RESUMO
Medir a variação dos níveis de cortisol salivar em crianças antes e depois de serem submetidas a uma situação de estresse, comparando-a, através de filmagem, com a observação do apego aos cuidadores e com o temperamento da criança, conforme avaliado pelos pais, através de respostas a questionário aplicado pelos pesquisadores. Para avaliar o temperamento, utilizou-se uma escala auto-aplicada para pais, sendo cada criança enquadrada, de acordo com a soma das respostas, como apresentando temperamento difícil, intermediário e fácil. A situação de estresse, com a criança em companhia da mãe, compóstarês segmentos, ou três situações que se sucedem, denominadas "palhaço", "robô" e "fantoches", foi filmada por uma camêra de vídeo fixa. O apego foi avaliado por dois avaliadores independentes, através da observação dos vídeos realizados. O apego foi classificado em 4 níveis: seguro, suficientemente seguro, predominantemente inseguro, inseguro. Para o cortisol salivar, coletou-se a saliva das crianças em 3 momentos: cortisol salivar básico, coleta em um dia neutro; coleta 3 minutos antes da situação de estresse; coleta 30 minutos a pós o início da situação. Para a medida do cortisol salivar, utilizou-se o kit Coat-A-Count Cortisol da DPL com a técnica de radioimunoensaio. Os resultados não foram estatisticamente significativos. Evidencia-se uma variação de resultados, entrelaçando as variáveis estudadas, com destaque para algumas respostas adenocorticais individuais, que confirmam as questões apontadas pela literatura revisada. É recomendável que essa complexa pesquisa prossiga, com populações diversas e/ou maiores, cruzando outras variáveis, a fim de se tentar evidenciar padrôes individuais bioquímicos que a observação clínico-fenomenológica parece não distinguir.
Assuntos
Humanos , Criança , Sistema Hipófise-Suprarrenal , Estresse Fisiológico , Desenvolvimento Infantil , Temperamento , Apego ao Objeto , CriançaRESUMO
Objetivo: relatar um caso raro de uma criança portadora da forma primária de Cutis verticis gyrata. Descrição: menino de 9 anos, apresenta importante hipertrofia da pele do couro cabeludo, com dobras que se assemelham aos giros cerebrais. Não apresenta retardo mental, nem alterações oftalmológicas e não há relatos semelhantes na família. Comentários: o diagnóstico de Cutis verticis gyrata primária essencial foi estabelecido pela presença de redundância da pele do couro cabeludo e ausência de alterações neurológicas e oftalmológicas, tendo-se feito o diagnóstico diferencial com as formas secundárias que incluem: nevo intradérmico cerebriforme, paquidermoperiostose, acromegalia e doenças inflamatórias do couro cabeludo. Trata-se do único relato na literatura de uma criança com esta forma de Cutis verticis gyrata