Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 360
Filtrar
1.
Arq. bras. cardiol ; 104(1): 45-52, 01/2015. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS, SES-SP | ID: lil-741127

RESUMO

Background: Heart failure and atrial fibrillation (AF) often coexist in a deleterious cycle. Objective: To evaluate the clinical and echocardiographic outcomes of patients with ventricular systolic dysfunction and AF treated with radiofrequency (RF) ablation. Methods: Patients with ventricular systolic dysfunction [ejection fraction (EF) <50%] and AF refractory to drug therapy underwent stepwise RF ablation in the same session with pulmonary vein isolation, ablation of AF nests and of residual atrial tachycardia, named "background tachycardia". Clinical (NYHA functional class) and echocardiographic (EF, left atrial diameter) data were compared (McNemar test and t test) before and after ablation. Results: 31 patients (6 women, 25 men), aged 37 to 77 years (mean, 59.8±10.6), underwent RF ablation. The etiology was mainly idiopathic (19 p, 61%). During a mean follow-up of 20.3±17 months, 24 patients (77%) were in sinus rhythm, 11 (35%) being on amiodarone. Eight patients (26%) underwent more than one procedure (6 underwent 2 procedures, and 2 underwent 3 procedures). Significant NYHA functional class improvement was observed (pre-ablation: 2.23±0.56; postablation: 1.13±0.35; p<0.0001). The echocardiographic outcome also showed significant ventricular function improvement (EF pre: 44.68%±6.02%, post: 59%±13.2%, p=0.0005) and a significant left atrial diameter reduction (pre: 46.61±7.3 mm; post: 43.59±6.6 mm; p=0.026). No major complications occurred. Conclusion: Our findings suggest that AF ablation in patients with ventricular systolic dysfunction is a safe and highly effective procedure. Arrhythmia control has a great impact on ventricular function recovery and functional class improvement. .


Fundamento: Insuficiência cardíaca e fibrilação atrial (FA) frequentemente coexistem em um ciclo deletério. Objetivo: Avaliar a evolução clínica e ecocardiográfica de portadores de disfunção ventricular e FA tratados com ablação por radiofrequência (RF). Métodos: Portadores de disfunção sistólica [fração de ejeção (FE) < 50%] e FA rebelde a tratamento clínico foram submetidos à ablação por RF escalonada em três etapas na mesma sessão com isolamento das veias pulmonares, ablação dos ninhos de FA, pesquisa e ablação de taquicardias atriais e "taquicardia de background". Os dados clínicos (classe funcional da NYHA) e ecocardiográficos (FE; diâmetro do átrio esquerdo) pré- e pós-procedimento foram comparados (teste de McNemar e teste t, respectivamente). Resultados: 31 pacientes (6 mulheres, 25 homens) de 37 a 77 anos (média, 59,8 ± 11 anos) foram submetidos à ablação por RF. A cardiopatia foi predominantemente idiopática (19 p; 61%). Na evolução média de 20,3 ± 17 meses, 24 pacientes (77%) estavam em ritmo sinusal, sendo 11 (35%) com amiodarona. Oito pacientes (26%) foram submetidos a mais de um procedimento (6 submetidos a 2 procedimentos e 2 a 3 procedimentos). Observou-se melhora expressiva da classe funcional da NYHA (pré-ablação: 2,23 ± 0,56; pós: 1,13 ± 0,35; p < 0,0001). A avaliação ecocardiográfica evolutiva também mostrou melhora significativa da função ventricular (FE pré: 44,68% ± 6,02%; pós: 59% ± 13,2%; p = 0,0005) e redução significativa no diâmetro do átrio esquerdo (pré: 46,61 ± 7,3 mm; pós: 43,59 ± 6,6 mm; p = 0,026). Não ocorreram complicações maiores. Conclusão: Os resultados deste estudo sugerem que ablação de FA em portadores de disfunção ventricular seja um procedimento seguro e com eficácia elevada a médio prazo. O controle da arritmia tem grande impacto na recuperação da função ventricular e na melhora clínica avaliada pela classe funcional. .


Assuntos
Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Fibrilação Atrial/cirurgia , Ablação por Cateter/métodos , Insuficiência Cardíaca Sistólica/cirurgia , Disfunção Ventricular/cirurgia , Fibrilação Atrial/fisiopatologia , Fibrilação Atrial , Ecocardiografia Transesofagiana , Eletrocardiografia , Átrios do Coração/fisiopatologia , Átrios do Coração , Insuficiência Cardíaca Sistólica/fisiopatologia , Insuficiência Cardíaca Sistólica , Estudos Retrospectivos , Estatísticas não Paramétricas , Volume Sistólico/fisiologia , Fatores de Tempo , Resultado do Tratamento , Disfunção Ventricular/fisiopatologia , Disfunção Ventricular
3.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 18(2): 157-164, jun. 2010.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-559921

RESUMO

Introdução: Reportamos a incidência e preditores de nova revascularização da lesão-alvo (RLA) numa coorte de pacientes do mundo real tratados com stents farmacológicos (SF). Método: Entre maio de 2002 e fevereiro de 2010, 3.320 pacientes de único centro foram submetidos a intervenção percutânea (ICP), eletiva ou de urgência, com implante de 5.320 SF (Cypher, 83%; Taxus, 9%; Xience V/Promus, 3%; Endeavor, 4%; BioMatrix, 1%). O seguimento clínico de até oito anos (mediana, 3,4 anos) foi completo em 98% do grupo e 129 pacientes (3,88%) foram submetidos a RLA. Resultados: Entre os pacientes com RLA, 33% tinham diabetes, 10% eram portadores de insuficiência renal e 61%, de doença em múltiplos vasos. A artéria descendente anterior foi o vaso mais frequentemente tratado (33%), e 72,3% das lesões eram de alta complexidade (tipo B2/C). Nesse grupo, foram implantados 214 SF em 191 lesões e 45% dos pacientes receberam múltiplos stents. Na análise univariada, os preditores de RLA foram: diabetes melito [razão de risco (RR) 1,88, intervalo de confiança (IC) de 95% 1,08-3,27; P = 0,025), uso do stent Taxus (RR 1,73, IC 95% 1,20-2,50; P = 0,003), lesão ostial (RR 1,82, IC 95% 1,1-2,98; P = 0,018), ponte de safena (RR 2,36; IC 95% 1,55-3,50; p = 0,0001), e lesões reestenóticas (RR 1,95, IC 95% 1,17-3,24; P = 0,009). Após análise multivariada, permaneceram como preditores independentes: diabetes melito, uso do stent Taxus e tratamento de lesões em pontes de safena (RR 1,64, IC 95% 1,14-2,35; P = 0,008). Conclusão: No registro DESIRE, a RLA em pacientes complexos tratados com SF foi baixa, e o diabetes melito, o tratamento de lesões em ponte de safena e o uso de SF Taxus foram os únicos preditores de RLA no acompanhamento clínico de até oito anos.


