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Rev. abordagem gestál. (Impr.) ; 26(3): 305-316, set.-dez. 2020. ilus
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1136942

RESUMO

Consolidadas na modernidade, com a emergência do individualismo, as dicotomias mente x corpo, pessoa x mundo, organismo x ambiente, indivíduo x cultura fazem parte de um mesmo processo que, como aponta o antropólogo Le Breton, anatomizou o homem, o separou de seu meio e dos outros e objetificou a natureza. Tanto a Gestalt-terapia quanto o filósofo Merleau-Ponty propõem uma compreensão do ser humano que busca superar essas dicotomias. Para Merleau-Ponty somos encarnação em um mundo, tecidos com ele, logo, está afirmada a mundaneidade do corpo. Para a Gestalt-terapia, tanto o corpo como a noção de campo organismo/ambiente apontam também para essa compreensão não-individualista do homem. O objetivo deste trabalho é partir dessas referências interdisciplinares, para reafirmar a condição não individualista da existência e aprofundar essa perspectiva na teoria da Gestalt-terapia.


Solidified in modernity, with the emergence of individualism, the dichotomies mind x body, person x world, organism x environment, subject x culture emerge from the same process that, as the anthropologist Le Breton points out, anatomized man, separated him from his environment and from others and objectified nature. Both Gestalt therapy and the philosopher Merleau-Ponty propose an understanding of the human being who seeks to overcome these dichotomies. For Merleau-Ponty we are incarnated in a world, woven with it, affirming the mundaneity of the body. For Gestalt therapy, both the body and the notion of organism/environment field also points to this non-individualistic understanding of human being. The objective of this work is, from these interdisciplinary references, to reaffirm the non-individualistic condition of existence and to deepen this perspective in Gestalt therapy theory.


Consolidadas en la modernidad, con la emergencia del individualismo, las dicotomías mente x cuerpo, persona x mundo, organismo x ambiente, individuo x cultura emergen de un mismo proceso que, como apunta el antropólogo Le Breton, anatomizó al hombre, lo separó de su medio y de los demás y objetivó la naturaleza. Tanto la Terapia Gestalt como el filósofo Merleau-Ponty proponen una comprensión del ser humano que busca superar esas dicotomías. Para Merleau-Ponty somos encarnación en un mundo, tejidos con él, luego, está afirmada la mundanidad del cuerpo. Para la Gestalt-terapia, tanto el cuerpo como la noción de campo organismo / ambiente apunta para esa comprensión no individualista del hombre. El objetivo de este trabajo es, pues, partir de esas referencias interdisciplinares, para reafirmar la condición no individualista de la existencia y profundizar esa perspectiva en la teoría de la Terapia Gestalt.


Assuntos
Autoimagem , Terapia Gestalt , Individuação
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