RESUMO
Abstract Introduction: studying the influence of surfing on the prevalence of injuries may contribute to prevention. Objective: to analyze the influence of time practicing sports and the occurrence of previous surgery on the profile and prevalence of injuries caused by surfing. Methods: Sixty-six Brazilian surfers (26.16 ± 0.73 years old) participated in this study. Anthropometric data, physical activity level, surfing practice time and the prevalence of injuries (type of injury, anatomical region affected, and mechanism of injury) were evaluated. To assess which of the studied variables exerted significant influence on the mean number of injuries, a Poisson log-linear model was adjusted through R software (p < 0.05). Results: most surfers were classified as eutrophic (73%), very active (60.6%), had an average practice time of 10.1 ± 1 years, and were not members of a surfing federation (74%). It was also observed that 90.9% of participants reported injuries caused by surfing and 44.9% affected the lower limbs. The majority of these injuries affected the integumentary system (46.6%). The main mechanism of injury was impact with the board or seabed (40.4%). Furthermore, it was found that surfing federation members presented an average of 58.4% more injuries than non-members (p = 0.007). Surfers who had undergone previous surgeries showed an average number of injuries that was 56.9% higher than other surfers (p = 0.012). In addition, it was found that for each extra year of surfing, the average number of injuries increased by 2.5% (p = 0.0118). Conclusion: the average number of injuries increased with increment in time practicing the sport, previous surgery and membership in a surfing federation.
Resumo Introdução: estudar a influência da prática de surf sobre a prevalência de lesões pode contribuir para sua prevenção. Objetivo: analisar a influência do tempo de prática esportiva e realização de cirurgia prévia sobre o perfil e prevalência das lesões decorrentes do surf. Métodos: Participaram 66 surfistas brasileiros (26,16 ± 0,73 anos). Foram avaliados os dados antropométricos, o nível de atividade física, o tempo de prática de surf e a prevalência de lesões (tipo de lesão, região anatômica acometida e o mecanismo de lesão). Para avaliar quais das variáveis estudadas exerciam influência significativa na média de lesões foi ajustado um modelo log-linear de Poisson por meio do software R (p < 0,05). Resultados: A maior parte dos surfistas foi classificada como eutróficos (73%), muito ativos (60,6%), tempo médio de prática de 10,1 ± 1 anos e não federados (74%). Foi observado que 90,9% dos participantes reportaram lesões decorrentes do surf, sendo que 44,9% destas lesões acometeram os membros inferiores e a maioria atingiu o sistema tegumentar (46,6%). O principal mecanismo de lesão foi o choque com prancha/fundo do mar (40,4%). Ainda, verificou-se que surfistas federados apresentaram média estimada de lesões 58,4% maior que os não federados (p = 0,007). Surfistas submetidos a cirurgias prévias apresentaram média estimada de lesões 56,9% maior que os demais (p = 0,012). Além disso, constatou-se que para cada ano a mais de prática de surf, a média estimada de lesões cresceu 2,5% (p = 0,0118). Conclusão: A média estimada de lesões dos surfistas aumentou com o incremento do tempo de prática, realização de cirurgia pregressa e estar federado.
Assuntos
Humanos , Traumatismos em Atletas , Medicina Esportiva , Esportes Aquáticos , Choque , Ferimentos e Lesões , PrevalênciaRESUMO
RESUMO Embora a prática do surf possa contribuir para o aparecimento de dor lombar crônica, ainda não está totalmente esclarecido se a lombalgia está associada a alterações cinético-funcionais. Assim, investigou-se a associação entre a presença de dor lombar com aspectos cinético-funcionais em surfistas com diferentes tempos de prática. Participaram deste estudo observacional de corte transversal 66 surfistas do litoral do Paraná. Os participantes foram alocados em três grupos, conforme o tempo de prática esportiva em anos: G1 (até 4,9 anos), G2 (de 5 a 9,9 anos) e G3 (acima de 10 anos de prática). Foram avaliados: índice de massa corporal, nível de atividade física, presença de dor lombar, intensidade e periodicidade da dor, incapacidade lombar, funcionalidade lombar, flexibilidade lombar, amplitude de movimento lombar, e ângulo torácico e lombar. Para a análise da associação entre os aspectos cinético-funcionais e a dor lombar foram utilizados o teste qui-quadrado de Pearson para dados categóricos e ANOVA com post hoc de Bonferroni (p<0,05) para dados nominais. O maior tempo de prática esportiva (G3) revelou associação com a presença (p=0,05) e maior intensidade da dor lombar (p=0,01). O grupo que praticava o esporte entre 5 a 9,9 anos (G2) apresentou maior ângulo lombar (p=0,04). Conclui-se que a presença da dor lombar crônica em surfistas apresentou associação com a intensidade da dor, o ângulo da coluna lombar e o tempo de prática de surf.
RESUMEN La práctica del surf puede ocasionar dolor lumbar crónica. Pero todavía no se sabe si la lumbalgia está asociada con los aspectos cinéticos y funcionales. En este trabajo se asoció la presencia del dolor lumbar con los aspectos cinético y funcional en surfistas con distintos tiempos de práctica. Del estudio de corte transversal participaron 66 surfistas del litoral de Paraná, Brasil. Se dividieron a los participantes en tres grupos según su tiempo, en años, de práctica deportiva: G1 (hasta 4,9 años), G2 (de 5 a 9,9 años) y G3 (más de 10 años). Se evaluaron: el índice de masa corporal, el nivel de actividad física, la presencia de dolor lumbar, la intensidad y periodicidad del dolor, la incapacidad lumbar, la funcionalidad lumbar, la flexibilidad lumbar, la amplitud del movimiento lumbar, el ángulo torácico y lumbar. Para analizar la asociación de los aspectos cinético y funcional con el dolor lumbar se empleó la prueba de chi-cuadrado de Pearson para los datos categóricos y para los datos nominales la prueba ANOVA con post-hoc, de Bonferroni (p<0,05). El mayor tiempo de práctica deportiva (G3) fue asociado con la presencia (p=0,05) y mayor intensidad del dolor lumbar (p=0,01). El grupo que practicaba de 5 a 9,9 años (G2) este deporte presentó mayor ángulo lumbar (p=0,04). Se concluye que la presencia de dolor lumbar crónica en surfistas estuvo asociada con la intensidad del dolor, el ángulo de la columna lumbar y el tiempo de práctica del surf.
ABSTRACT Although surfing can contribute to chronic low backpain, the relationship between functional/kinetic changes and low back pain are still not fully understood. The association between low back pain and functional/kinetic aspects was investigated in people who had surfed for different numbers of years, in a cross-sectional study involving 66 surfers from the coast of Paraná. The participants were allocated into three groups considering how long they had surfed: G1 (up to 4.9 years), G2 (from 5 to 9.9 years) and G3 (more than 10 years). The following items were evaluated: body mass index; level of physical activity; low back pain; intensity and frequency of low back pain, low back disability, low back function, low back flexibility, low back range of motion, low back and thoracic angles. To analyze the association between functional/kinetic aspects and low back pain, Pearson’s Qui-Square test was used for categorical data, while for nominal data ANOVA with Bonferroni’s post-hoc test (p<0.05) was used. The group which had surfed the longest (G3) showed an association with the occurrence of low back pain (p=0.05) and its highest intensity (p=0.01). The group with 5 to 9.9 years of surfing (G2) showed the largest low back angle (p=0.04). We conclude that the surfer’s chronic low back pain is associated with greater pain intensity, the angle of the lumbar curvature and how long the person has surfed.