RESUMO
Este estudo objetiva avaliar o perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes com metástase cerebral submetidos à radiocirurgia estereotáxica (RCE) no serviço de radioterapia de um hospital da região sul de Santa Catarina. Foram estudados dados de prontuários digitais de todos os pacientes submetidos à RCE como tratamento de metástase cerebral, de agosto de 2015 a agosto de 2016. Foram excluídos aqueles que realizaram RCE por outro motivo ou fora do período estudado. Dos 27 pacientes incluídos, 14 eram do sexo feminino e, 13, do masculino. O tumor primário mais encontrado foi o de pulmão (12 casos, 44,4%). A maioria dos pacientes apresentou uma lesão cerebral (16 casos, 59,3%), e a média de tamanho da lesão foi de 1,5 ± 0,86 cm. Em muitos pacientes a radiociurgia foi o único tratamento realizado para a metástase cerebral. Dos pacientes que haviam feito seguimento no hospital estudado (n = 14), nove apresentaram progressão da doença (64,3%), três obtiveram resposta parcial (21,4%) e dois permaneceram com doença estável (14,3%). A principal causa de progressão foi o aparecimento de novas lesões cerebrais (6 casos, 66,7%). A média de tamanho das lesões pósradiocirurgia foi de 1,28 ± 0,57 cm. A diferença do tamanho médio das lesões pré e pós-radiciurgia foi de 0,22 cm (p = 0,593). Grande parte dos resultados encontrados é condizente com os dados já encontrados na literatura. Sugere-se que novos estudos sejam realizados no serviço, principalmente para avaliar a resposta à RCE.
This study aims to evaluate the sociodemographic and clinical profile of patients with cerebral metastases submitted to stereotatic radiosurgery (SRS) in the radiotherapy service of a hospital in the southern region of Santa Catarina. Data from digital files of all patients submitted to the SRS as treatment of cerebral metastases from August 2015 to August 2016 were studied. Those who performed SRS for another reason and out of the study period were excluded. From the 27 patients included, 14 were female and 13 were male. The most common primary tumor was lung cancer (12 cases, 44.4%). Most of the patients had one brain lesion (16 cases, 59.3%), and the average lesion size was 1.5 ± 0.86 cm. In many patients, radiosurgery was the only treatment performed for brain metastases. From the patients who had been followed at the hospital studied (n = 14), nine had progression of the disease (64.3%), three had partial response (21.4%) and two remained with stable disease (14.3%). The main cause of progression was the appearance of new brain lesions (6 cases, 66.7%). The average size of lesions after radiosurgery was 1.28 ± 0.57 cm. The difference in average pre-and post-radiosurgery lesion size was 0.22 cm (p = 0.593). Most of the results found are consistent with data already available in the literature. It is suggested that the study be amplified, mainly to evaluate the response to the SRS.