Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 3 de 3
Filtrar
Adicionar filtros








Intervalo de ano
1.
Interface (Botucatu, Online) ; 27: e220587, 2023. ilus
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1521061

RESUMO

A Lei Menino Bernardo (LMB) proíbe o uso dos castigos físicos e, desde sua promulgação, tem gerado resistência das alas conservadoras, especialmente religiosas, considerando-a uma intervenção do Estado nos "assuntos de família". Analisamos os discursos pró-castigos físicos disseminados na Internet, identificando seus argumentos e contextos discursivos. Examinamos 43 vídeos, que foram transcritos, e sua codificação interpares foi feita por meio do Atlas.ti, seguida de análise crítica do discurso. Reconhecendo a diversidade do "mundo evangélico" e de suas posturas políticas, identificamos discursos de lideranças conservadoras que enunciam oposição entre a "Família de Deus" e o "Estado do Demônio". O castigo físico é traduzido pelo conceito bíblico de "vara", a ser aplicado pelos pais, que são a autoridade instituída por Deus. A LMB é associada ao caos e à perda de valores cristãos; e é considerada um ato do Estado para enfraquecer a família.(AU)


La Ley Menino Bernardo prohíbe el uso de los castigos físicos y desde su promulgación ha generado resistencia de las alas conservadoras, especialmente religiosas, considerándola una intervención del Estado en los "asuntos de la familia". Analizamos los discursos pro-castigos físicos diseminados en Internet, identificando sus argumentos y contextos discursivos. Examinamos 43 videos, trascritos y su codificación interpares se realizó por medio de Atlas.ti, seguida de análisis crítico del discurso. Reconociendo la diversidad del "mundo evangélico" y de sus posturas políticas, identificamos discursos de liderazgos conservadores que enuncian la oposición entre la "Familia de Dios" x "Estado del Demonio". El castigo físico se traduce por el concepto bíblico de "vara" a ser aplicado por los padres que son la autoridad instituida por Dios. La LMP se asocia al caos, a la pérdida de valores cristianos y al acto del Estado para debilitar la familia.(AU)


The Menino Bernardo Law prohibits the use of physical punishment and, since its enactment, has generated resistance from conservatives, especially religious groups, who consider it an intervention of the State in "family matters". We analyzed pro-physical punishment discourses disseminated on the Internet, identifying their arguments and discursive contexts. Forty-three videos were examined and transcribed, and peer coding was performed using Atlas.ti, followed by critical discourse analysis. Recognizing the diversity of the "evangelical world" and its political positions, we identified conservative discourses about the opposition between the "Family of God" and the "State of the Devil". Physical punishment is translated by the biblical concept of "rod" to be applied by parents, who are the authorities instituted by God. The Menino Bernardo Law is associated with chaos, loss of Christian values, and the State's action to weaken the family.(AU)

2.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(4): 1595-1604, abr. 2022.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1374911

RESUMO

Resumo Este artigo é resultado de uma pesquisa que analisou narrativas de mães de autistas sobre suas experiências com seus filhos, que foram produzidas e compartilhadas por elas por meio de vídeos no YouTube. Utilizamos a metodologia qualitativa, que nos permitiu debater a lógica e os significados atribuídos à doença, à saúde, à maternidade e ao cuidado dos filhos, em direção a uma reconstrução narrativa produzida por nós, pesquisadoras. Observamos que essas mulheres falavam prioritariamente sobre suas experiências como mães de autistas e abordavam diretamente os percalços emocionais de ter um filho com autismo, tais como o luto do filho ideal promovido pelo diagnóstico e a construção do cuidado de uma criança autista. Por meio dos vídeos, as mães formam um grupo de identificação, baseado na premissa de que viveram experiências comuns, as quais geram um grande valor e se transformam em um capital existencial. Falar sobre tais experiências em um espaço público e de grande alcance como o YouTube produz, entre outras coisas, memórias coletivas que possibilitam o desenvolvimento de uma comunidade afetiva. Compreendemos que a história individual relatada e produzida nos vídeos pode ajudar emocionalmente e pragmaticamente outros que possuem uma vivência parecida, permitindo que o cotidiano seja reabitado.


Abstract This paper results from research that analyzed the narratives of mothers of autistic children about their experiences with their children, produced and shared by them through videos on YouTube. We used a qualitative methodology to debate the logic and meanings attributed to illness, health, motherhood, and childcare, towards a narrative reconstruction produced by us researchers. We observed that these women spoke primarily about their experiences as mothers of autistic children and directly addressed the emotional difficulties of having a child with autism, such as mourning the ideal child promoted by the diagnosis and the construction of care for an autistic child. Through the videos, the mothers form an identification group based on the premise that they lived everyday experiences, generating significant value and becoming an existential capital. Talking about such experiences in public and far-reaching spaces like YouTube produces, among other things, collective memories that develop a caring community. We understand that the individual story reported and produced in the videos can emotionally and pragmatically help others with a similar experience, re-inhabiting daily life.

