RESUMO
Choque cardiogênico pós-infarto agudo do miocárdio ocorre em cerca de 8 "por cento" dos pacientes acometidos por infarto do miocárdio. Somente com o tratamento farmacológico, apresenta altas taxas de mortalidade. Medidas agressivas, intervencionistas, devem ser instituídas täo logo o diagnóstico seja feito. A reperfusäo pelo infarto, como terapêutica de primeira linha, promove expressiva reduçäo das taxas de mortalidade. Os métodos mais eficazes para se revascularizar o miocárdio säo angioplastia coronariana, uso de agentes trombolíticos e cirurgia para correçäo de complicaçöes mecânicas (comunicaçäo interventricular, insuficiência mitral). A estratégia de tratamento deve ser iniciada o mais precocemente possível com agentes farmacológicos, além da instalaçäo do baläo intra-aórtico, seguida de terapêutica definitiva (angioplastia ou trombolítico). Essa estratégia reduz as elevadas taxas de mortalidade hospitalar desses pacientes.
Assuntos
Humanos , Angioplastia , Doenças Cardiovasculares , Choque Cardiogênico/fisiopatologia , Fibrinolíticos , Infarto do Miocárdio , Revascularização Miocárdica , Choque Cardiogênico/diagnóstico , Disfunção VentricularRESUMO
Pacientes com doença cardíaca prévia podem apresentar certas limitaçöes em sua resposta hemodinâmica, frente ao estresse metabólico da cirurgia e dos agentes anestésicos. A demanda de oxigênio pelo miocárdio encontra-se elevada, em consequência do aumento dos níveis de catecolaminas, secundários à dor, à perda de volume e ao estresse cirúrgico como um todo. Em pacientes com cardiopatia isquêmica, podem acarretar o aparecimento de arritmias, ou entäo, de insuficiência cardíaca, quando existe disfunçäo ventricular esquerda. Cerca de 50 por cento dos óbitos associados com procedimentos cirúrgicos näo-cardíacos säo devidos a complicaçöes cardiovasculares. A mortalidade dos pacientes com doença cardíaca é, praticamente, duas vezes maior quando comparada com os pacientes sem doença cardíaca. Em vista desses fatos, avaliaçöes devem ser realizadas para se estimular sua reserva cardiopulmonar, antes de serem submetidos à cirurgia näo-cardíaca, otimizando-se, assim, o seu prognóstico. Hunter e col., num pequeno trabalho randomizado, mostraram que cerca de 38 por cento de paciente com indicaçäo para cirurgia näo cardíaca apresentavam evidências de doenças cardíacas, hipertensäo ou diabetes melito e 48 por cento apresentavam certas anormalidadesno eletrocardiograma pré-operatório.