RESUMO
Relatamos o caso de uma gestante de 26 anos apresentando episódios de sangramento vaginal, perda ponderal e dispnéia, que recebeu o diagnóstico de coriocarcinoma com metástases pulmonares. O nível de gonadotrofina coriônica (hCG) era >2,5 x 106mU/mL. O TSH era de 0,037mU/L (0,49 - 4,67), o T4 de 18,1ug/dL (4,9 - 10,7), e o T3 de 136ng/dL (45 - 137), confirmando o quadro de hipertireoidismo subclínico induzido pela hCG. A paciente foi submetida a um regime combinado de quimioterapia com etoposídeo, metotrexate e dactiomicina. A evolucão inicial foi complicada por um quadro de urosepsis com insuficiência respiratória, necessitando entubacão endotraqueal por 3 dias. Após, houve melhora progressiva com normalizacão dos testes de funcão tireoideana no 12º dia de internamento. Após 6 meses e 10 ciclos de quimioterapia, a paciente estava em remissão e sem sinais de tumor residual ou de atividade paraneoplásica dependente de hCG.
Assuntos
Adulto , Humanos , Feminino , Coriocarcinoma/secundário , Gonadotropina Coriônica , Hipertireoidismo/etiologia , Neoplasias Pulmonares/secundário , Neoplasias Uterinas/patologia , Receptores da Tireotropina/metabolismo , Testes de Função TireóideaRESUMO
No ano de 1996, foram diagnosticados três casos de crise tireotóxica (CT), no Serviço de Endocrinologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Os três pacientes eram jovens (idades entre 21 e 28 anos) e apresentaram uma evoluçao desfavorável, apesar das medidas terapêuticas adotadas. Tiveram também em comum o mesmo fator precipitante que foi infecçao pulmonar. Como a CT é uma emergência relativamente rara, estes três casos clínicos motivaram uma revisao dos aspectos fisiopatológicos, critérios diagnósticos, quadro clínico e tratamento desta condiçao.