RESUMO
Considerando-se o aumento da violência e a escassez de informaçöes sobre a relaçäo classe social e vitimizaçäo por agressäo física, realizou-se estudo com o objetivo de investigar esta associaçäo. Foi adotado o estudo de caso-controle. Foram incluídos 191 casos de agressäo física e 222 controles selecionados entre os indivíduos com queixas clínico-cirúrgicas näo violentas, pareados por freqüência aos casos segundo sexo e idade, todos recrutados no período de 1/10/93 a 19/1/95, em pronto-socorro de Sorocaba, SP, Brasil. Foi aplicado questionário para obtençäo de informaçöes sobre classe social, cor, situaçäo conjugal, hábito de fumar, ingestäo de álcool e uso de drogas ilícitas. Ajustando-se os resultados por sexo, idade e os outros fatores estudados encontrou-se um risco de vitimizaçäo por agressäo física significantemente maior para o subproletariado, com "Odds ratio" igual a 3,28 e Intervalo de Confiança de 95 por cento igual a 1,42-7,59. Classe social é um fator importante no fenômeno da vitimizaçäo por agressäo física, devendo o subproletariado receber atençäo especial nas estratégias de intervençäo para o problema