Background: We report the incidence and predictors of target lesion revascularization (TLR) in a cohort of realworld patients treated with drug eluting stents (DES). Method: From May 2002 to February 2010, 3,320 patients were treated with elective or emergency percutaneous coronaryintervention (PCI) and 5,320 DES (Cypher, 83%; Taxus, 9%; Xience V/Promus, 3%; Endeavor, 4%; BioMatrix, 1%) were implanted in a single center. The clinical follow-up of upto eight years (median time 3.4 years) was concluded in 98% patients of the group and 129 patients (3.88%) weresubmitted to TLR. Results: Of the patients with TLR, 33% had diabetes, 10% had chronic kidney disease and 61% had multivessel disease. The left anterior descending artery was the most frequent target vessel (33%) and 72.3% of the lesions were complex lesions (type B2/C). In this group,214 DES were implanted in 191 lesions and 45% of the patients received multiple stents. In the univariate analysis, TLR predictors were: diabetes mellitus [relative risk (RR) 1.88, 95% confidence interval (CI) 1.08-3.27; P = 0.025], use of Taxus stents (RR 1.73, 95% CI 1.20-2.50; P = 0.003), ostial lesion (RR 1.82, 95% CI 1.1-2.98; P = 0.018), saphenous bypass graft (RR 2.36, 95% CI 1.55-3.50; P = 0.0001), and restenotic lesions (RR 1.95, 95% CI 1.17-3.24; P = 0.009). After the multivariate analysis, the independent predictors were: diabetes mellitus, use of Taxus stents and treatment of lesions in saphenous bypass grafts (RR 1.64, 95% CI, 1.14-2.35; P = 0.008). Conclusion: In the DESIRE registry,TLR in complex patients treated with DES was low and diabetes mellitus, treatment of lesions in saphenous bypass grafts and the use of Taxus stents were the only TLR predictors in the clinical follow-up of up to 8 years.


Assuntos
Humanos , Masculino , Reestenose Coronária , Stents Farmacológicos/normas , Angioplastia/métodos , Aspirina/administração & dosagem , Estudos Prospectivos
4.
Rev. Soc. Bras. Clín. Méd ; 8(2)mar.-abr. 2010. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-543991

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A prevalência de fibrilação atrial (FA) no pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) varia de 20% a 40%. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de FA sintomática após CRM e descrever o perfil clínico e a evolução hospitalar dos pacientes com essa arritmia.MÉTODO: Estudo de coorte, longitudinal, observacional, retrospectivo, descritivo realizado a partir de informações de um registro de mundo real de 5.330 pacientes, submetidos à CRM eletiva no período de janeiro de 1995 a abril de 2009. Avaliaram-se a prevalência de FA sintomática no pós-operatório de CRM, o perfil clínico e a evolução hospitalar dos pacientes.RESULTADOS: A prevalência de FA sintomática no pós-operatório foi 6,3% (493), sendo 78% do sexo masculino, e 22% do sexo feminino. A idade média foi 68 ± 9 anos. As principais comorbidades pré-operatórias foram: hipertensão arterial sistêmica (76%), dislipidemia (51%), infarto do miocárdio prévio (40%), tabagismo (35%), diabetes mellitus (32%), CRM prévia (18%), intervenção coronariana percutânea prévia (12%). As principais complicações hospitalares observadas foram: insuficiência cardíaca (13%), ventilação mecânica prolongada (12%), insuficiência renal aguda (11%), acidente vascular encefálico (9,3%), infarto agudo do miocárdio (5,5%), sangramento aumentado (4%). O tempo de permanência na unidade de terapia intensiva foi 16 ± 15 dias e a mortalidade hospitalar de 6%.CONCLUSÃO: Na população estudada a prevalência de FA foi menor do que a referida classicamente na literatura. Os pacientes com FA eram idosos, a maioria do sexo masculino, hipertensos e dislipidêmicos. A mortalidade hospitalar foi elevada, sugerindo ser esse um subgrupo de maior risco.(AU)


BACKGROUND AND OBJECTIVES: The prevalence of atrial fibrillation (AF) in postoperative period of coronary artery bypass graft (CABG) ranges between 20% and 40%. AF increases morbidity and mortality after CABG. This objective of study to evaluate the prevalence of symptomatic AF in postoperative period of CABG, and describe the demographic data, morbidity and mortality of patients who presented this type of arrhythmia.METHOD: This is observational cohort study, which was made from information of our institutional registry of AF after CABG. This registry have enrolled 5,330 patients underwent CABG between January 1995 and April 2009. We evaluate the in-hospitalar prevalence of symptomatic AF, demographic data, morbidity and mortality of the patients.RESULTS: The inhospital prevalence of symptomatic atrial fibrillation was 6.3% (493 patients). There were more men (78%) than women (22%) and the mean age was 68 ± 9 years. The analysis of demographic data showed: high blood pressure (76%), dyslipidemia (51%), previous myocardium infarction (40%), smoking (35%), diabetes mellitus (32%), previous CABG (18%), previous percutaneous coronary intervention (12%). The most common adverse events were: heart failure (13%), prolonged mechanical ventilation (12%), acute renal failure (11%), stroke (9.3%), acute myocardial infarction (5.5%), and increased bleeding (4%). The mean time at intensive care unit was 16 ± 15 days. The inhospital mortality was 6%.CONCLUSION: The prevalence of atrial fibrillation inhospital period of CABG was low and less than the classical data of literature. Patients who presented AF were male, older, with systemic arterial hypertension and dyslipidemia.(AU)


Assuntos
Humanos , Fibrilação Atrial/epidemiologia , Perfil de Saúde , Revascularização Miocárdica/reabilitação , Epidemiologia Descritiva , Estudos Retrospectivos , Estudos de Coortes , Estudos Longitudinais
5.
Arq. bras. cardiol ; 94(3): 352-356, mar. 2010. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-545822

