RESUMO
O presente trabalho busca transmitir e explicitar a apreensão do autor dos aspectos primitivos da mente de uma paciente e a maneira pela qual, a partir de uma condição denominada de terror inominado, foi possível ajudá-la a delimitar o seu espaço psíquico, mediante um processo de sucessivas transformações simbólicas que foi chamado de construção sonhantes. O objetivo foi descrever alguns momentos do trabalho analítico que se caracterizou para ele como a construção de uma vida de acesso até este mundo de terror-sem-nome, buscando a atenuação de seu caráter terrorífico. Deu-se conotação de um percurso ou de uma caminhada, como se o processo analítico vivido tivesse um desenrolar histórico, numa peregrinação por um mundo sem mapa, ou em um mundo de habitantes que sem representação buscavam a sua expressão. Na tentativa de se nomear o inominado, incluía-se a organização de um espaço mental, fornecendo as bases para a sua delimitação a partir da primitiva e fragmentada comunicação da paciente.
Assuntos
Feminino , Humanos , Sonhos , Terrores Noturnos , PsicanáliseRESUMO
Os autores determinam a moldura de seu artigo de alguns pressupostos: 1. do vértice psicanalítico, ou seja, daquele que privilegia a realidade psíquica, nao existe análise condensada" e nem análise distribuída em quatro diferentes dias da semana. Existe análise ou outra coisa; 2. análise praticadas com as sessoes concentradas em dois ou três dias da semana sao aceitáveis para atender situaçoes de excepcionalidade; 3. havendo possibilidade de escolha, sempre preferirao análises com sessoes em todos os dias; 4. nao subsiste qual quer interesse pelos aspectos políticos da questao. Engajamo-nos no esforço de abordar e caracterizar, quando possível, a visao psicanalítica. Como concretiza çao possível deste esforço, propoem-se explorar três das incontáveis possibilidade e perspectivas que a situaçao compara: a) explicitar a forma de pensar a psi canálise que reconhecem nortear sua prática; b) discutir questoes pertinentes às análises regularmente em geral; c) apresentar uma abordagem psicanalítica da transmissao da Psicanálise, confrontando-a com seus aspectos evolutivos, tomando como referencial a teoria de Freud sobre a sexualidade