RESUMO
Os autores administraram captopril a 21 pacientes transplantados de rim, com funçäo renal normal e eritrocitose (hematócrito > 50 por cento e hemoglobina > 16,3 g/dl) e a 12 pacientes igualmente transplantados de rim, com funçäo renal normal e sem eritrocitose. Após 2 meses de tratamento, houve queda estatisticamente significativa do hematócrito (56,1 + 3,9 para 47,8 + 3,6 por cento; p<0,0001) e da hemoglobina (18,2 + 1,3 para 15,4 + 1,3 g/dl; p<0,0001) no grupo com eritrocitose; a manutençäo da terapia näo provocou anemia neste grupo. A interrupçäo em 4 pacientes provocou recorrência da eritrocitose, havendo resposta favorável após a reintroduçäo do captopril. No grupo normoglobúlico näo houve queda significativa dos níveis de hematócrito (43,0 + 3,8 para 43,1 + 4,4 g/dl; p=0,8944) e de hemoglobina (13,6 + 1,3 para 13,6 + 1,4 por cento; p=0,9311). Os pacientes que necessitaram manter a terapia com captopril por tempo mais prolongado näo apresentaram anemia. Concluímos que o uso de captopril constitui terapia eficaz, segura e livre de efeitos colaterais para a eritrocitose pós-transplante renal. Por outro lado, seu uso em pacientes normoglobúlicos näo provoca anemia.
Assuntos
Humanos , Adulto , Policitemia/tratamento farmacológico , Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina/uso terapêutico , Captopril/uso terapêutico , Transplante de Rim , Hemoglobinas/análise , HematócritoRESUMO
Os autores relatam sua experiência com o uso da ciclosproina-A (CsA) em transplante renal. Quando comparada com o esquema clássico (azatioprina e predinisona), a CsA, tanto associada à prednisona (esquema duplo), como associada à azatioprina e prednisona (esquema tríplice), contribuiu para uma considerável melhora na sobrevida do enxerto e do paciente. A CsA foi usada também em substituiçäo à azatioprina em pacientes com hepatopatia induzida ou agravada pela azatioprina. Os resultados iniciais säo promissores. Com o objetivo de favorecer o crescimento de crianças com déficit estatural, a CsA foi introduzida com retirada posterior da prednisona e manutençäo da azatioprina. Houve recuperaçäo do ritmo em todas elas. Este esquema parece ser o ideal para se empregar em crianças. Uma cuidadosa manutençäo dos níveis sanguíneos adequados de CsA evita ou minimiza a sua nefortoxicidade. Para atingir os níveis terapêuticos ideais, os pacientes hepatopatas necessitam doses mais baixas e as crianças, mais altas. Em resumo, a CsA, adequadamente manuseada, é um excelente imunossupressor
Assuntos
Humanos , Criança , Azatioprina/uso terapêutico , Ciclosporinas/uso terapêutico , Transplante de Rim , Prednisona/uso terapêutico , Azatioprina/administração & dosagem , Ensaios Clínicos como Assunto , Ciclosporinas/administração & dosagem , Esquema de Medicação , Seguimentos , Unidades Hospitalares , Hospitais Universitários , Prednisona/administração & dosagemRESUMO
Os autores analisaram o índice de sensibilizaçäo de 24 pacientes candidatos a transplante de rim que receberam três transfusöes doador específico de sangue armazenado. Este índice foi significativamente baixo quando comparado ao ocorrido nos dois grupos controle (32 pacientes que receberam transfusäo especifica de sangue fresco e 18 pacientes que receberam igual tratamento sob imunossupressäo). O efeito protetor sobre o transplante näo pode ainda ser adequadamente julgado