RESUMO
O estudo avaliou clinica e histologicamente a utilização de substituto ósseo (Bonefill - xenoenxerto bovino inorgânico) como material de preenchimento ósseo em cirurgias de levantamento de seio maxilar em humanos. Cinco pacientes cuidadosamente selecionados foram submetidos a cirurgias de aumento ósseo sinusal bilateral, sendo um lado enxertado com osso bovino inorgânico e o outro com enxerto ósseo autógeno removido de área doadora intrabucal. Após nove meses de reparação óssea sem complicações, realizaram-se as cirurgias para colocação de implantes osseointegrados nas áreas enxertadas de cada paciente, momento em que foram colhidas amostras do tecido neoformado para avaliação histológica. Clinicamente, o osso bovino inorgânico originou um tecido de consistência amolecida, diferente do tecido ósseo normal. Histologicamente, o osso bovino inorgânico foi incapaz de propiciar neoformação óssea previsível entre suas partículas mineralizadas, as quais encontravam-se completamente envoltas por um tecido conjuntivo denso fibroso. Concluiu-se, portanto que, clínica e histologicamente, o osso bovino inorgânico não foi eficaz como material de enxerto ósseo em humanos.
Assuntos
Humanos , Transplante Ósseo , Implantação Dentária Endóssea , Seio Maxilar/cirurgia , Transplante HeterólogoRESUMO
O enxerto conjuntivo subepitelial (ECS) tem sido uma das técnicas de escolha para o recobrimento radicular de dentes com raízes expostas ao meio oral. Entretanto, a natureza morfológica do tecido palatino usado como enxerto não tem sido avaliada na literatura. O objetivo deste trabalho foi avaliar, pelo uso da microscopia de luz (ML) e da microscopia eletrônica de transmissão (MET), qual a estrutura histológica de amostras de tecido palatino usado para o recobrimento radicular. Foram realizadas 33 cirurgias de recobrimento radicular em 24 pacientes (com idades entre 27 e 45 anos) pela técnica de ECS removido da região de palato duro. A descoberta acidental de células com aspecto de miofibroblastos na MET levou-nos a utilizar o método imuno-histoquímico para detecção de actina para caracterizar a presença dessas células. Os resultados histológicos da ML mostraram que em todos os espécimes encontrou-se uma lâmina própria com conspícuos feixes de fibras colágenas e células conjuntivas, entre as quais miofibroblastos. As amostras mostraram variação na composição dos elementos do tecido conjuntivo.