RESUMO
Background: Autonomic dysfunction and inflammatory activity are involved in the development and progression of coronary artery disease (CAD), and exercise training has been shown to confer a cardiovascular benefit. Objective: To evaluate the effects that interval training (IT) based on ventilatory anaerobic threshold (VAT) has on heart rate variability (HRV) and high-sensitivity C-reactive protein (hs-CRP) levels, as well as the relationship between both levels, in patients with CAD and/or cardiovascular risk factors (RF). Method: Forty-two men (aged 57.88±6.20 years) were divided into two training groups, CAD-T (n= 12) and RF-T (n= 10), and two control groups, CAD-C (n= 10) and RF-C (n=10). Heart rate and RR intervals in the supine position, cardiopulmonary exercise tests, and hs-CRP levels were measured before and after IT. HRV was analyzed by spectral and symbolic analysis. The CAD-T and RF-T underwent a 16-week IT program of three weekly sessions at training intensities based on the VAT. Results: In the RF-T, cardiac sympathetic modulation index and hs-CRP decreased (p<0.02), while cardiac parasympathetic modulation index increased (p<0.02). In the CAD-T, cardiac parasympathetic modulation index increased, while hs-CRP, systolic, and diastolic blood pressures decreased (p<0.02). Both control groups showed increase in hs-CRP parameters (p<0.02). There was a strong and significant association between parasympathetic and sympathetic modulations with hs-CRP. Conclusion: The IT program based on the VAT promoted a decrease in hs-CRP associated with improvement in cardiac autonomic modulation.
Assuntos
Humanos , Nervo Vago/fisiopatologia , Pressão Sanguínea/fisiologia , Doença da Artéria Coronariana/reabilitação , Proteína C-Reativa/metabolismo , Limiar Anaeróbio , Doenças Cardiovasculares/fisiopatologia , Frequência Cardíaca/fisiologia , Doença da Artéria Coronariana/fisiopatologia , Doença da Artéria Coronariana/metabolismo , Proteína C-Reativa/química , Resultado do Tratamento , Estimulação do Nervo VagoRESUMO
OBJECTIVE: To evaluate and to compare the cardiorespiratory and metabolic variables at the ventilatory anaerobic threshold level (AT) and at submaximal cardiopulmonary exercise testing (CPET) in both, healthy volunteers and in patients in the early phase after acute myocardial infarction (AMI). METHOD: Twenty-six volunteers underwent a submaximal or symptom-limited cardiopulmonary exercise testing (CPET) on a cycle ergometer and were divided into AMI group (AMIG=12, 56.33±8.65 years) and healthy group (CG=14, 53.33±3.28 years). The primary outcome measures were the cardiorespiratory and metabolic variables obtained at the peak workload and at the AT of the CPET. Statistical test: independent Student's t-test, α=5%. RESULTS: The AMIG presented lower values at the AT and the peak workload of the CPET compered to the CG: power in watts (91.06±30.10 and 64.88±19.92; 154.93±34.65 and 120.40±29.60); VO2 mL.kg-1.min-1 (17.26±2.71 and 12.19±2.51; 25.39±5.73 and 19.41±5.63); VCO2 L/min-1 (1.43±0.31 and 0.93±0.23; 2.07±0.43 and 1.42±0.36), VO2 L/min-1 (1.33±0.32 and 1.00±0.23; 1.97±0.39 and 1.49±0.36); VE L/min-1 (42.13±8.32 and 27.51±5.86; 63.07±20.83 and 40.82±11.96); HR (bpm) (122.96±14.02 and 103.46±13.38; 149.67±13.77 and 127.60±10.04), double product (DP) (bpm.mmHg.min-1) (21835.86±3245.93 and 17333.25±2716.51; 27302.33±3053.08 and 21864.00±2051.48), respectively. The variable oxygen uptake efficiency slope (OUES L/min) was lower in the AMIG (1.79±0.51) than the CG (2.26±0.37). The AMIG presented neither ECG alterations nor symptoms that limited the CPET. CONCLUSION: The results suggest that patients with AMI Killip class I presented lower functional capacity and DP compared to the CG without presenting ischemic alterations. Thus, the study suggests that submaximal CPET can be applied at an early stage to evaluate cardiorespiratory status since it is both safe and highly sensitive to detect changes.