RESUMO

FUNDAMENTOS: A despeito do avanço no diagnóstico e na terapêutica da sepse nos últimos anos, a morbidade e mortalidade são elevadas. OBJETIVO: Avaliar a prevalência, a evolução hospitalar e o prognóstico de pacientes que apresentaram sepse no pós- operatório de cirurgia cardíaca. MÉTODOS: Trata-se de um registro prospectivo que incluiu pacientes (n = 7.332) submetidos à cirurgia cardíaca (valvar ou coronariana) entre janeiro de 1995 e dezembro de 2007. Utilizamos os critérios clássicos de diagnóstico de sepse para identificar os pacientes que evoluíram com tal enfermidade e avaliamos as comorbidades pré-operatórias, a evolução hospitalar e o prognóstico. RESULTADOS: A sepse ocorreu em 29 pacientes (prevalência = 0,39 por cento). O sexo masculino predominou sobre o feminino (79 por cento vs. 21 por cento). A idade média foi de 69 ± 6,5 anos. As principais comorbidades pré-operatórias eram: hipertensão arterial sistêmica (79 por cento), dislipidemia (48 por cento) e antecedente familiar de doença arterial coronariana (38 por cento). O índice Apache médio foi de 18 ± 7, enquanto o Sofa indicou 14,2 ± 3,8. O foco infeccioso primário foi pulmonar em 19 pacientes (55 por cento). Houve 19 culturas positivas, e a média de hidratação endovenosa nas primeiras 24 horas foi de 1.016 ± 803 ml. As principais complicações foram: insuficiência renal aguda (65 por cento), síndrome de baixo débito cardíaco (55 por cento) e arritmia ventricular maligna (55 por cento). A mortalidade foi de 79 por cento (23 pacientes). CONCLUSÃO: A sepse após cirurgia cardíaca foi um evento raro, porém com desfechos clínicos catastróficos. O índice elevado de morbidade e mortalidade revelou a necessidade de um aprimoramento no tratamento, visando melhorar a evolução clínica dos pacientes.


BACKGROUND: In spite of the advances in sepsis diagnosis and treatment in the last years, the morbidity and mortality are still high. OBJECTIVE: To assess the prevalence, in-hospital evolution and prognosis of patients that presented sepsis in the postoperative period of cardiac surgery. METHODS: This is a prospective study that included patients (n = 7,332) submitted to cardiac surgery (valvular or coronary) between January 1995 and December 2007. The classic criteria of sepsis diagnosis were used to identify the patients that developed such condition and the preoperative comorbidities, in-hospital evolution and prognosis were evaluated. RESULTS: Sepsis occurred in 29 patients (prevalence = 0.39 percent). There was a predominance of the male when compared to the female sex (79 percent vs. 21 percent). Mean age was 69 ± 6.5 years. The main preoperative comorbidities were: systemic arterial hypertension (79 percent), dyslipidemia (48 percent) and family history of coronary artery disease (38 percent). The mean Apache score was 18 ± 7, whereas the Sofa score was 14.2 ± 3.8. The primary infectious focus was pulmonary in 19 patients (55 percent). There were 19 positive cultures and the mean IV hydration during the first 24 hours was 1,016 ± 803 ml. The main complications were acute renal failure (65 percent), low cardiac output syndrome (55 percent) and malignant ventricular arrhythmia (55 percent). Mortality was 79 percent (23 patients). CONCLUSION: The occurrence of sepsis after cardiac surgery was a rare event; however, its occurrence showed catastrophic clinical outcomes. The high morbidity and mortality showed the need to improve treatment, aiming at patients' better clinical evolution.


Assuntos
Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Procedimentos Cirúrgicos Cardíacos/efeitos adversos , Complicações Pós-Operatórias/epidemiologia , Sepse/epidemiologia , APACHE , Brasil/epidemiologia , Doença das Coronárias/complicações , Doença das Coronárias/cirurgia , Período Pós-Operatório , Prevalência , Estudos Prospectivos , Complicações Pós-Operatórias/classificação , Resultado do Tratamento
6.
Arq. bras. cardiol ; 91(4): 234-237, out. 2008. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: lil-496595

RESUMO

FUNDAMENTO: O acidente vascular encefálico (AVE) é uma temida complicação após cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM), com incidência entre 1,3 por cento e 4,3 por cento. OBJETIVO: Identificar fatores preditores de AVE após CRM, na era moderna da cirurgia cardíaca. MÉTODOS: Este é um estudo caso-controle de 65 pares de pacientes, no qual o pareamento foi realizado por sexo, idade (+ 3 anos) e data da CRM (+ 3 meses). Os casos são pacientes submetidos à CRM eletiva com circulação extracorpórea (CEC), que apresentaram AVE (definido como déficit clínico neurológico até 24 horas de pós-operatório e confirmado por exame de imagem), e os controles aqueles submetidos à CRM eletiva com CEC sem AVE. RESULTADOS: A análise univariada revelou que o número de vasos revascularizados foi associado com a ocorrência de AVE após a CRM (3 ± 0,8 vs. 2,76 ± 0,8, p = 0,01). Na análise multivariada por regressão logística condicional, a hipertensão arterial sistêmica [OR: 6,1 (1,5 - 24), p = 0,009] e o diabete melito [OR: 3,1 (1,09 - 11), p= 0,03] foram determinantes de maior chance de AVE após CRM, e o infarto agudo do miocárdio > 1 mês determinante de menor chance [OR: 0,1 (0,03 - 0,36), p = 0,003]. CONCLUSÃO: Hipertensão e diabete melito foram identificados como preditores independentes de AVE nas primeiras 24 horas de pós-operatório de CRM. Em pacientes com tais fatores de risco, é possível que o conhecimento dos mecanismos causadores da injúria cerebral represente uma estratégia capaz de diminuir a incidência de AVE após CRM.


BACKGROUND: Stroke is a feared complication after coronary artery bypass grafting surgery (CABG), with an incidence between 1.3 and 4.3 percent. OBJECTIVE: To identify predictive factors for stroke after CABG in the modern era of cardiac surgery. METHODS: This is a case-control study of 65 pairs of patients, paired by sex, age (+ 3 years) and date of CABG (+ 3 months). The cases were patients submitted to elective CABG with extracorporeal circulation (ECC) that presented stroke (defined as clinical neurological deficit up to 24 hours post-operatively and confirmed by imaging assessment) and the controls were those individuals submitted to elective CABG with ECC, but without stroke. RESULTS: The univariate analysis demonstrated that the number of revascularized vessels was associated with the occurrence of stroke after the CABG (3 ± 0.8 vs. 2.76 ± 0.8, p = 0.01). The multivariate analysis by conditional logistic regression showed that systemic arterial hypertension (SAH) [OR: 6.1 (1.5 - 24), p = 0.009] and diabete mellitus (DM) [OR: 3.1 (1.09 - 11), p= 0.03] were the determinants of the highest chance of stroke after CABG, whereas acute myocardial infarction (AMI) > 1 month, was the determinant of the lowest chance of stroke [OR: 0.1 (0.03 - 0.36), p = 0.003]. CONCLUSION: Hypertension and diabete mellitus were identified as independent predictors of stroke within the first 24 postoperative hours after CABG. In patients with such risk factors, it is possible that the knowledge of the causal mechanisms of brain injury represents a strategy capable of decreasing the incidence of stroke after CABG.


