo assim, respondem por cerca de 287.000 óbitos anuais mundialmente. Embora as taxas de mortalidade por asma venham diminuindo em diversos países, há grande disparidade na mortalidade por asma no mundo. A maior parte das mortes está relacionada ao manejo clinico subótimo. Fatores frequentemente envolvidos com asma quase fatal e fatal incluem história prévia de crises quase fatais, intubação/ventilação mecânica prévia, hospitalização ou admissão em UTI, falta de adesão ao tratamento, percepção falha de dispneia, distúrbios psicológicos e nível socioeconômico baixo. Na autópsia, os pulmões de pacientes que morreram de asma estão geralmente hiperinflados e os brônquios maiores e menores ocluídos por muco. Os achados histológicos incluem descolamento epitelial, espessamento da lâmina reticularis da membrana basal, glândulas submucosas e músculo liso aumentados e composição alterada da matriz extracelular nas vias aéreas grandes e pequenas. A inflamação brônquica é generalizada, sendo proeminente na camada adventícia das pequenas vias. Os mecanismos que levam à morte na asma não estão claros. O espasmo potente da musculatura lisa e a produção excessivade muco parecem ser os eventos chave que culminam em morte. Uma exacerbação aguda pode ser mortal em pacientes com asma mal controlada e subtratada e que tenham alterações estruturais nas vias aéreas pré-existentes