Hematoma retroesofágico com grave disfagia após estreptoquinase para tratamento da trombose venosa axilo-subclávia / Severe dysfagia due to retroesophageal hematoma after thrombolytic therapy for right axillosubclavian vein thrombosis

Homem de 72 anos, portador de neoplasia de próstata estágio IV, submetido à osteossíntese da coluna cervical para descompressäo metastática da raiz nervosa, responsável por dor intensa no membro superior direito. Após três meses da internaçäo, apresentou trombose total da veia axilo-subclávia direita, complicaçäo da cateterizaçäo prolongada da veia subclávia direita para controle de septicemia secundária a pneumonia hospitalar. Foi submetido a terapia trombolítica com estreptoquinase por via venosa, no membro superior contra-lateral, na dose de 250.000UI em 15 min, seguida de 100.000UI/h durante cinco dias, com total recanalizaçäo do trombo e reduçäo do edema. Após 24h so término da trombólise, apresentou disfagia a líquidos e o esofagograma mostrou extensa compressäo extrínseca do esôfago, por provável hematoma retroesofágico. Necessitou de nutriçäo enterlal durante três meses, quando ocorreu normalizaçäo da deglutiçäo, reabsorçäo do hematoma retroesofágico e passagem adequada do contraste pelo esôfago. No seguimente evolutivo näo apresentou sequelas da trombose venosa profunda, näo tem disfagia e permaneceu em uso profilático de meias elásticas e heparina de baixo peso molecular.

Do comportamento dos glicosaminoglicanos urinários em pacientes portadores de neoplasias da cabeça e pescoço: estudo preliminar / Behavior of urinary glycosaminoglycans in head and neck neoplasms patients: preliminary study

Os glicosaminoglicanos excretados na urina foram estudados por DIETRICH e col (1993) por meio de eletroforese em gel, degradaçao enzimática e cromatografia, em indivíduos adultos sadios e em portadores de neoplasias diversas. Os autores demonstraram que esses compostos, em especial o condroitim sulfato (CS) e o heparam sulfato (HS), estavam alterados nos portadores de neoplasias. No presente trabalho, estudamos o comportamento dos glicosaminoglicanos urinários de 14 pacientes adultos portadores de neoplasias pertencentes à área de abrangência da cirurgia de cabeça e pescoço, comparando-o ao de 27 indivíduos sadios. As amostras isoladas de urina dos 14 pacientes, sendo dez carcinomas espinocelulares, três adenomas e um cordoma, foram colhidas nos períodos pré- e pós-operatórios precoce e tardio. Os seguintes parâmetros foram estudados: a relaçao CS/HS e a porcentagem dos dissacarídeos nao sulfatados, componentes do condroitim sulfato. No período pré-opetatório o primeiro encontrou-se diminuído e o segundo elevado, em relaçao aos valores dos indivíduos normais. No pós-operatório tardio, a porcentagem dos dissacarídeos nao-sulfatados caiu a valores próximos aos dos indivíduos normais nos casos clinicamente sem tumor residual ou recidivado, caracterizando um potencial marcador tumoral útil no seguimento.