Lesäo dos tendões fibulares: avaliaçäo do tratamento cirúrgico / Evaluation of the surgical treatment of peroneal tendon lesion

Os autores avaliaram os resultados cirúrgicos do tratamento de 17 pacientes (18 pés) portadores de lesäo dos tendões fibulares. Doze pacientes eram do sexo masculino (70,6 por cento) e cinco do feminino (29,4 por cento). A idade média dos pacientes foi de 42 anos, variando de 18 a 69 anos. O tempo médio de lesäo no momento da cirurgia foi de 15,8 meses, variando de 10 dias a 108 meses. A lesäo do tendäo fibular curto ocorreu em 16 pés (88,8 por cento), a do tendäo fibular longo em um paciente (5,6 por cento) e a combinada do tendäo fibular curto e longo em um pé (5,6 por cento). A presença de luxaçäo dos tendões fibulares ocorreu em quatro pés (22,2 por cento) e a instabilidade crônica do tornozelo esteve presente em seis pés (33,3 por cento ). A presença de varismo do retropé ocorreu em oito pés (44,4 por cento) e o retropé normal em 10 pés (55,6 por cento). Os autores concluem que a lesäo dos tendões fibulares está associada ao varismo do retropé em 44,4 por cento; a instabilidade crônica do tornozelo está relacionada à lesäo dos tendões fibulares em 33,3 por cento dos casos; os diversos tratamentos cirúrgicos das lesões dos tendões fibulares como sinovectomia, desbridamento, tenorrafia e solidarizaçäo devem ser associados à correçäo das luxações tendíneas, lesões ligamentares do tornozelo e varismo do retropé

Hálux valgo juvenil: avaliação do tratamento cirúrgico / Juvenile hallux valgus: results of surgival treatment

Os autores avaliam os resultados obtidos no tratamento de 26 pacientes (48 pés) portadores de hálux valgo juvenil, operados com as técnicas de Mitchell (cinco pés), chevron (24 pés) e chevron biplana (19 pés). Aproveitam, também, para avaliar as correlações entre os ângulos de valgismo do hálux, intermetatársico, articular distal metatársico, desvio sesamóideo e comprimento relativo entre o I e o II metatársico.Os pacientes apresentaram idades de 11 a 21 anos (média de 17,29 anos) e distribuíram-se, quanto ao sexo, em dois pacientes do masculino (7,7 por cento) e 24 pacientes do feminino (92,3 por cento), divididos em 24 pés do lado direito (50 por cento) e 24 pés do lado esquerdo (50 por cento). O tempo médio de seguimento dos pacientes foi de cinco anos, variando de três meses a 19 anos. As três técnicas corrigiram de forma significante os ângulos de valgismo do hálux e intermetatársico. O ângulo articular distal metatársico mostrou-se significante na técnica em chevron e principalmente na técnica em chevron biplana. Os autores concluem que: 1) o ângulo articular distal metatársico está diretamente ligado a deformidade em valgo do hálux na população juvenil; 2) a osteotomia em chevron biplana mostrou-se muito superior às outras técnicas, corrigindo de forma satisfatória e eficaz o ângulo articular distal metatársico, com maior taxa de correção para a normalidade; 3) a fórmula metatársica não teve relação com os ângulos de valgismo do hálux, intermetatársico e articular distal metatársico; 4) o metatarso primo varo não apresentou correlação estatisticamente significante com o grau de valgismo do hálux.