RESUMO
O objetivo deste estudo foi identificar as estratégias que os enfermeiros de captação de órgãos têm utilizado para humanizar a relação entre profissional, família e potencial doador de órgãos. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. Foram realizadas 10 entrevistas semi-estruturadas, gravadas em fita cassete, sendo os dados analisados a partir da análise dos discursos. Emergiram duas categorias: Dando assistência integral ao doador e Dando assistência integral à família. Os enfermeiros consideram que humanizar o cuidado ao doador é oferecer uma assistência integral, sendo esta focada no cuidado mecânico do corpo que permite à família recebê-lo condignamente; e com a família são citadas várias estratégias que podem humanizar o processo, como: informações e esclarecimentos contínuos, liberar as visitas, agilizar o processo de doação, dar continuidade a assistência à família após a doação e continuar cuidando do corpo do doador após a doação. O estudo evidenciou que há grande preocupação por parte dos enfermeiros em humanizar a relação interpessoal com os familiares por compreenderem que se trata de uma situação de grande pesar e dor e ao criticar o processo de doação, assumem ser difícil, muitas vezes, ancorar todas essas estratégias apontadas.
Assuntos
Humanização da Assistência , Transplante de Órgãos , Obtenção de Tecidos e ÓrgãosRESUMO
A tomada de decisão é um processo que faz parte do cotidiano da enfermeira e é influenciado por uma série de fatores, como a cultura institucional e os modelos de comportamento. Este trabalho tem como objetivo identificar esses fatores e como a enfermeira reage diante das escolhas que necessita fazer. Foram entrevistadas enfermeiras da UTI e da Clínica Médica num hospital geral e particular. Os resultados mostraram as enfermeiras realizando a tomada de decisão embasadas e determinadas pelo cumprimento das regras institucionais e pela manutenção da organização e do funcionamento da unidade, valorizando o conhecimento científico e a experiência profissional. Embora identifiquem as regras respaldando sua atuação, parece não ser a elas que recorrem em situações de conflito e ansiedade.