Assuntos
Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Ponte de Artéria Coronária , Acidente Vascular Cerebral/etiologia , Estudos de Casos e Controles , Complicações do Diabetes , Hipertensão/complicações , Modelos Logísticos , Período Pós-Operatório , Valor Preditivo dos Testes , Fatores de Risco , Acidente Vascular Cerebral/diagnóstico , Fatores de Tempo
7.
Arq. bras. cardiol ; 91(1): 18-24, jul. 2008. ilus, graf, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-486804

RESUMO

FUNDAMENTO: A transposição das grandes artérias é a cardiopatia congênita cianogênica mais freqüente no período neonatal, correspondendo a 7 por cento de todas as cardiopatias congênitas. Dentre as operações para tratamento cirúrgico, a operação de Jatene, com correção arterial, é o tratamento escolhido. Durante a evolução pós-operatória tardia, alguns problemas foram observados, sendo o mais comum a ocorrência de estenose supravalvar na neopulmonar, independentemente do tipo da técnica cirúrgica utilizada. OBJETIVO: Estudar e analisar a prevalência da estenose, bem como descrever o tratamento cirúrgico e propor manobras técnicas para prevenir seu aparecimento. MÉTODOS: Dentre 553 pacientes operados, 409 tiveram alta hospitalar e 281 seguidos tardiamente; 59 (20,9 por cento) apresentaram diferentes graus de estenose supravalvar pulmonar e 21 gradiente médio superior a 60 mmHg, necessitando tratamento cirúrgico. Dependendo da localização e da anatomia da estenose, o tratamento cirúrgico constou de aplicação de diferentes técnicas, como ampliação das áreas de estenose com remendos de pericárdio bovino, ressecção de áreas estenóticas e anastomose término-terminal, substituição de remendos retraídos e de tubos sintéticos. RESULTADOS: Houve boa evolução em 20 pacientes, com óbito em um dos casos. CONCLUSÃO: Conclui-se que a estenose supravalvar pulmonar pós-operação de Jatene para transposição das grandes artérias teve prevalência de 20,9 por cento. Uma vez identificada e com indicação de tratamento, pode ser tratada cirurgicamente com baixa mortalidade, mediante diferentes técnicas cirúrgicas. Para prevenir a ocorrência de estenose, propõem-se ampla dissecção e liberação dos ramos pulmonares, anastomoses amplas, remendos amplos de pericárdio autólogo e cuidado na reconstrução da neoaorta, evitando compressão da neopulmonar.


BACKGROUND: The Transposition of the Great Arteries is the most frequent congenital cyanogenic cardiopathy in the neonatal period, corresponding to 7 percent of all congenital cardiopathies. Among the operations for surgical treatment, the Jatene operation, with arterial correction, is the treatment of choice. During the late postoperative evolution, some problems were observed, with the most common being the occurrence of supravalvular stenosis at the neopulmonary, regardless of the type of surgical technique used. OBJECTIVE: To study and analyze the prevalence of stenosis, as well as describe the surgical treatment and propose technical maneuvers to prevent its onset. METHODS: Of the 553 patients that underwent surgery, 409 were discharged from the hospital and 281 had late follow-up; 59 (20.9 percent) presented different degrees of supravalvular pulmonary stenosis and 21 had a mean gradient > 60 mmHg, needing surgical treatment. Depending on the location and anatomy of the stenosis, the surgical treatment consisted of the use of different techniques, such as the enlargement of stenosis areas with bovine pericardium patches, resection of stenotic areas and termino-terminal anastomosis, replacement of retracted patches and synthetic tubes. RESULTS: Twenty patients presented good evolution and only one patient died. CONCLUSION: It can be concluded that the supravalvular pulmonary stenosis, post-Jatene operation for Transposition of Great Arteries, had a prevalence of 20.9 percent; once identified and with indication for treatment, it can be treated surgically with low mortality levels, through different surgical techniques; to prevent the occurrence of stenosis, ample dissection and release of the pulmonary branches, double anastomoses, large patches of autologous pericardium and careful reconstruction of the aorta are proposed, which prevents the compression of the neopulmonary.


Assuntos
Animais , Bovinos , Criança , Humanos , Artéria Pulmonar/cirurgia , Estenose da Valva Pulmonar/cirurgia , Transposição dos Grandes Vasos/cirurgia , Brasil/epidemiologia , Seguimentos , Espectroscopia de Ressonância Magnética , Pericárdio , Complicações Pós-Operatórias , Período Pós-Operatório , Prevalência , Artéria Pulmonar/patologia , Estenose da Valva Pulmonar/epidemiologia , Estenose da Valva Pulmonar/etiologia , Transposição dos Grandes Vasos/complicações
8.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 16(2): 144-154, abr.-jun. 2008. graf, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-498767

RESUMO

Fundamentos: Reportamos a incidência e os preditores de trombose de stent numa grande coorte de pacientes complexos tratados com stents farmacológicos (SF) no "mundo real", Métodos: Entre maio de 2002 e janeiro de 2008, 2.365 pacientes não selecionados com maior ou menor lesão coronária com estenose maior ou menor 50 por cento tratados com ST. O seguimento clínico até cinco anos (média 2,2 mais ou menos 1,5 anos) foi completado em 98,3 por cento. Resultados: Entre os pacientes avaliados 29 por cento tinham diabetes, 60 por cento eram portadores de doença multiarterial e 40 por cento apresentavam síndrome coronária aguda (15 por cento, infarto agudo do miocárdio [IAM]). A artéria descendente anterior foi o vaso-alvo mais frequentemente tratado (35,8 por cento) e 67 por cento das lesões eram de alta complexidade (tipo B2/C). No total, 3.634 SF foram implantados e 40 por cento dos pacientes receberam múltiplos stents. A trombose de stent (classificação Academic Research Consortium) incidiu em 1,6 por cento (n igual 38), 60,5 por cento com confirmação angiográfica...


Background: We report the incidence of stent thrombosis (ST) predictors in a large cohort of complex patients treated with drug eluting stents (DES) in the real world. Methods: From May 2002 until January 2008, 2,365 non-selected patients with ≥ 1 coronary lesion with stenosis of ≥ 50% were treated with DES. The clinical follow-up up to five years (mean time 2.2 ± 1.5 years) was completed in 98.3%. Results: Twenty nine percent of patients had diabetes and 60% multi-vessel disease, 40% presented acute coronary syndrome (15%, acute myocardial infarction [AMI]). The anterior descending artery was the target vessel most frequently treated (35.8%), and 67% were complex lesions (Type B2/C). In all, 3,634 DES were implanted and 40% received multiple stents. Stent thrombosis (classification ofthe Academic Research Consortium) occurred in 1.6% (n = 38), 60.5% with angiographic confirmation, 42% occurred between 1 and 12 months and 47% of the events had a fatal outcome. The independent predictors of ST were: current smoking [relative risk (RR) 2.59; 95% confidence interval (CI) 1.18-5.67; p = 0.018], AMI intervention (RR 3.50; 95% CI 1.31-9.40; p = 0.013), moderate to severe calcification (RR 2.38; 95% CI 1.34-4.23; p = 0.003), excentric lesion (RR 1.86; 95% CI 1.03-3.34; p = 0.039), > 1 DES implanted per myocardial territory (RR 1.81; 95% CI 1.09-3.02; p = 0.023), post-dilatation (RR 0.50; 95% CI 0.29-0.90; p = 0.020) and intra-stent residual stenosis [RR 1.04 (per % unit increase); 95% CI 1.01-1.06; p = 0.003]. Conclusions: In this real world prospective registry, the cumulative incidence of stent thrombosis up to 5 year follow-up was...


