RESUMO
Objetivo: investigar como as modalidades crioterapêuticas de bolsa de gelo (BG) e imersão em água gelada (IAG) influenciam na capacidade proprioceptiva de percepção de posicionamento articular de sujeitos saudáveis. Método: pesquisa observacional e analítica, realizada no Laboratório de Mecanoterapia do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade do Estado do Pará. Foi verificada a angulação articular do tornozelo de 15 indivíduos saudáveis, registrada pela fotogrametria em três posicionamentos da articulação do tornozelo: flexão máxima (FM), extensão máxima (EM) e a metade da amplitude entre FM e EM (1/2FE). Os posicionamentos articulares foram alcançados de forma ativa e sem ajuda visual. O registro foi realizado antes e depois da aplicação de duas modalidades crioterapêuticas, BG e IAG, na região do tornozelo, onde a temperatura da superfície da pele se manteve entre 5°C e 10°C durante 20 minutos. Aplicou-se o Teste t pareado, para analisar se houve alguma alteração dos ângulos mensurados após os protocolos crioterapêuticos. A sensibilidade tátil da pele foi aferida pelo estesiômetro antes e após os protocolos de aplicação do frio. Resultados: houve alteração da sensibilidade tátil cutânea de todos os indivíduos em ambos os protocolos, porém após o protocolo de IAG, 27% tiveram sensibilidade anormal ao teste estesiométrico e 73% mantiveram-se na faixa normal, enquanto que após o protocolo de BG apenas 7% tiveram sensibilidade anormal e 93% mantiveram-se com a sensibilidade preservada. Verificou-se alteração significativa no valor do ângulo articular de 1/2FE após o protocolo de BG e para EM após ambos os protocolos. Considerações finais: a aplicação da BG foi mais efetiva em alterar a sensação de posicionamento da articulação do tornozelo que a IAG. (AU)