RESUMO
Este estudo avalia os fatores maternos e fetais envolvidos na transmissão vertical do HIV-1 em 47 pares de mãe e filho. As variáveis comportamentais, demográficas e obstétricas foram obtidas mediante entrevista; os dados referentes ao parto e ao recém-nascido, dos prontuários das maternidades. Durante o terceiro trimestre de gestacão foi realizada a contagem da carga viral materna e dos linfócitos T CD4+. A média de idade foi de 25 anos e 23,4 por cento das gestantes eram primigestas, e o fator comportamental mais prevalente foi não usar preservativos. Dentre as gestantes, 48,9 por cento tinham células CD4+ superior a 500 células/mm e 93,6 por cento se enquadravam na categoria clínica A; 95,7 por cento submeteram-se à profilaxia com zidovudina durante a gestacão ou no parto, a qual foi ministrada a todos os recém-nascidos; 50,0 por cento delas foram submetidas à cesárea eletiva. Apesar de expostas a vários fatores de risco e protetores, nenhuma crianca tornou-se infectada. A transmissão vertical resulta de um desequilíbrio entre os fatores, com predomínio dos de risco sobre os protetores.
Assuntos
Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Humanos , HIV-1 , Transmissão Vertical de Doenças Infecciosas , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida/transmissão , Fatores de RiscoRESUMO
Objetivo: Chamar a atenção para o diagnóstico de tumores malignos em crianças com aids. Metodologia: Os autores descreveram e analisaram um caso de linfoma de Burkitt em uma criança de 3 anos, do sexo masculino, com aids. Resultados: DLS, 3,5 anos, com aids, iniciou quadro clínico de tumoração em região de face, com dor, protrusão do globo ocular, aumento de linfonodos regionais. A tomografia de crânio evidenciou material com densidade de partes moles, ocupando a totalidade do antro-maxilar e células etmoidais bilateral e extensão para a gordura retroorbitária, predominantemente à esquerda. A biópsia do material foi compatível com linfoma de Burkitt. Após o tratamento quimioterápico, houve regressão da tumoração. Conclusão: O diagnóstico de linfoma deve ser considerado em crianças com aids e lesões tumorais, pois esse é o tumor mais freqüente nessas crianças, sobretudo nos progressores rápidos e naqueles com imunossupressão severa.