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Sci. med ; 24(3): 224-228, jul-set. 2014. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: lil-743663

RESUMO

Objetivos: Avaliar o perfil imunológico de risco em idosas com câncer de mama e testar se este pode ser um fator preditivo confiável para determinar tipos de tratamento e seguimento oncológico.Métodos: Foram pesquisadas a relação das células T CD4+/CD8+ e a sorologia para citomegalovírus no sangue periférico de mulheres com 60 anos ou mais de idade no momento do diagnóstico da neoplasia mamá¡ria, que realizaram tratamento cirúrgico no Centro de Mama da Pontifí­cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul pelo Sistema Único de Saúde. Foram excluí­das da pesquisa pacientes com sorologia positiva para HIV, com imunossupressão após transplante de órgãos e as que realizaram quimioterapia neoadjuvante. Os dados foram comparados em grupos conforme o comprometimento axilar, o tamanho tumoral, o perfil imunohistoquí­mico do tumor e a ocorrência de eventos adversos (recidiva axilar, recidiva local do tumor e/ou metástases). Nos casos de eventos adversos, foi realizada uma nova contagem de CD4+ e CD8+.Resultados: Foram incluídas 37 pacientes, entre as quais 10 tiveram metástases axilares. As pacientes com axila positiva para metástases apresentaram uma relação CD4+/CD8+ maior que nos casos de axila negativa para metástases (p=0,04). Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa em relação ao tamanho e perfil imunohistoquí­mico do tumor. No seguimento médio de 14,3 meses, ocorreram dois eventos adversos (uma recidiva axilar e um caso de metástases ósseas), quando se observou um aumento na relação das células T pesquisadas.Conclusões: A relação das células T CD4+/CD8+ parece aumentar nos casos de câncer de mama de pior prognóstico. Tanto quanto foi possível pesquisar na literatura, estes são os primeiros dados sobre células T CD4+ e CD8+ no sangue periférico de mulheres idosas com câncer de mama. Um seguimento maior poderá determinar o valor destas células como fator prognóstico e/ou preditivo.


Aims: To evaluate the immune risk profile of elderly women with breast cancer and to assess whether this can be a reliable predictor to determine types of treatment and oncologic follow-up.Methods: We assessed the CD4+/CD8+ ratio in peripheral blood cell, as well as serology for cytomegalovirus, of 37 women who were aged 60 years or more at the time they were diagnosed with breast cancer/. They all had surgical treatment at the Breast Center from Pontificia Universidade Catolica do Rio Grande do Sul. Those with positive serology for HIV, or immuno suppressed due to organ transplant, as well as those who had neoadjuvant chemotherapy. Data was analyzed according to axillary involvement, tumor size, tumor immunohistochemical profile and occurrence of adverse events (axillary relapse, local relapse and/or metastases).Results: The mean value of CD4+/CD8+ ratio was 1.72 (min. 1.1, max. 2.32) and cytomegalovirus serology was positive in all subjects. Comparing the groups, patients with positive axillary metastases (n=10) had a CD4+/CD8+ ratio greater than in those with negative axillary metastases (p=0.04). No statistically significant difference was detected regarding the size and immunohistochemical profile of the tumor. Two adverse events occurred at a mean follow-up of 14 months (one axillary relapse and one bone metastasis), when an increase in the CD4+/CD8+ ratio was observed.Conclusions: The CD4+/CD8+ ratio appear to increase in cases of breast cancer with worst prognosis. As far as was possible to search, these are the first data on CD4+ and CD8+ peripheral blood of elderly women with breast cancer. A longer follow-up will determine the value of these cells as a prognostic and/or predictive marker.

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