RESUMO
Os dados existentes na literatura sobre a influência do uso do eletrocautério nas taxas de infecção de feridas operatórias são conflitantes. Objetivamos com este trabalho determinar se o uso do eletrocautério para criar incisões abdominais está associado com maiores índices de infecção de feridas operatórias em relação ao bisturi. Para isso, foi realizado um estudo randomizado, envolvendo 204 pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos abdominais no Hospital Universitário de Santa Maria, no período de agosto de 1990 a novembro de 2000. Observamos o desenvolvimento de infecção da ferida operatória em 10 (10 por cento) dos 100 pacientes do grupo do bisturi e em 12 (11,5 por cento) dos 104 pacientes do grupo do eletrocautério. A diferença nas taxas de infecção não foi estatisticamente significativa.