Assuntos
Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Angioplastia Coronária com Balão , Trombose/complicações , Stents
9.
Arq. bras. cardiol ; 89(3): 140-150, set. 2007. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS, SES-SP | ID: lil-462004

RESUMO

FUNDAMENTO: Através de mapeamento espectral-(ME) endocárdico em ritmo sinusal, observam-se dois tipos de miocárdio atrial: o compacto de espectro liso e o fibrilar de espectro segmentado ("Ninho de FA" [NFA]). Durante a FA o compacto tem ativação organizada e baixa freqüência (passivo) enquanto o fibrilar apresenta ativação bastante desorganizada e alta freqüência (ativo/ressonante) sendo ambos ativados por uma taquicardia protegida de alta freqüência, taquicardia de background (TB). OBJETIVO: Descrever o tratamento da FA pela ablação dos NFA e da TB. MÉTODOS: 1) Ablação por cateter-RF [4/8mm-60°/30-40J/30s] dos NFA guiada por ME em ritmo sinusal, fora das veias pulmonares; 2) Estimulação atrial-300ppm; 3) Ablação adicional de NFA se induzida FA; 4) Ablação focal se induzida TB e/ou Flutter; 5) Seguimento clínico+ECG+Holter. RESULTADOS: Foram tratados 50±18 NFA/paciente. Após 11,3±8m 81p (88 por cento) estavam sem FA (28,3 por cento com antiarrítmico). Após a ablação dos NFA: a FA não foi reinduzida em 61p(71 por cento); TB foi induzida e tratada em 24p(26 por cento). Ocorreram 2 sangramentos pericárdicos (1 tratado clinicamente e 1 cirurgicamente) ocasionados por bainhas não mais utilizadas. CONCLUSÃO: O ME em ritmo sinusal ablaciona os NFA. Durante a FA os NFA apresentam um padrão reativo-ressonante e o miocárdio compacto apresenta-se passivo, estimulados pela alta freqüência da TB. Após a ablação dos NFA e da TB não foi possível reinduzir FA sustentada. A ablação dos NFA fora das VP se mostrou segura e altamente eficiente para a cura e/ou o controle clínico da FA.


BACKGROUND: Two types of myocardia can be observed through the endocardial spectral mapping (SM) in sinus rhythm: the compact type with a smooth spectrum and the fibrillar type with a segmented spectrum (atrial fibrillation nests). During the atrial fibrillation (AF), the compact type has an organized activation and low frequency (passive), whereas the fibrillar type has a rather disorganized activation and high frequency (active/resonant), with both being activated by high-frequency sustained tachycardia - the background tachycardia (BT). OBJECTIVE: To describe the treatment of AF by the ablation of the AF nests and BT. METHODS: 1) Catheter ablation of the AF nests with RF [4/8mm-60°/30-40J/30s] guided by SM in sinus rhythm, outside the pulmonary vein; 2) atrial stimulation -300ppm; 3) Additional ablation of the AF nests if AF is induced; 4) Focal ablation if BT and/or Flutter is induced; 5)Clinical follow-up+ ECG+ Holter. RESULTS: A total of 50±18 AF nests/patient were treated. After 11.3±8m, 81 patients (88 percent) did not present AF (28.3 percent with antiarrhythmic drugs). After the ablation of the AF nests, AF was not reinduced in 61 patients (71 percent) and BT was induced and treated in 24 patients (26 percent). There were two episodes of pericardial bleeding (1 treated clinically and 1 surgically), caused by sheaths that are no longer used CONCLUSION: The SM in sinus rhythm can be used in the ablation of AF nests. During the AF, the AF nests present a reactive-resonant pattern and the compact myocardium is passive, stimulated by the high frequency of the BT. After the ablation of the AF nests and the BT, it was not possible to reinduce the sustained AF. The Ablation of AF nests outside the pulmonary veins showed to be safe and highly effective in the cure and/or clinical control of the AF.


Assuntos
Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Fibrilação Atrial/cirurgia , Ablação por Cateter/métodos , Taquicardia/cirurgia , Fibrilação Atrial/fisiopatologia , Ablação por Cateter/efeitos adversos , Ablação por Cateter/normas , Eletrocardiografia , Técnicas Eletrofisiológicas Cardíacas , Seguimentos , Veias Pulmonares/cirurgia , Taquicardia/fisiopatologia
11.
Arq. bras. cardiol ; 89(1): 16-21, jul. 2007. graf, tab
Artigo em Português | LILACS, SES-SP | ID: lil-459811

RESUMO

OBJETIVO: Identificar fatores associados à maior chance de óbitos hospitalares em pacientes submetidos a revascularização cirúrgica do miocárdio (RM), que tenham apresentado fibrilação atrial (FA) no pós-operatório. MÉTODOS: No período de 2000 a 2003, foi analisada uma série consecutiva de 397 pacientes submetidos a RM que desenvolveram FA no pós-operatório. Esses pacientes foram divididos em dois grupos (G), sendo o G1 formado pelos pacientes que sobreviveram (n=369) e o G2, por aqueles que faleceram na fase hospitalar (n=28). Foram realizados os testes t de Student e do qui-quadrado, sendo p significativo quando < 0,05. RESULTADOS: A análise comparativa entre o G1 e o G2 demonstrou não haver diferença entre os grupos quanto a idade (67,3 ± 8,4 anos vs 69,3 ± 9,6 anos; p = 0,4), sexo masculino (75,9 por cento vs 64,3 por cento; p = 0,1), hipertensão arterial sistêmica (75,3 por cento vs 85,7 por cento; p = 0,2) e insuficiência cardíaca congestiva (17 por cento vs 17 por cento; p = 1). O G2 apresentou maiores taxas de infarto agudo do miocárdio prévio (14,6 por cento vs 28,6 por cento; p = 0,05), fração de ejeção do ventrículo esquerdo < 40 por cento (12,2 por cento vs 32,1 por cento; p = 0,003), acidente vascular encefálico prévio (0,8 por cento vs 17,9 por cento; p = 0,03), intervenção coronariana percutânea prévia (19,5 por cento vs 39,3 por cento; p = 0,01), e revascularização cirúrgica do miocárdio prévia (19,3 por cento vs 35,7 por cento; p = 0,03). CONCLUSÃO: Antecedentes de infarto agudo do miocárdio, RM, intervenção coronariana percutânea, acidente vascular encefálico e déficit ventricular grave foram mais freqüentes no grupo que faleceu na fase hospitalar, sugerindo possível associação entre esses fatores e maior chance de óbito no pós-operatório de RM.


OBJECTIVE: To identify factors associated with a higher likelihood of in-hospital death in patients submitted to coronary artery bypass graft surgery (CABG) who developed atrial fibrillation (AF) postoperatively. METHODS: The authors analyzed data from 397 consecutive patients submitted to CABG that developed AF postoperatively between 2000 and 2003. The patients were divided into 2 groups: group 1 (G1) comprised patients who survived (n=369); and group 2 (G2) comprised patients who died during hospital stay (n=28). Statistical analysis was performed using Student's t test and chi-square test, and p values < 0.05 were considered significant. RESULTS: A comparative analysis between G1 and G2 showed that there was no difference between the groups as regards age (67.3 ± 8.4 versus 69.3 ± 9.6; p = 0.4), male gender (75.9 percent versus 64.3 percent; p = 0.1), systemic arterial hypertension (75.3 percent versus 85.7 percent; p = 0.2) and congestive heart failure (17 percent versus 17 percent; p = 1). Group 2 presented higher rates for previous acute myocardial infarction (14.6 percent versus 28.6 percent; p = 0.05), left ventricular ejection fraction < 40 percent (12.2 percent versus 32.1 percent; p = 0.003), previous cerebrovascular accident (0.8 percent versus 17.9 percent; p = 0.03), previous percutaneous coronary intervention (19.5 percent versus 39.3 percent; p = 0.01) and previous CABG (19.3 percent versus 35.7 percent; p = 0.03). CONCLUSION: Clinical history of acute myocardial infarction, CABG, percutaneous coronary intervention, cerebrovascular accident and severe ventricular dysfunction were significantly more frequent in the group that died during hospital stay, which suggests a possible association of these factors with a higher likelihood of death following CABG.


Assuntos
Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Fibrilação Atrial/mortalidade , Doença das Coronárias/cirurgia , Mortalidade Hospitalar , Antiarrítmicos/uso terapêutico , Fibrilação Atrial/tratamento farmacológico , Fibrilação Atrial/etiologia , Transtornos Cerebrovasculares/complicações , Ponte de Artéria Coronária/efeitos adversos , Doença das Coronárias/diagnóstico , Métodos Epidemiológicos , Infarto do Miocárdio/complicações , Período Pós-Operatório , Fatores de Tempo , Disfunção Ventricular/complicações
12.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 15(1): 35-43, jan.-mar. 2007. tab, graf
Artigo em Português | LILACS, SES-SP | ID: lil-452027

RESUMO

cirurgia em relação à ocorrência de eventos cardíacos maiores, embora novos procedimentos de revascularização sejam mais freqüentes nos primeiros. Objetivo: Avaliar os resultados a longo prazo da revascularização percutânea com o implante de stents coronários versus a cirurgia no tratamento da doença multiarterial, verificando a incidência de morte, infarto do miocárdio (IAM), acidente vascular encefálico (AVE) e a realização de novas intervenções.Método: Estudo randomizado realizado no período de abril/ 1997 a junho/1998, no qual foram incluídos 66 pacientes multivasculares submetidos ao implante de stents não farmacológicos (33 P) e à cirurgia (33 P). Resultados: Ao final de um período médio de acompanhamento clínico de 8 anos, constatamos que não ocorreram diferenças significativas na sobrevivência livre de eventos cardiovasculares maiores (morte, IAM e AVE), nos 2 grupos: stent ­ 74% x cirurgia ­ 85,1%; p=NS. Procedimentos adicionais de revascularização foram mais freqüentes no pacientes tratados com stents, comparativamente àqueles tratados pela cirurgia (respectivamente, 15 P - 45% x 5 P - 15%; p=0,01). Como conseqüência destes resultados, a sobrevivência livre de todos os eventos, inclusive nova revascularização, foi significativamente menor no grupo percutâneo versus o cirúrgico (49% x 80,5%; p=0,0082). Conclusão: A revascularização com o implante de stents não farmacológicos, no tratamento da doença multiarterial, oferece o mesmo grau de proteção contra eventos cardiovasculares maiores, quando comparada à cirurgia. Contudo, a sobrevivência livre de todos os eventos a longo prazo foi significativamente menor nos pacientes tratados percutaneamente, devido à necessidade mais freqüente de novos procedimentos de revascularização.


Background: Patients with multivessel disease treated percutaneously have similar outcomes when compared to those submitted to surgical procedures in terms of major cardiac events, although the former require new revascularization procedures more frequently. Objective: To assess longterm clinical outcomes after coronary artery bypass graft (CABG) for the treatment of multivessel disease versus surgical procedures to treat multivessel disease determining death, AMI, and stroke incidence rates, as well as new interventions. Methods: A randomized study carried out between April, 1997 and June, 1998 included 66 patients submitted to nondrug eluting stenting (33P) and surgery (33P). Results: Clinical follow-up results after 8 years have shown no significant difference between the two groups in terms of survival free of MACE events (death, stroke or AMI): STENTING: 74% X CABG: 85.1%; p= not significant). Additional revascularizations were more frequent in the stenting group as compared to the surgery group (15 P - 45% x 5 P - 15%, respectively, p=0.01). Consequently, survival rates without MACE and repeated revascularization was significantly lower in patients assigned to stenting when compared to those assigned to CABG (49% x 80.5%, respectively, p=0.0082). Conclusion: Percutaneous revascularization with non-drug eluting stenting for the treatment of multivessel disease offers the same degree of protection against MACE (death, stroke and AMI) as compared to CABG. However, stenting is associated with a greater need of repeated revascularization and lower total event-free survival rates.


Assuntos
Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Stents , Doença das Coronárias/complicações , Doença das Coronárias/diagnóstico , Procedimentos Cirúrgicos Cardíacos/normas , Revascularização Miocárdica , Infarto do Miocárdio/complicações , Infarto do Miocárdio/diagnóstico
14.
Arq. bras. cardiol ; 88(1): 40-44, jan. 2007. tab, graf
Artigo em Português | LILACS, SES-SP | ID: lil-443641

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar a prevalência da doença arterial coronariana (DAC) em portadores de aneurisma de aorta (AA), bem como as diferenças relacionadas às diferentes topografias. Descrever os principais fatores de risco para DAC relacionados a esta associação e suas eventuais diferenças de acordo com as diferentes topografias. MÉTODOS: Estudo prospectivo, aberto, não randomizado que avaliou 95 pacientes (62 homens, 33 mulheres, idade 63 ± 11,8 anos) com AA. Todos os pacientes, assintomáticos para DAC, possuíam tomografia computadorizada de aorta e angiografia coronariana. De acordo com a topografia do AA, eles foram divididos em três grupos: 1) pacientes com AA torácica (AAT); 2) com AA toracoabdominal (ATA) e 3) com AA abdominal (AAA). Foi criado um banco de dados com as informações clínicas e de exames complementares. A análise estatística realizada com o teste t de Student ou análise de variância (ANOVA) para as variáveis contínuas e qui-quadrado para as categóricas, sendo considerado p significante quando < 0,05. RESULTADOS: A prevalência de DAC foi de 63,1 por cento, e o AAA apresentou maior prevalência quando comparado ao AAT e ATA (76 por cento vs. 70 por cento vs. 30 por cento, p = 0,001). A análise comparativa dos fatores de risco para DAC de acordo com a topografia do AA revelou que os pacientes com AAA eram mais tabagistas (74,5 por cento vs. 42,3 por cento vs. 60 por cento, p = 0,01) e dislipêmicos (54,2 por cento vs 19,9 por cento vs 60 por cento, p = 0,007). Quanto à gravidade das lesões coronarianas na população de pacientes com AA, 12 (20 por cento) possuíam pelo menos uma lesão coronariana > 70 por cento e 19 (31,6 por cento) > 50 por cento. Quinze pacientes (25 por cento) eram uniarteriais, 11 (18 por cento) biarteriais e 34 (57 por cento) triarteriais. CONCLUSÃO: Em portadores de AA a prevalência de DAC assintomática é elevada, principalmente naqueles com AAA. Os resultados deste estudo sugerem a necessidade de uma estratificação...


OBJECTIVE: To evaluate CAD prevalence in patients with aortic aneurysm, as well as differences related to aneurysm topographies. To describe the primary risk factors for CAD related to this association and their occasional differences according to AA topographies. METHODS: This was an open, prospective, nonrandomized study that evaluated 95 patients (66 men and 33 women, mean age 63 ± 11.8). All patients, asymptomatic for CAD, had undergone aortic CT and coronary angiography. According to the AA topography, they were classified into three groups: 1) patients with thoracic aortic aneurysm (TAA); 2) thoracoabdominal aortic aneurysm (TAAA); and 3) abdominal aortic aneurysm (AAA). A database was created to store information from clinical data and complementary examinations. Statistical analysis was performed using the StudentÆs t test or analysis of variance (ANOVA) for continuous variables and chi-square test for categorical variables. P values < 0.05 were considered statistically significant. RESULTS: CAD prevalence was 63.1 percent, and AAA was more prevalent than TAA and TAAA (76 percent vs. 70 percent vs. 30 percent, p = 0.001). The comparative analysis of CAD risk factors based on the aortic aneurysm topography revealed that smoking and dyslipidemia were more prevalent among AAA patients (74.5 percent vs. 42.3 percent vs. 60 percent, p = 0.01 and (54.2 percent vs. 19.9 percent vs. 60 percent, p = 0.007, respectively). As for coronary lesion severity in the population of AA patients, 12 (20 percent) had at least one lesion > 70 percent and 19 (31.6 percent), > 50 percent. Fifteen patients (25 percent) had single-vessel disease, 11 (18 percent) had two-vessel disease, and 34 (57 percent) had three-vessel disease. CONCLUSION: Asymptomatic CAD is highly prevalent in AA patients, particularly among those with AAA. Study results suggest the need for diagnostic stratification for CAD in patients with AA, especially those with AAA.


Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Aneurisma Aórtico/complicações , Doença da Artéria Coronariana/complicações , Angiografia Coronária , Doença da Artéria Coronariana , Prevalência , Estudos Prospectivos , Fatores de Risco , Índice de Gravidade de Doença , Tomografia Computadorizada por Raios X
15.
REBLAMPA Rev. bras. latinoam. marcapasso arritmia ; 19(4): 231-237, out.-dez. 2006. ilus, tab, graf
Artigo em Português | LILACS, SES-SP | ID: lil-465734

RESUMO

Introdução: A estimulação endocárdica convencional na ponta ou na região subtricuspídea do ventrículo direito ocasiona grande alargamento do QRS e importante ressincronização do ventriculo esquerdo, comprometendo a função ventricular. Com o surgimento da estimulação bifocal do ventrículo direito (VD) e frente à necessidade de uma estimulação cardíaca menos deletéria, a estimulação septal do VD tem sido cada vez mais utilizada. Eventualmente, há relatos de estimulação mais altos e ondas R menores na estimulação septal. Objetivo: Comparar os parâmetros eletrofisiológicos das estimulações apical e septal, no mesmo paciente, para verificar se existem diferenças capazes de interferir na escolha do ponto de estimulação...


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Bradicardia , Cardiopatias/etiologia , Marca-Passo Artificial
16.
Arq. bras. cardiol ; 87(5): 575-582, nov. 2006. ilus, graf
Artigo em Português, Inglês | LILACS, SES-SP | ID: lil-439701

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar os resultados da tomografia computadorizada por múltiplos detectores na avaliação dos resultados tardios de pacientes submetidos ao implante de endopróteses com sirolimus. MÉTODOS: Selecionamos 30 pacientes, previamente submetidos ao implante de stents com sirolimus com sucesso e com mais de seis meses de evolução. Todos foram submetidos à angiografia invasiva e ao ultra-som intravascular após a angiotomografia, feita com a injeção de 1,5 ml/kg de peso de meio de contraste iodado. RESULTADOS: A média dos diâmetros proximais de referência foi 3,01 ± 0,31 mm pela tomografia e 3,14 ± 0,31 mm pela angiografia (p = 0,04). Ao eliminarmos a artéria circunflexa da análise, a discrepância entre os dois exames deixou de ser significante -(tomografia= 3,01 ± 0,32 mm, angiografia= 3,10 ± 0,30 mm, p = 0,65). A média dos diâmetros distais de referência foi 2,86 ± 0,30 mm pela tomografia e 2,92 ± 0,32 pela angiografia (p = 0,25). A média do calibre mínimo no interior da endoprótese foi 2,85 ± 0,25 mm pela tomografia e 2,85 ± 0,29 mm angiografia (p = 0,27). A área de secção transversal mínima intra-stent foi 7,19 ± 1,47 mm² pela tomografia e 6,90 ± 1,52 mm² pelo ultra-som intracoronariano (p = 0,36), mas a correlação entre estas medidas era fraca (r= 0,33). CONCLUSÃO: A tomografia possibilita a avaliação qualitativa das endopróteses, a estimativa correta do diâmetro de referência proximal e distal dos vasos-alvo, além do calibre mínimo intra-stent. Sua correlação com as medidas feitas pelo ultra-som intracoronário, porém é menos intensa.


OBJECTIVE: To assess the performance of multidetector computed tomography in determining late clinical outcomes of patients undergoing sirolimus-eluting stent implantation. METHODS: Thirty patients, successfully submitted to sirolimus-eluting stent implantation for more than six months, were selected to participate in the study. All underwent invasive angiography and intravascular ultrasound following CT angiography using iodinated contrast medium at a dose of 1.5 ml/kg. RESULTS: Mean proximal reference diameter was 3.01 ± 0.31 mm by tomography and 3.14 ± 0.31 mm by angiography (p = 0.04). When the left circumflex artery was excluded from the analysis, the difference between both examinations was no longer significant (tomography = 3.01 ± 0.32 mm; angiography = 3.10 ± 0.30 mm, p = 0.65). Mean distal reference diameter was 2.86 ± 0.30 mm by tomography and 2.92 ± 0.32 by angiography (p = 0.25). Mean in-stent minimal lumen diameter was 2.85 ± 0.25 mm by tomography and 2.85 ± 0.29 mm by angiography (p = 0.27). Mean minimal in-stent cross-sectional area was 7.19 ± 1.47 mm² by tomography and 6.90 ± 1.52 mm² by intravascular ultrasound (p = 0.36), but there was only a weak correlation between these measurements (r = 0.33). CONCLUSION: Computed tomography allows the qualitative assessment of sirolimus-eluting stents, accurate estimate of proximal and distal reference diameters of the target vessel, and in-stent minimal lumen diameter. Its correlation with measurements performed using intravascular ultrasound, however, is less strong.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Angioplastia Coronária com Balão , Doença da Artéria Coronariana/terapia , Sirolimo/administração & dosagem , Stents , Angiografia Coronária , Doença da Artéria Coronariana , Doença da Artéria Coronariana , Seguimentos , Estudos Prospectivos , Tomografia Computadorizada por Raios X/métodos , Resultado do Tratamento , Ultrassonografia de Intervenção
17.
Arq. bras. cardiol ; 86(03): 524-530, 9 de maio de 2006.
Artigo em Inglês | LILACS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1059911

RESUMO

Objective: To assess the performance of multidetector computed tomography in determining late clinical outcomes of patients undergoing sirolimus-eluting stent implantation.Methods: Thirty patients, successfully submitted to sirolimus-eluting stent implantation for more than six months, were


selected to participate in the study. All underwent invasive angiography and intravascular ultrasound following CT angiography


using iodinated contrast medium at a dose of 1.5 ml/kg.Results: Mean proximal reference diameter was 3.01 ± 0.31 mm by tomography and 3.14 ± 0.31 mm by angiography (p


= 0.04). When the left circumflex artery was excluded from the analysis, the difference between both examinations was


no longer significant (tomography = 3.01 ± 0.32 mm; angiography = 3.10 ± 0.30 mm, p = 0.65). Mean distal reference


diameter was 2.86 ± 0.30 mm by tomography and 2.92 ± 0.32 by angiography (p = 0.25). Mean in-stent minimal lumen


diameter was 2.85 ± 0.25 mm by tomography and 2.85 ± 0.29 mm by angiography (p = 0.27). Mean minimal in-stent crosssectional


area was 7.19 ± 1.47 mm2 by tomography and 6.90 ± 1.52 mm2 by intravascular ultrasound (p = 0.36), but there


was only a weak correlation between these measurements (r = 0.33).Conclusion: Computed tomography allows the qualitative assessment of sirolimus-eluting stents, accurate estimate of proximal


and distal reference diameters of the target vessel, and in-stent minimal lumen diameter. Its correlation with measurements


performed using intravascular ultrasound, however, is less strong.


Assuntos
Angiografia , Insuficiência Cardíaca , Tomografia , Ultrassonografia de Intervenção
18.
REBLAMPA Rev. bras. latinoam. marcapasso arritmia ; 19(1): 3-7, jan.-mar. 2006. tab, graf
Artigo em Português | LILACS, SES-SP | ID: lil-438626

RESUMO

Em 2005 celebrou-se a primeira década do RBM: Registro Brasileiro de Marcapassos. Trata-se de uma grande base de dados de utilidade pública que reúne informações dos implantes de marcapassos, desfibriladores realizados em nosso país. Sob o ponto de vista epidemiológico, a análise dos dados desse período revela progressivo e importante aumento do número de procedimentos e redução consistente nos casos de doença de Chagas. Apesar do aumento, o número de implantes de marcapasso ainda está abaixo do ideal, quando se considera o número de implantes por milhão de habitantes. No último ano desta década, observa-se uma importante redução, em termos absolutos, do número de implantes de marcapasso, em que pesem o aumento e o envelhecimento da população. A visão panorâmica da estimulação cardíaca permitida por esta base de dados é um instrumento sem precedentes para traçar as políticas de saúde na especialidade.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Arritmias Cardíacas , Marca-Passo Artificial/efeitos adversos , Marca-Passo Artificial , Síncope/classificação , Síncope/complicações , Eletrocardiografia/métodos , Eletrocardiografia
20.
Rev. bras. cir. cardiovasc ; 18(3): 235-241, July-Sept. 2003. ilus, tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-360608

RESUMO

OBJETIVO: Analisar o comportamento da troponina I (TROP I) e CKMB massa (CKMBm) conforme a adiçäo ou näo de magnésio (Mg) na cardioplegia e a influência dos fatores operatórios. MÉTODO: Foram estudadas 28 crianças com a idade de 3 a 108 meses, peso médio de 11,8 kg, sendo 18 do sexo masculino, divididas em dois grupos, 16 no grupo I (GI) e 12 no grupo II (GII). O GI recebeu soluçäo cardioplégica sangüínea fria com Mg 12 mEq/L e cloreto de potássio 20 mEq/L na dose de 20 mL/kg. O GII recebeu a mesma soluçäo sem o (Mg). Foram coletadas seis amostras de sangue para a dosagem sérica de TROP I e CKMBm: pré-pinçamento da aorta e com 1, 6, 24, 48 e 72 horas após o término do pinçamento da aorta. RESULTADOS: Os resultados demonstraram que näo houve diferença estatisticamente significante nos níveis TROP I e CKMBm, entre GI e GII. Dentre os fatores operatórios, a cianose influenciou nos níveis de TROP I e CKMBm, enquanto que o tempo de pinçamento da aorta (TPA) influenciou nos níveis de TROP I. CONCLUSÕES: A adiçäo de Mg na soluçäo cardioplégica näo esteve associada com níveis diferentes de TROP I e CKMBm. A cianose e o TPA interferiram no pico de TROP I.


Assuntos
Humanos , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Cardiopatias Congênitas/cirurgia , Creatina Quinase/sangue , Soluções Cardioplégicas/química , Sulfato de Magnésio/uso terapêutico , Troponina I/sangue , Insuficiência Cardíaca
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA