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Intervalo de ano
1.
Rio de Janeiro; s.n; 2019. xvi, 95 p. ilus.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1052985

RESUMO

A Paleoparasitologia, o estudo de parasitos encontrados em materiais arqueológicos, foi criada como ramo da Parasitologia com o objetivo principal de estudar a origem e evolução de infecções parasitárias. Igualmente, a Paleogenética tendo como fonte de estudo o DNA antigo, tem fornecido informação genética não só do parasito, mas também do hospedeiro, da dieta e do ambiente. Estudos paleoparasitológicos em populações ancestrais têm contribuído com o conhecimento da origem, introdução e dispersão dos parasitos, assim como das migrações de seus hospedeiros humanos. O sítio arqueológico pré-colombiano Gruta do Gentio ll (GGII) (12,000 ­ 410 A.P.) possui vestígios de sepultamentos humanos, restos alimentares e artefatos culturais como cerâmicas. Coprólitos (fezes fossilizadas e dessecadas), foram encontrados distribuídos nas diversas camadas estratigráficas dos 16 setores escavados. Neste estudo, coprólitos (n=80) de diferentes morfologias e morfometrias foram submetidos a um sistema de classificação de coprólitos segundo Jouy-Avantin e colaboradores (2003). As amostras foram analisadas para a identificação da origem animal e de presença de parasitos gastrointestinais, com o objetivo de entender sobre o panorama de infeções parasitárias por helmintos e a paleoecologia do sítio arqueológico.


As amostras foram reidratadas e submetidas a análise paleoparasitológica por microscopia de luz, análise paleogenética por PCR e sequenciamento nucleotídico para a determinação da origem animal ou humana dos coprólitos. Foram identificados 669 fragmentos de coprólitos em 11 estratos, com 4 volumes distintos e 10 padrões de coloração. A análise paleoparasitológica demonstrou a presença de 5 táxons de parasitos: Capillariidae, Trichostrongylus sp., Ancylostomatidae, Echinostoma sp. e Spirometra sp. Os resultados paleogenéticos permitiram a identificação de coprólitos de diversos animais silvestres como onça pintada, jaguatirica, gambá de orelha branca e cuíca. Os gráficos de integração dos dados da paleoparasitologia e paleogenética no contexto arqueológico, são discutidos para propor um cenário paleoecológico da infecção no sitio GGII. O estudo contribui para um maior entendimento da dinâmica das infecções parasitárias no período précolombiano do Brasil. (AU)


Assuntos
Humanos , Animais , Paleontologia , Paleopatologia , Parasitologia , Genética
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