Embolia arterial por projetil de arma de fogo / Arterial embolism by bullet of firearm

Um caso de embolia arterial por projetil de arma de fogo, com orifício de entrada na regiäo dorsal paravertebral direita - aorta torácica - provocando oclusäo a nível de artéria femoral comum esquerda é descrito. Os autores o comparam a outros casos da literatura, fazendo especial referência à conduta cirúrgica. Chama-se atençäo para a importância de um exame cuidadoso no momento do primeiro socorro ao paciente, pois o diagnóstico de oclusäo arterial aguda pode passar despercebido (principalmente em casos graves como este) sendo o especialista chamado tarde demais para salvar o membro isquêmico

Diagnóstico de impotência vasculogênica pela ultrassonografia doppler peniana / Diagnosis of vasculogenic impotence by doppler ultrasound penis

Säo relatados os resultados das medidas do fluxo arterial peniano pelo estetoscópio ultrassonográfico Doppler para rastreamento de fator vascular em 40 pacientes impotentes. O Indice de Pressäo Pênis-Braço (IPPB) e a Diferença de Pressäo Braço-Pênis (DPBP) foram medidas em repouso e após exercício. Em 28 pacientes (70%) os resultados foram normais. Em 4 (10%) pacientes um diagnóstico de impotência vasculogênica foi realizado em repouso, em 4 (10%) após exercício e em 4 (10%) foi apenas sugestivo, näo havendo alteraçäo das medidas de pressäo peniana após exercício. Arteriografia seletiva do sistema hipogástrico-cavernoso foi realizada em 7 pacientes, sendo comprovados os achados ultrassonográficos anormais em 5 e normais em 2 pacientes. A incidência de anormalidades pelo ultrassom Doppler em 8 (20%) dos 40 pacientes parece indicar que o método é de valor para o diagnóstico da impotência vasculogênica e para indicar a exploraçäo radiológica

Aneurismas anastomóticos da aorta abdominal / Anastomotic aneurysms of abdominal aorta

O aneurisma anastomótico de aorta é pouco freqüente, sendo o seu diagnóstico difícil, em muitos casos, pela total falta de manifestaçöes clínicas. As complicaçöes hemorrágicas desses aneurismas säo muito graves, sendo imperioso portanto denunciá-los, enquanto assintomático. No Hospital da Lagoa, de 1970 a 1984, 22 aneurismas anastomóticos em 20 pacientes foram operados, sendo 18 na anastomose femoral, 3 na aórtica e 1 na poplítea. Um dos aneurismas aórticos decorreu de infecçäo, e outros tiveram como causa mais evidente o esgarçamento da sutura de um enxerto woven num deles e a má qualidade da parede arterial no outro. O aparecimento foi tardio nos três aneurismas, mesmo para aquele decorrente de infecçäo, que constituiu-se somente 5 anos após a cirurgia. Para os outros dois, o tempo foi respectivamente de 11 e 12 anos. Nos 2 aneurismas näo infectados, ocorreram aneurismas anastomóticos nas duas regiöes femorais. O tratamento para os näo infectados constituiu-se na interposiçäo de um novo enxerto entre a aorta e o antigo enxerto, elegendo-se um local mais próximo e mais sadio para a anastomose. No aneurisma infectado, após remoçäo do enxerto, e ligadura da aorta, a viabilidade dos membros inferiores foi mantida por enxerto axilo-poplíteo bilateral e 6 meses após, como soluçäo definitiva, foi realizado um "bypass" de aorta abdominal supra-celíaca para a femoral profunda esquerda e um enxerto cruzado para a femoral profunda direita. Nos 3 casos de aneurisma anastomótico de aorta a cirurgia inicial foi realizada em outro hospital