RESUMO
RESUMO Objetivo analisar a associação dos aspectos sociodemográficos e capacidade funcional com a violência física em pessoas idosas hospitalizadas. Métodos estudo multicêntrico, transversal, com 323 pessoas idosas atendidas em dois hospitais universitários. Foram utilizados o Conflict Tactics Scales, as escalas para avaliação das atividades básicas e instrumentais de vida diária e um questionário adaptado para avaliação de atividades avançadas de vida diária. Os dados foram analisados por estatística descritiva e inferencial. Resultados as atividades individuais de vida diária estiveram associadas à violência física maior, apontando haver uma relação inversamente proporcional entre as variáveis, e pessoas idosas independentes para essas atividades são aquelas que não vivenciam violência física maior (p=0,037). Conclusão a independência funcional para as atividades instrumentais de pessoas idosas internadas apresenta relação com menor probabilidade de ser vítima de violência física. Contribuições para a prática o estudo aponta achados singulares na relação entre violência física e a capacidade funcional, de modo que cada tipo de atividade de vida diária pode resultar em um desfecho diferente para a violência física. Outrossim, ratifica-se a relevância de avaliações individuais e contextualizadas no ambiente hospitalar, o qual pode influenciar os fatores condicionantes a esse agravo.
ABSTRACT Objective to analyze the association of sociodemographic aspects and functional capacity with physical violence in hospitalized elderly people. Methods this was a multi-center, cross-sectional study of 323 elderly people treated at two university hospitals. The Conflict Tactics Scales, the scales for assessing basic and instrumental activities of daily living and a questionnaire adapted for assessing advanced activities of daily living were used. The data was analyzed using descriptive and inferential statistics. Results individual activities of daily living were associated with major physical violence, indicating an inversely proportional relationship between the variables, and independent elderly people for these activities are those who do not experience major physical violence (p=0.037). Conclusion the functional independence for instrumental activities of elderly inpatients is related to a lower probability of being a victim of physical violence. Contributions to practice the study points to unique findings in the relationship between physical violence and functional capacity, so that each type of activity of daily living can result in a different outcome for physical violence. It also confirms the importance of individual and contextualized assessments in the hospital environment, which can influence the conditioning factors for this condition.