RESUMO
A Colecistectomia Laparoscópica (CL) é frequentemente realizada com quatro portos e três cirurgiões. Com o objetivo de possibilitar maior mobilidade à equipe cirúrgica e diminuir os custos do procedimento adotamos a CL por três portos. De setembro de 1994 a agosto de 1996, 169 CL por três portos foram realizadas, 133 (78,6 por cento) no sexo feminino e 36 (21,3 por cento) no sexo masculino. A média de idade foi de 45,6 anos. Houve a necessidade do quarto porto em três (1,8 por cento) e ocorreu a conversão para colecistectomia aberta em três (1,8 por cento). Das 169 CL por três portos propostas houve sucesso em 163 (96,4 por cento). O tempo médio do ato operatório foi de 78,4 minutos. As complicações peroperatórias ocorreram em seis casos (3,6 por cento): lesão do ducto cístico - dois (1,2 por cento), hemorragia do porto epigástrico - dois (1,2 por cento), hemorragia do leito vesicular - um (0,6 por cento), enfisema subcutâneo - um (0,6 por cento). As complicações pós-operatórias estiveram em cinco casos (3,0 por cento): infecção do porto umbilical - dois (1,8 por cento), íleo prolongado - um (0,6 por cento), coleperitôneo - um (0,6 por cento), coledocolitíase residual - um (0,6 por cento). Não houve óbito. Conclui-se que a CL por três portos apresenta vantagens frente à CL por quatro portos, pois propicia maior mobilidade à equipe cirúrgica, utiliza menor quantidade de instrumental laparoscópico sugerindo menor custo hospitalar e permite melhor resultado estético