RESUMO
O presente trabalho teve como objetivo avaliar o diagnóstico dos enteroparasitos oportunistas, em pacientes portadores do HIV atendidos no Hospital de Doenças Tropicais (HDT)/SES-GO, no período de 1996 a 1999. Para tanto, foi analisada a frequência amostral de tais agentes, considerando principalmente os aspectos laboratoriais e a dinâmica de fluxo, bem como o nível de percepção dos profissionais da área acerca dessa problemática emergente. Para a execução deste estudo, elaborou-se uma ficha-padrão para o registro de dados coletados. O diagnóstico laboratorial de Cryptosporidium sp, ao longo dos anos estudados, revelou 0,83 por cento a 1,06 por cento dos indivíduos com Aids e com CD4 abaixo de duzentas células/uL, e de 0,83 por cento a 1,67 por cento dos indivíduos HIV+ e com CD4 acima de duzentas células/uL. Isospora belli, por sua vez, foi diagnosticada em 0,83 por cento a 1,06 por cento dos indivíduos com diagnóstico de Aids e com CD4 abaixo de duzentas células/uL e em 0,83 por cento a 3,19 por cento dos indivíduos HIV+ e com CD4 acima de duzenta células/uL, sofrendo oscilações dentro dessa faixa. Os resultados obtidos mostraram principalmente um desconhecimento por parte dos profissionais da área em relação aos protozoários dos filos Microspora (diversas espécies) e Coccídeos (especialmente Cyclospora cayetanensis). Tal dedução reforça a necessidade de conscientizar esses profissionais para a importância do diagnóstico e tratamento dessas infecções, que podem ser responsáveis por quadros patológicos graves. Dessa forma se contribuiria para uma melhor qualidade de vida dos pacientes portadores do HIV ou com Aids.