RESUMO
Foram estudados 51 casos de infecçäo urinária, considerando-se diversos fatores, tais como: agente etiológico, localizaçäo da infecäo, fatores predisponentes, sexo, idade e raça. O diagnóstico da infecçäo do trato urinário (ITU) foi baseado no exame bacteriológico, sendo considerado positivo quando a amostra de urina, colhida com auxílio de cateter, apresentava acima de 10 elevado à quinta potência bactérias/ml. Dos animais examinados, quatro cäes apresentaram infecçäo mista, totalizando 55 microorganismos isolados. Escherichia coli foi a mais frequentemente isolada (35,3 por cento), seguida de Staphylococcus sp (23,5 por cento), Proteus mirabilis (15,7 por cento), Streptococcus sp (13,7 por cento), Klebsiella sp (9,8 por cento), Pseudomonas aeruginosa (3,9 por cento), Enterobacter cloacae (2,0 por cento), Citrobacter freundii (2,0 por cento) e Providencia rettgeri (2,0 por cento). Quanto à sensibilidade dos germes isolados frente a diversos agentes antimicrobianos, a norfloxacina e a gentamicina mostraram-se eficazes no tratamento de microorganismos Gram-negativos, enquanto a cefalotina e a nitrofurantoina foram mais eficazes contra bactérias Gram-positivas. Os animais que apresentaram maior frequência de ITU pertenciam às raças Cocker Spaniel e Pastor Alemäo, envolvendo mais machos do que fêmeas com predominância de pielonefrites. Embora as infecçöes urinárias tivessem sido observadas em todas as idades, houve um predomínio nos cäes de média idade. Observou-se ainda que a urolitíase foi um fator pré-disponente ou adjacente de ITU, envolvendo germes como Staphylococcus sp e Proteus mirabilis naqueles casos com pH urinário alcalino