OBJETIVO: Avaliar e comparar as variáveis cardiorrespiratórias e metabólicas no nível do limiar de anaerobiose ventilatório (LAV) e no pico do teste de exercício cardiopulmonar (TECP) submáximo em voluntários saudáveis e em pacientes na fase precoce após o infarto agudo do miocárdio (IAM). MÉTODO: Vinte e seis voluntários realizaram TECP submáximo ou sintoma limitante em cicloergômetro e foram divididos em grupo IAM (G-IAM=12, 56,33±8,65 anos) e grupo saudável (GC=14, 53,33±3,28 anos). As medidas dos desfechos principais foram as variáveis cardiorrespiratórias e metabólicas obtidas no pico e no LAV do TECP. Teste estatístico: t-Student não pareado, α=5%. RESULTADOS: O G-IAM apresentou menores valores no LAV e no pico do TECP que o GC (p<0,05): potência em Watts (91,06±30,10 e 64,88±19,92; 154,93±34,65 e 120,40±29,60); VO2mL.kg-1.min-1 (17,26±2,71 e 12,19±2,51; 25,39±5,73 e 19,41±5,63); VCO2L/min-1 (1,43±0,31 e 0,93±0,23; 2,07±0,43 e 1,42±0,36), VO2L/min-1 (1,33±0,32 e 1,00±0,23; 1,97±0,39 e 1,49±0,36); VEL/min-1 (42,13±8,32 e 27,51±5,86; 63,07±20,83 e 40,82±11,96); FC (bpm) (122,96±14,02 e 103,46±13,38; 149,67±13,77 e 127,60±10,04); duplo produto (DP) (bpm.mmHg.min-1) (21835,86±3245,93 e 17333,25±2716,51; 27302,33±3053,08 e 21864,00±2051,48), respectivamente. A variável Oxygen Uptake Efficiency Slope (OUES L/min) do G-IAM foi 1,79±0,51 e do GC 2,26±0,37, p<0.05. O G-IAM não apresentou alterações eletrocardiográficas ou sintomas que limitassem o TECP. CONCLUSÃO: Os resultados mostram que os pacientes com IAM Killip I apresentaram menor capacidade funcional e DP em relação ao GC, sem apresentar alterações isquêmicas. Assim, o estudo sugere que o TECP submáximo pode ser aplicado precocemente para a avaliação cardiorrespiratória por apresentar alta sensibilidade para detectar alterações de forma segura.
Assuntos
Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Eletrocardiografia , Teste de Esforço , Infarto do Miocárdio/diagnóstico , Infarto do Miocárdio/fisiopatologiaRESUMO
BACKGROUND: A reduction in heart rate variability (HRV) is considered an important indicator of autonomic dysfunction. OBJECTIVES: The aims of this study were to evaluate the presence of autonomic dysfunction measured by HRV in patients with coronary artery disease (CAD) and to compare them with normal subjects. METHODS: A sample of 52 men (mean age 54±5.39 years) was allocated into three groups: obstructive CAD ≥50 percent (CAD+ n=18), obstructive CAD <50 percent, (CAD- n=17) and apparently healthy controls (CG n=17). Heart rate (HR) was measured at rest using a Polar®S810i for 15 min. HRV was analyzed via Shannon entropy (SE) and symbolic analysis (0V and 2ULV), which relate to sympathetic and vagal predominance, respectively. Statistical analysis included the Kruskal-Wallis test and multivariate analysis (p<0.05). RESULTS: The CAD+ group presented lower SE and 2ULV percent values and higher 0V percent compared to CAD- and control groups (p<0.05). In the multivariate analysis, the presence of the clinical characteristics such as myocardial infarction and revascularization in the CAD+ group lead to a lower SE and higher 0V compared to the CAD- group. The use of angiotensin converting enzymes led to a higher SE in the CAD- group compared to the CAD+ (p<0.05). CONCLUSION: In uncomplicated CAD+ patients the patterns of HRV have a lower complexity, a greater sympathetic modulation and a lower parasympathetic modulation compared to CAD- and control groups in supine resting conditions. These results indicate that autonomic heart dysfunction is related to the degree of coronary occlusion and cardiac compromise.
CONTEXTUALIZAÇÃO: A redução da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) é considerada como um importante marcador de disfunção autonômica. OBJETIVOS: Avaliar a VFC em pacientes com doença arterial coronariana (DAC) e compará-los com sujeitos saudáveis. MÉTODOS: Cinquenta e dois homens (53±7,2 anos), divididos em três grupos, sendo dois grupos com obstrução coronariana (DAC+ com obstrução ≥50 por cento, n=17 e DAC+ com obstrução ≥50 por cento, n=18) e um grupo controle (GC, n=17). A frequência cardíaca (FC) foi captada batimento a batimento, a partir do Polar®S810i, em repouso supino, durante 15 minutos. A análise da VFC foi feita pelos cálculos da entropia de Shannon (ES) e pelos padrões da análise simbólica (0V e 2ULV por cento), relacionados à predominância simpática e vagal, respectivamente. A análise estatística incluiu o teste de Kruskal-Wallis e a análise multivariada (p<0,05) RESULTADOS:O grupo DAC+ apresentou menores valores de ES e 2ULV por cento e maior 0V quando comparado aos grupos DAC- e CG. Na análise multivariada, observou-se menor ES e maior 0V na presença das características clínicas prévias, como infarto e revascularização do miocárdio no grupo DAC+ comparado ao grupo DAC-. O uso de inibidores da enzima conversora de angiotensina contribuiu para maior ES do grupo DAC- comparado ao DAC+. CONCLUSÃO: Na DAC+ não complicada, os padrões da VFC apresentam menor complexidade, maior modulação autonômica simpática e menor modulação parassimpática comparativamente ao DAC- e ao GC em repouso supino. Esses resultados indicam que a disfunção autonômica cardíaca está relacionada ao grau de oclusão coronariana e ao comprometimento cardíaco.