RESUMO
Os autores desenvolveram um dispositivo para aferição clínica do ângulo de torção tibial nas diversas faixas etárias. O aparelho possibilita a aferição de variáveis antropométricas da tíbia distal; o valor angular da torção tibial é, então, obtido de maneira indireta, através de cálculo trigonométrico. Dois examinadores aferiram o ângulo de torção da tíbia numa população jovem de 40 indivíduos de maneira independente, validando a precisão da técnica. A análise dos dados coletados mostrou valores dentro da média apresentada em estudos similares. A técnica mostrou ser precisa e confiável. O objetivo de apresentar um método simples de fácil reprodução foi alcançado, porém, estudos subseqüentes em outras faixas etárias deverão seguir-se
Assuntos
Adolescente , Antropometria , Extremidade Inferior/lesões , Tíbia , Anormalidade TorcionalRESUMO
Variações rotacionais dos membros inferiores no plano transverso são responsáveis por um grande número de doenças que acometem crianças e indivíduos adultos. Nas crianças, podemos citar como exemplo, um quadro comum, a marcha com os "pés para dentro" ("toeing in") e nos indivíduos adultos, a incapacitante artrose degenerativa dos joelhos. Enquanto as alterações ósseas localizadas no plano transverso são difíceis de serem avaliadas, as deformidades presentes nos planos frontal e sagital podem ser avaliadas facilmente através, por exemplo, de simples radiografias. Neste contexto, dentre os métodos disponíveis para o estudo rotacional da perna, não há procedimento clínico ou de imagem que reúna as características de precisão, praticidade e baixo custo. Com o intuito de preencher esta lacuna, os autores apresentam um dispositivo para aferição clínica indireta do ângulo de torção da perna para indivíduos adultos e crianças. Neste artigo, procedeu-se a avaliação e a análise de 40 membros inferiores de cadáveres adultos humanos.
Assuntos
Humanos , Adulto , Antropometria/métodos , Tíbia , Traumatismos da Perna/diagnóstico , Cadáver , Marcha/fisiologia , Anormalidade TorcionalRESUMO
As deformidades angulares congênitas da tíbia constituem-se basicamente de duas afecções com evoluções e prognosticos distintos. Segundo o eixo da angulação, podem ser divididas em ântero-laterais e p¢stero-mediais. Os autores avaliaram 33 pacientes portadores dessas deformidades com o objetivo de averiguar a tendência de prognostico e, para isso, dividiram os pacientes em dois grupos. No grupo A, formado por 20 portadores de deformidade ântero-lateral da tíbia, constataram que 14 pacientes tinham evoluído para pseudartrose. A neurofibromatose esteve associada em sete pacientes (35 por cento do total) e, dentre estes, quatro eram portadores de pseudartrose. No grupo B, constituído por 13 portadores de deformidades p¢stero-mediais, constatou-se a tendência à correção espontânea da angulação, persistindo o encurtamento, que na média foi de 2,3cm. A análise desses dois grupos de pacientes confirmou as diferenças significativas quanto ao curso evolutivo. Seu conhecimento é fundamental para o estabelecimento da conduta a ser adotada em cada uma das formas de apresentação.