3.
Rio de Janeiro; s.n; 2020. 203 p. ilus.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1553664

RESUMO

Esta pesquisa analisou dezoito vídeos compartilhados publicamente por mães de autistas na plataforma de vídeos YouTube. O objetivo geral da pesquisa foi conhecer as narrativas compartilhadas pelas mães sobre suas experiências de terem um filho com autismo, utilizando como metodologia a etnografia virtual. Partimos do pressuposto de que tanto o conhecimento sobre o autismo quanto a vivência das mães de crianças com este diagnóstico é bastante diversificado e que, contemporaneamente, há uma grande valorização por parte dos familiares do saber produzido por outros familiares, donde a Internet se apresenta como importante fonte de informação e troca sobre saúde. No âmbito teórico da pesquisa, exploramos a literatura sobre o que é ser mãe de uma criança com autismo e, para tal, abordamos o histórico da construção do ideal de maternidade nas sociedades ocidentais, trouxemos reflexões sobre os impactos subjetivos de ter um filho autista e sobre como os pais, principalmente as mães, foram representados ao longo das mudanças na concepção sobre o autismo. Além disso, trabalhamos sobre os conceitos narrativa e experiência, trazendo as especificidades de narrar sobre a própria experiência em ambientes digitais. Como resultado de nossa análise, as narrativas se mostraram potenciais construtoras de identificações entre as mães de autista e vimos a construção de um "comum" relacionado com a percepção de que o filho é diferente do idealizado, a reconstrução de expectativas quanto ao futuro do filho, a dor emergente ao receber o diagnóstico e também a experiência cotidiana de cuidar de uma criança autista e de sofrer discriminações. A forma como as mães transmitem suas experiências é atravessada pelas lógicas e possibilidades do ambiente digital, precisamente do YouTube. Vemos que as mães que produzem os vídeos têm seu saber fruto da experiência valorizado, contudo, em constante diálogo com o saber técnico-científico, por vezes hibridizando-se. Os vídeos são feitos por mulheres e são endereçados para outras mulheres, mães de autistas, e estas por sua vez legitimam e se identificam com o conteúdo compartilhado. Por fim, vemos que as mães de autistas, apesar das singularidades de suas histórias, entendem que há algo de comum, algo que as aproxima em termos de identidade social e, ao compartilharem suas experiências, elas reforçam o espírito de coletividade. Desta forma, chegamos a fala que dá título a esta dissertação: " toda mãe de autista sabe do que eu estou falando".


In this work, we perform the analysis of eighteen videos publicly shared by autistic's mothers in the video sharing service, YouTube. The goal is to study the narratives shared by mothers about their experience in having a child diagnosed with autism, using virtual ethnography as methodology. We assume that the knowledge about autism as well as the experience of mothers with children with that diagnosis are very diversified, and that, currently, there is a great valorization by the families of the knowledge shared by other families, with the Internet presenting itself as an important source of information on health and exchange of experiences. In the theoretical scope, we explore the literature on the historical construction of motherhood in occidental societies, aiming to bring reflections on the subjective impact of having an autistic child and how the parents, especially mothers, were represented in the ever changing concepts about autism. Moreover, we work with the concept of narratives and of experience, bringing up the specificity of narrative one's own experience in a digital environment. As a result of our analysis, the narratives show themselves as a potential way of constructing identification between autistc´s mothers and we are able to see the construction of a common ground for these mothers, based on the perception that their child is different than the idealized, the reconstruction of expectations for the child's future, the emerging pain when receiving the diagnosis, the daily experience of taking care of an autitstic child, and suffering discrimination. The way these mothers convey their experiences is traversed by the logic and the possibilities of the digital space, YouTube in particular. We observe that the mothers producing the videos have their knowledge derived from their own experience which is in constant dialogue with technical-scientific knowledge. In many cases, there is a hybridization of both. The videos are made by women to other women, mothers of autistic children, who legitimate them and identify themselves with the shared contents. Lastly, we observe that mothers of autists, in spite of the singularity of each story, understand that there is something in common between them, something that brings them closer together and, when they share their own personal experiences, they enhance their collective spirit. Therefore, we get to the discourse that originated the title of the dissertation "every autistic's mother knows what I am talking about".


Assuntos
Humanos , Feminino , Mídias Sociais , Transtorno do Espectro Autista , Antropologia Cultural , Relações Mãe-Filho
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA