RESUMO
O ciclismo urbano é um fenômeno recente valorizado como alternativa ao transporte motorizado individual. O objetivo do artigo é compreender os processos educativos do ciclismo urbano, decorrentes da prática social do cicloativismo atuante na cidade de São Paulo. Realizamos quatro entrevistas com pessoas que habitam e se locomovem de bicicleta neste município. A trajetória metodológica seguiu a modalidade fenômeno situado da Fenomenologia. Na construção dos resultados, as unidades de significado: a) luta por reconhecimento no direito de fruir o território em bicicleta; b) solidariedade com outrem no compartilhamento seguro das vias públicas; c) percepção do entorno e d) comunicação do movimento cicloativista resultaram na categoria "Pedalar como direito humano à mobilidade ativa na cidade". Constatamos que, apesar do processo legítimo de diálogo, as demandas cicloativistas são pouco incorporadas às políticas públicas de mobilidade urbana por falta de representação institucional
Urban bicycling is a recent phenomenon valued as an alternative to individual transportation by motor vehicles. This article looks into the educational processes of urban bicycling that resulted from the social practice of bicycling activism in the city of Sao Paulo. We conducted four interviews with people who live and use bicycles in that city. The methodological trajectory followed Phenomenology's view on situated phenomena. In the construction of results, the units of meaning a) fight for recognition of the right to enjoy territory by bicycle; b) solidarity with others in safe sharing of public roads; c)perception of the environment; and d) communication of the bicycling activist movement resulted in the category "Pedaling as a human right to active mobility in the city". We found that, despite the legitimate process of dialogue, the demands of bicycling activism are not highly incorporated into public policies for urban mobility due to lack of institutional representation
El ciclismo urbano es un fenómeno reciente valorado como alternativa al transporte motorizado individual. El objetivo del artículo es comprender los procesos educativos del ciclismo urbano, derivados de la práctica social del cicloactivismo que actúa en la ciudad de São Paulo. Realizamos cuatro entrevistas con personas que habitan y se desplazan en bicicleta en este municipio. La trayectoria metodológica siguió la modalidad fenómeno situado, de la Fenomenología. En la construcción de los resultados,las unidades de significado: a) lucha por reconocimiento en el derecho de disfrutar del territorio en bicicleta; b) solidaridad con otros al compartir de manera segura las vías públicas; c) percepción del entorno y d) comunicación del movimiento cicloactivista, resultaron la categoría "Pedalear como derecho humano a la movilidad activa en la ciudad". Constatamos que, a pesar del proceso legítimo de diálogo, las demandas cicloactivistas son poco incorporadas a las políticas públicas de movilidad urbana por falta de representación institucional