RESUMO
A prevalência da dislipidemia, em associação ou não à obesidade infantil, tem apresentado aumento nos últimos anos, atingindo valores que variam entre 2 por cento e 40 por cento e sendo mais frequente com o aumento da idade e entre as meninas. Há fortes evidências funcionais e anatômicas da presença de aterosclerose já na infância. sendo a dislipidemia o fator de risco de maior impacto em sua gênese. Além disso determinadas doenças e medicamentos modificam o metabolismo lipídico nessa população em direção a um perfil mais aterogênico. Critérios e valores de referência já foram propostos para caracterização dessas alterações metabólicas. O tratamento baseia-se inicialmente em dieta, atividade física e controle do peso, e quando indicado, pode-se utilizar medicamentos como estatinas, resinas, ezetimiba e nutracêuticos.