Anatomic characterization of mental foramen through cone beam computed tomography at dentate and edentulous areas / Caracterização anatômica do forame mentual em áreas dentadas e edêntulas por meio de Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC)

Objetivo: Caracterizar e comparar as posições e dimensões de abertura dos Forames Mentuais (FM) entre áreas edêntulas e dentadas em imagens por tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Material e Métodos: Analisou-se 72 exames de TCFC, abrangendo toda a mandíbula, obtidos em tomógrafo da marca i-CAT Next Generation (imaging Sciences International, Hatfield, PA, EUA). Estes foram divididas em 02 grupos: Grupo D (dentados) apresentando o 1º e 2º pré-molares inferiores correspondentes e Grupo E (edêntulos) sem ambos os pré-molares inferiores correspondentes. Foram realizadas, nos cortes transversais, 02 medidas em cada região: altura FM – correspondente à distância vertical entre o ponto mais inferior do canal mentual à cortical externa da base da mandíbula (AlFM) e abertura FM - correspondente à maior distância vertical entre as corticais externas superior e inferior do FM (AbFM). Adicionalmente, no Grupo D, foi estudada a posição do FM em relação a 04 referenciais: 1º pré-molar, entre 1º e 2º pré-molares, 2º pré-molar e outras localizações. Foi realizado o Teste t para amostras independentes e a análise descritiva. Resultados: Os resultados evidenciaram que houve diferença, estatisticamente significante, apenas na AbFM, entre os dois grupos, com tendência a um aumento desta no grupo D. No Grupo E, a houve diferença estatisticamente significante entre os sexos em relação à AbFM, com tendência a um maior valor para o sexo masculino. No grupo D, a localização do FM de maior frequência foi na região de 2o pré- molares (65,9%) e a de menor frequência na região de 1o pré-molares (4,9%). Conclusão: o edentulismo influenciou, apenas a dimensão da abertura do FM, com redução da mesma, pacientes edêntulos do gênero masculino, tendem a ter um valor maior de abertura de forame que pacientes edêntulos femininos.

Objective: To characterize and compare the positions and dimensions of the mental foramen (MF) openings between dentate and edentulous areas on cone beam computed tomography (CBCT) images. Material and Methods: Seventy-two CBCT images (i-CAT Next Generation, Imaging Sciences International, Hatfield, PA, USA) of the mandible were analyzed. The CBCT images were divided into two groups: Group D (dentate) - with first and second mandibular premolars; Group E (edentulous) - without first and second mandibular premolars. At the transversal cuts, two measurements were obtained: MF height – the vertical distance between the lowest point of the mandibular canal to the external cortical of the mandible’s base (MFH); MF opening – the greatest vertical distance between the superior and inferior MF external corticals (AbMF). Also, in Group D, the MF position was studied in relation to four landmarks: 1st premolar, between 1st and 2nd premolar; 2nd premolar; and other locations. Independent sample t-test and descriptive analysis were applied. Results: Only the distance AbMF showed statistically significant difference between groups, with tendency towards increasing in group D. Group E exhibited statistically significant difference between genders for the distance AbMF, with tendency towards greater values for males. Group D showed that MF was more frequently located at the area of the 2nd premolars (65.9%), while the area of the 1st premolars was that of smallest frequency (4.9%). Conclusion: the edentulism only reduced the dimension of MF opening. Edentulous males had a greater MF opening than edentulous females

Cone-beam computed tomography analysis of prevalence of nasal septum deviation and its relationship with the presence of middle concha bullosa / Avaliação da prevalência e relação entre o desvio de septo nasal e a presença de concha média bolhosa por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico

Objetivo: Este estudo teve com objetivo analisar a prevalência do desvio do septo nasal e da presença de concha nasal média bolhosa e estudar a possível relação entre estes por meio de imagens por tomografia computadorizada de feixes cônicos (TCFC). Material e Métodos: Foram selecionados 118 exames de TCFC de arquivo, previamente adquiridos por indicações diversas para odontologia. Todos os exames foram realizados em tomógrafo i-CAT Next Generation (imaging Sciences International, Hatfield, PA, EUA) com o mesmo protocolo, tendo o FOV (Field of View) abrangendo o terço médio e inferior da face. Todas as imagens foram avaliadas no software especifico do sistema por 01 avaliador devidamente treinado. O desvio de septo nasal, a concha nasal média bolhosa e demais dados foram tabulados e realizada a análise descritiva dos mesmos. O teste de McNemar foi aplicado para se estudar a possível relação entre os mesmos. Resultados: Os resultados indicaram que, nos casos em que não ocorria o desvio de septo nasal, 73,5% destes não apresentaram e 26,5% destes apresentaram a concha média bolhosa. Considerando-se apenas os casos que apresentaram o desvio de septo nasal para um dos lados, a proporção que não apresentou a concha média bolhosa para o mesmo lado foi de 77,1% e a que apresentou também a concha média bolhosa para o mesmo lado foi de 22,9%. Conclusão: Concluiu-se que não houve relação (p = 0,568) entre a presença das duas variáveis analisadas na pesquisa – desvio de septo nasal e presença de concha média bolhosa.

Objective: This study aimed to analyze the prevalence of nasal septum deviation and the presence of middle nasal concha bullosa, as well as to study the possible relationship between these findings by means of cone-beam computed tomography (CBCT) images. Material and Methods: One hundred and eighteen CBCT exams were selected from a file previously acquired for diverse reasons in dentistry. All images were obtained with CT i-CAT Next Generation (Imaging Sciences International, Hatfield, PA, USA) with the same protocol, and the field of view (FOV) covered the middle and lower third of the face. All images were evaluated in the specific software system by one trained evaluator. The deviated septum, nasal concha bullosa, and other data were tabulated and a descriptive analysis was performed. The McNemar test was used to study the possible relationship between them. Results: The results indicated that, in cases without nasal septum deviation, 26.5% and 73.5% were associated or not to the presence of middle concha bullosa, respectively. Considering patients with nasal septum deviation on one side only, the proportions of 22.9% and 77.1% were associated or not to middle concha bullosa in the same direction, respectively. Conclusion: Thus, it was concluded there was no relationship (p = 0.568) between nasal septum deviation and the presence of middle concha bullosa.

Influência de terceiros molares não erupcionados em fratura de ângulo e côndilo / Influence of unerupted third molars on angle and condyle fracture

Condylar and angle fractures are the most common types of mandibular injuries. There is evidence in the literature suggesting that the presence of unerupted lower third molars increases the risk of angle fracture and reduces the chance of condyle fracture. The present paper reports on a case of a 19-year-old Caucasian man who had bilateral angle fracture associated with the two lower unerupted third molars. No other fracture was detected on the panoramic radiograph. This case suggests that unerupted lower third molars increase the risk of angle fracture whereas preventing condyle fracture. Reduction of the bone mass of the angle in the presence of third molars and disruption of the oblique ridge with partially erupted molars support our findings. As the treatment of condyle fracture is more complex, it might not be appropriate to strengthen the mandibular angle, making the mandible more vulnerable to condylar fractures by means of prophylactic extraction of asymptomatic unerupted third molars.

Côndilo e ângulo são os locais onde as fraturas mandibulares ocorrem com maior frequência. Há evidências na literatura sobre a propensão para fratura de ângulo mandibular na presença de terceiros molares inferiores não-erupcionados, bem como redução da respectiva probabilidade de fratura em côndilo. O caso relatado envolve um homem branco, de 19 anos de idade, que teve fratura bilateral do ângulo em associação com os dois terceiros molares inferiores não-erupcionados. Nenhuma outra fratura foi detectada na radiografia panorâmica. Os achados deste caso ilustram a evidência de que terceiros molares inferiores não irrompidos aumentam o risco de fratura de ângulo, reduzindo, porém, o risco de fratura em côndilo. Algumas teorias sobre essa associação envolvem a redução da massa óssea do ângulo na presença do terceiro molar, além da ruptura da linha oblíqua quando eles estão parcialmente erupcionados. Como a fratura do côndilo tem um tratamento mais complexo, a exodontia profilática de terceiros molares não-erupcionados assintomáticos pode não ser apropriada, por fortalecer o ângulo mandibular e tornar a mandíbula mais vulnerável às fraturas condilares.