RESUMO
OBJETIVO: Estudar a morfologia do sistema biliar extra-hepático e do trígono cistohepático (triângulo de Calot) analisando a sua disposiçäo, variaçöes ou malformaçöes MÉTODOS: foram investigados 50 cadáveres adultos. RESULTADOS: em 47 casos (94 por cento) a junçäo hepato-cística se dava próxima ao hilo hepático. Em 3 casos (6 por cento), a junçäo entre esses ductos se dava distalmente, ao nível da ampola hepato-pancreática (ampola de Vater). O ângulo formado pela junçäo hepato-cística foi menor que 30 graus em 72,3 por cento dos casos; em 23,4 por cento , ficou entre 30 e 45 graus; em 2,1 por cento variou entre 45 e 60 graus e em 2,1 por cento foi maior do que 60 graus. A junçäo hepato-cística se fez, na maior parte dos casos, pela direita (59,6 por cento), seguida pela anterior (17 por cento), posterior (12,8 por cento) e esquerda (10,6 por cento). Em relaçäo aos componentes do trígono cistohepático, a artéria cística esteve presente em 56 por cento dos casos; a veia porta em 36 por cento; a artéria hepática direita em 34 por cento; a artéria hepática esquerda em 2 por cento e a artéria hepática própria em 2 por cento dos casos. O comprimento e o diâmetro do ducto cístico foi 2,53ñ 1,19cm e 0,29ñ 0,12cm, respectivamente. A prega espiral do ducto cístico ( válvula de Heister) foi observada em 80 por cento dos casos. O infundíbulo da vesícula biliar (bolsa de Hartmann) esteve presente em 74 por cento dos casos. Esses conhecimentos säo importantes, principalmente para os cirurgiöes que atuam nesta regiäo, através de videolaparoscopia. CONCLUSAO: No trígono cistohepático a artéria cística foi encontrada com mais freqüência.