Tratamento do tumor do córtex adrenal na infância / Treatment of childhood adrenocortical tumor

O tumor do córtex adrenal (TCA) na infância é raro. Entretanto, no Paraná sua incidência é 15 vezes maior do que a observada em outros países. A mutação germinativa R337H TP53, presente em mais de 95 por cento dos nossos pacientes, provavelmente está relacionada à maior incidência. Cento e vinte e cinco pacientes foram tratados no período de 1966 a 2003. A cirurgia é o único tratamento curativo. Em nossa experiência, tumores no estádio I, ausência de spillage durante a cirurgia e ausência de trombo são parâmetros relacionados à maior sobrevida. Dados preliminares mostram que a associação de etoposídeo, doxorrubicina, cisplatina e mitotano produziu remissão completa do tumor e/ou das metástases em alguns pacientes. Os efeitos colaterais destas drogas são comuns e pode ocorrer insuficiência adrenocortical. As doses de reposição de glicocorticóides e mineralocorticóides devem ser 2 a 3 vezes maiores que as doses fisiológicas.

Tumores do córtex adrenal na infância / Childhood adrenocortical tumors

O tumor do córtex adrenal (TCA) na infância é raro. Entretanto, no Paraná sua incidência é 15 vezes maior do que a observada em outros países. Descrevemos as características clínicas, laboratoriais, tratamento e evolução de 125 pacientes atendidos em uma única instituição no Paraná. A média de idade ao diagnóstico foi de 4,3 anos, com uma relação feminino:masculino de 2,6:1. As formas clínicas mais comuns foram virilização isolada (51,2 por cento) e virilização e síndrome de Cushing (42 por cento). Em 4,8 por cento dos casos, os tumores foram não-funcionantes. Dois pacientes (1,6 por cento) apresentaram síndrome de Cushing isolado e 1 (0,8 por cento) síndrome de Conn. Hipertensão arterial ocorreu em 56 por cento dos pacientes. O único tratamento curativo é a cirurgia. Os dados da nossa casuística mostram que estádio clínico 1 do TCA, ausência de trombo intra-venoso e ausência de spillage durante a cirurgia estão associados a uma maior sobrevida.

Toxic cyanobacteria strains isolated from blooms in the Guadiana River (southwestern Spain)

This paper describes the occurrence of toxic cyanobacteria along the Guadiana River over its course between Mérida and Badajoz (Extremadura, Spain). Water sampling for phytoplankton quantification and toxin analysis was carried out regularly between 1999 and 2001 in six different locations, including two shallow, slow-flowing river sites, two streamed river sites and two drinking water reservoirs. The cyanobacterial community differed significantly between these locations, especially during the summer. The predominant genera were Microcystis, Oscillatoria, Aphanizomenon and Anabaena. Using an ELISA assay the total microcystin contents of natural water samples from the most eutrophic locations ranged from 0.10 _ 21.86 mg mcyst-LR equivalentúL-1 in Valdelacalzada and 0.10-11.3 µg mcyst-LR equivalentúL-1 in Vitonogales, and a seasonal variation of toxin content was observed. The amount of microcystins produced by each strain was determined by ELISA assay and the detection and identification of microcystin variants of three toxic strains of Microcystis aeruginosa was performed by high performance liquid chromatography (HPLC). The analysis of microcystins of the cultured strains revealed that toxin production was variable among different strains of M. aeruginosa isolated either from different blooms or from the same bloom.