RESUMO
Introdução: O trauma de mão constitui uma epidemia, ocorrendo por diversos fatores, como acidentes de trabalho e violência urbana. Isso gera um impacto significativo por ser uma unidade anatômica vulnerável e importante na realização de atividades cotidianas e para o trabalho. Desse modo, faz-se necessária uma avaliação epidemiológica mais aprofundada no que tange, sobretudo, às fraturas de mãos, entendendo sua elevada morbidade. Método: Estudo descritivo e retrospectivo, feito por análise de prontuários de pacientes conduzidos em um hospital terciário no período de janeiro de 2018 a dezembro de 2020. Resultados: Participaram do estudo 290 pacientes, sendo 85,7% do sexo masculino e 14,3% do sexo feminino. 138 indivíduos tinham entre 20 e 39 anos, representando um total de 47,6%. 51,6% eram do interior do estado do Ceará e 48,4% eram da capital. O principal mecanismo de trauma associado às fraturas foram os acidentes de trânsito (36,4%), seguidos por acidentes de trabalho (26,9%) e ferimentos por arma de fogo (14%). Em relação aos ossos fraturados, houve uma acentuada prevalência do acometimento das falangeanas, em todas as faixas etárias, representando 210 pacientes (72,4%). Conclusão: O presente estudo corrobora com os dados presentes na literatura. Desse modo, é evidenciada a repetição de prevalência de faixa etária, principais mecanismos de trauma envolvidos, bem como ossos acometidos nas fraturas de mão.
Introduction: Hand trauma is an epidemic occurring due to several factors, such as work accidents and urban violence. This significantly impacts it as it is a vulnerable and important anatomical unit for daily activities and work. Therefore, a more in-depth epidemiological assessment is necessary regarding hand fractures and understanding their high morbidity. Method: A descriptive and retrospective study was conducted by analyzing the medical records of patients treated in a tertiary hospital from January 2018 to December 2020. Results: 290 patients participated in the study, 85.7% male and 14.3 % female. One hundred thirty-eight individuals were between 20 and 39 years old, representing 47.6%. 51.6% were from the interior of the state of Ceará, and 48.4% were from the capital. The main trauma mechanism associated with fractures was traffic accidents (36.4%), followed by work accidents (26.9%) and firearm injuries (14%). Concerning fractured bones, there was a marked prevalence of phalangeal involvement in all age groups, representing 210 patients (72.4%). Conclusion: The present study corroborates the data present in the literature. In this way, the repetition of the prevalence of age group, main trauma mechanisms involved, as well as bones affected by hand fractures is evidenced.