RESUMO
Propósito: enquanto os implantes imediatos têm demonstrado um alto índice de sucesso clínico, ainda existe dúvida se a colocação destes implantes em sítios com patologias periapicais demonstraria resultados equivalentes aos obtidos quando os implantes são colocados em sítios sem patologia periapical. Material e Métodos: um estudo retrospectivo foi conduzido em pacientes que apresentavam patologia periapical e foram tratados com extração dentária, debridamento do defeito e colocação imediata do implante entre 1994 e 2008. Todos os implantes colocados imediatamente foram acompanhados pelo menos 24 meses após a restauração. A sobrevivência do implante foi examinada conforme os critérios de Albrektsson et al e usando-se mensurações da crista óssea até a extensão mais coronal da superfície rugosa do implante em seu aspecto vestibulomediano. Um sistema de classificação também foi proposto para a classificação da morfologia da lesão periapical. Resultados: 480 implantes foram colocados. Eles foram acompanhados por uma média de 67,3 meses. Cinco implantes foram perdidos ou demonstraram perda óssea progressiva além dos níveis aceitáveis, resultando em uma taxa de sobrevivência cumulativa de 97,8%. Conclusão: a colocação do implante no momento da extração dentária em dentes com patologia periapical resultará em taxas de sobrevivência comparáveis aos implantes colocados imediatamente em sítios sem patologia periapical.